domingo, 27 de fevereiro de 2011

I Fórum Gastronómico EPE: património e arte

A Escola Profissional de Esposende, concretamente o curso Técnico de Restauração, realiza, no dia 28 de Fevereiro, o “I Fórum Gastronómico EPE: património e arte”, no Hotel Axis Ofir, com objectivo de proporcionar aos alunos e profissionais desta área um contacto com especialistas conceituados, de que resultará uma partilha de saberes entre todos os participantes.

Este Fórum contempla um vasto programa que vai desde painéis temáticos, relacionados com a gastronomia, até ao debate com críticos que farão uma reflexão sobre a importância cada vez mais crescente da cozinha e dos vinhos no panorama nacional, associados à economia e ao futuro profissional dos jovens.

O projecto Água e Terra, desde logo, convida, não só a uma viagem aos nossos sentidos, mas também ao encontro da arte, em que o tradicional se junta à inovação e à irreverência, onde as modernas tendências fundem-se em novas correntes estéticas e de expressão.

Assim, ao longo de todo o dia, temas como “Os vinhos Portugueses”, “O mundo dos críticos gastronómicos”, “A Pastelaria em Portugal. Que futuro?” e “Os chefes e seus restaurantes” serão objecto de análise e discussão. Paralelamente, irão decorrer demonstrações de cozinha, pastelaria e vinhos, cujo intuito é promover uma interacção entre os presentes. Simultaneamente, haverá, ainda, a presença de várias marcas dando a conhecer os seus produtos e serviços.

Os promotores deste evento esperam, não só sensibilizar os alunos para os desafios que esta profissão apresenta, mas também promover a escola e o curso, para além de dar a conhecer o trabalho quer dos profissionais quer de algumas das marcas que existem neste mercado.

INFORMAÇÕES:
Escola Profissional de Esposende _ Rua Amorim Campos 4740-335 Fão
253 982 779 | 964 701 368 (Alexandra Vilar _ Rosa Boaventura)
alexandra.vilar@zendensino.pt | epe@zendensino.pt

PROGRAMA
9:00 RECEPÇÃO
9:30 SESSÃO DE ABERTURA

09:45 Debate Vinhos portugueses, com a participação de Enólogos, Escanções, Bartender’s e representantes de regiões e marcas portuguesas Rui Cunha | Amaro Carvalho | Mário Valério | Manuel Miranda _ ASSOCIAÇÃO DE ESCANÇÕES DE PORTUGAL | Graciete Lima _ VINHOS NORTE | Luís Seabra _ NIEPOORT | Luís Cerdeira _ ASSOCIAÇÃO DO VINHO VERDE
MODERADOR _ José Silva

10:45 AULA DE VINHOS | Bartender _ Mário Valério e Escanção _ Amaro Carvalho

11:15 PAUSA

11:30 Debate O mundo dos críticos gastronómicos portugueses, com a presença dos Jornalistas e especialistas de Turismo e Hotelaria Agostinho Peixoto | Fernando Melo | José Augusto Moreira | José Silva | Paulo Amado | Vicente Themudo de Castro

12:30 DEMONSTRAÇÃO DE COZINHA | Chefe Vítor Matos _ CASA DA CALÇADA

13:00 ALMOÇO NO HOTEL AXIS OFIR
APRESENTAÇÃO DE NOVAS FARDAS PARA O SECTOR DA RESTAURAÇÃO

15:00 Debate A realidade da pastelaria e seus representantes em Portugal, que futuro? com a presença dos Chefes António João Melgão _ CAPRI | Fabian Nguyen _ HOTEL FORTALEZA DO GUINCHO | Francisco Gomes _ Confeitaria A COLONIAL | Guilherme Lickfold _ PÃO de LÓ DE MARGARIDE | Joaquim Sousa _ HOTEL THE OITAVOS
MODERADOR _ Paulo Amado

15:45 DEMONSTRAÇÃO DE PASTELARIA | António João Melgão _ CAPRI

16:30 PAUSA PARA CAFÉ

16:45 Debate Os Chefes e seus Restaurantