terça-feira, 16 de junho de 2009

Restaurante Tasquinha d’Adelaide

Rua do Patrocínio 70/74 - Lisboa
Telefone: 21 396 22 39

O melhor que há em ter que visitar restaurantes, é que descobrimos pequenos tesouros em terras lusas que nos enchem de orgulho.

Fui à tasquinha d’Adelaide conhecer a mais pequena cozinha de Lisboa, mas uma das melhores cozinheiras do país.

Com 4m2 de cozinha, esta dotada senhora transforma o impossível em verdadeiros acepipes. Quem lá vai perguntará certamente "Será possível?" A resposta é sim!

O nome para mim é um erro de casting, pois seria mais apropriado o pequeno grande palácio da gastronomia da Ti Adelaide.

O livro de visitas está assinado por grandes estadistas, arquitectos, advogados e um chorrilho de nomes conhecidos da nossa praça. Quem conhece as coisas boas da vida, conhece certamente este espaço.

A decoração é uma mistura de requinte, bom gosto e um serviço de louça de Sacavém que certamente faz a inveja de muitas casas de Lisboa.

A carta de vinhos não é para todos, mas é certamente a que todos querem. Vinhos dos 600€ aos 15€, e a sua clientela não tem vergonha de ir mais para os 200€ que para os 20€.

A ementa é um luxo desde as entradas: croquetes, rissóis ou chamuças, passando pelos pratos principais: arroz de polvo, bacalhau com natas, alheiras caseiras, arroz de pato, cabidela; carne de porco à alentejana; chanfana e rojões à transmontana, e acabando nas sobremesas: tarte tatin, toucinho-do-céu, bolo de chocolate sem farinha e a tarte de framboesa.

Como uma imagem vale mais que mil palavras, mas um pequeno texto cria mais sensações que mil imagens, convido o sr Leitor a fazer um pouco de cada.

Assim, e porque fui um dos 26 privilegiados que consegui reserva para jantar, iniciei-me em trabalhos com as chamuças. Bem fritas e sem o óleo à vista, fazem o prazer do palato. A estas juntaram-se umas azeitonas e um queijo amanteigado – um couvert de luxo.

A paletilha de cordeiro chegou, assada no forno a carvão e na sua própria gordura. Estamos perante o caso mais sério desta casa – este prato nunca falha, nem na quantidade nem na oferta, e muito menos na qualidade.

O polvo à lagareiro foi o cliente seguinte, e diante de tanta qualidade já não posso classificar o melhor, mas que é sempre a subir, isso posso garantir.

Antes da sobremesa ainda há espaço para a sela de borrego. Vejam a foto... palavras para quê?

Para sobremesa uma pequena fatia de cada, seguida de café, whisky e dois meses de trabalho intenso no ginásio.

O vinho foi o Quinta de Vila Maior 2004 (http://www.casadapalmeira.pt/), uma verdadeira pomada que casa perfeitamente com esta ementa.

São locais como estes que fazem valer as nossas mensalidades no Holmes Place!

Provavelmente a cozinha mais pequena do mundo, mas seguramente uma das melhores do universo.

Preço médio – 35€

Serviço: 4, Decoração: 4, Menu: 5, Carta de Vinhos: 4, Preço: 3

Nota Final (0-5) : 4+ / Muito Bom


Fotografia 1 - Couvert
Fotografia 2 - Paletilha de cordeiro
Fotografia 3 - Polvo à lagareiro
Fotografia 4 - Sela de borrego
Fotografia 5 - Sobremesas (bolo de chocolate sem farinha, tarte-tatin, e a tarte de framboesa)

14 comentários:

Manuel A. P. Sanches disse...

Quando estou em Portugal vou sempre. É muito boa.

Tété disse...

O que eu vi na "cozinha mais pequena do mundo" foi tirarem o meu bacalhau espiritual de 20€ de um tupperware do frigorífico, feito pasta de bacalhau para ir gratinar com molho bechamel espremido do pacote na hora (uau)
evitem ir a este restaurante pleeeease!!!!

Anónimo disse...

Então preferia que seu bacalhau fosse desfiado na hora para fazer seu bacalhau espiritual????
de certo não vai a muitos restaurantes! ou fala assim porque custa 20euros? (uau) é simples minha senhora vá comer ao burguer king.
bechamel espremido do pacote na hora?
pelo menos assim sabe o que está a comer, a nao ser que a senhora conheça outra forma de colocar o bechamel....
Adoro a Tasquinha da Adelaide continuem sempre assim...
Um grande bem haja a todos!...

Anónimo disse...

era muito bom antes de ser frequentado por agarrados do Cacém

Anónimo disse...

Teresa tem alguma razão...pagar 100€ por uma batatas que estavam dentro do tuperware...e por um cabrito que foi aquecido sabe-e lá onde (porque arrefeceu de tal forma rapido que o molho ficou em minutos sólido...) não me parece razoável...foi aqui parar por não haver lugar na Tasca da Esquina, adorei as entradas, o serviço e o local - e teria adorado o cabrito se cobrassem um valor razoável, qu de forma alguma os quase 50€!!

não diria que é um lugar a evitar, mas de certeza que a relação preço/qualidade não é justa!

ps: sr "anónimo 1" revela alguma falta de conhecimentos de culinária- é óbvio que o ideal é o bacalhau ser desfiado na hora..eu pelo menos assim o faço em casa...
e fazer molho bechamel não é usar um instântaneo de pacote..sabe, faz-se com manteiga, farinha...
acho importante saber ouvir e respeitar sem ofender a opinião dos outros, só assim podemos melhorar...e fazer as nossas próprias escolhas!

Anónimo disse...

ola acho uma pena que a qualidade de um lugar tao requintado e conhecida tenha se perdido....trabalhei em 2005 nesse restaurante era uma maravilha...kelly

Papoila Bem Me Quer disse...

Fui à Tasquinha d'Adelaide ontem à noite. Um jantar de aniversário restrito. Na noite anterior pesquisámos vários restaurantes em Campo de Ourique. Sobre este só encontrei boas críticas (ou pareceres) até encontrar este blog. A Teresa não gostou. Há que respeitar. Eu ignorei a opinião da Teresa e hoje venho dar o braço a torcer. O restaurante é mau, é muito mau! O serviço não é agradável. A cozinheira está de pé na cozinha e pouco faz (abre e fecha diversas vezes o micro-ondas). A comida é requentada e não requintada! O polvo à lagareiro estava mole e sem sabor, as batatas da carne de porco à alentejana foram servidas cruas, o puré de batata de tanta noz moscada não era possível perceber se era caseiro ou instantâneo, os rojões fizeram azia, as sobremesas pouco interessantes e o preço nada justo. Poderá ter sido um bom restaurante no passado, hoje em dia é um local a evitar.

EuSouGourmet disse...

Eu depois de vários comentários decidi voltar ao restaurante e tenho que admitir que a qualidade baixou bastante e os preços mantém-se bastante altos (principalmente dos vinhos).
É uma pena, pois esta era uma das minhas casas referencia de Lisboa e agora perco mais uma,
Vicente

Anónimo disse...

empregados sem contrato e sem descontos e pagos a mal horas!que isto???por amor de deus tenha vergonha na cara adelaide

Anónimo disse...

Para além de a comida ser mal confeccionada e por isso absurda e incompreensivelmente cara, a empregada é de uma imensa má educação, só nos faltou expulsar do restaurante porque estava com pressa de se ir embora. Péssimo atendimento.

Anónimo disse...

Fui a esté restaurante ontem anoite jantar ,fui bem atendida pelas empregadas , mais o local não está em condiçoes , paredes caindo aos pedaços , mesas sem copos(As empregadas tem que ficar trocando copos de um lado pro outro )a cozinheira que diz ter um nome tão conhecido - Adelaide- acaba de cozinhar ,vai pra esplanada beber e fumar sem contar que vai a mesa se oferecer pros homens qe la estão ,isso quando não vai escarrar na casade banho uma nogeira !francamente !

Anónimo disse...

A inveja e amargura adulteram os gostos e os olhares. “As paredes caindo aos pedaços” uma parede junto a uma mesa em que habitualmente se sentam convidados da chefe, é muito raro ser ocupada… “mesas sem copos” o que não falta na tasquinha são copos, naturalmente as empregadas quiseram ser simpáticas e colocar um copo mais apropriado ao vinho que ia beber.
“Vai para esplanada fumar e beber” ainda bem que vai fumar para esplanada para a sua saúde e a dos outros clientes, mas tem o cuidado de antes ou de pois de entrar, vir cumprimentar as pessoas á mesa, perguntando se está tudo bem…
Quanto ás outras criticas que refere são como se diz em inglês são no mínimo disgusting.
Para mim e para muitos clientes a tasquinha continua ser um lugar de culto da comida portuguesa em lisboa, de facto o preço é um pouco elevado, mas a qualidade da comida e a simpatia e cuidado com que somos tratados é incomparável. È por isso que passados 18 anos continua aberta.

Maria disse...

Deveriamos fazer criticas construtivas e não destrutivas.

Maria disse...

Deveriamos fazer criticas construtivas e não destrutivas...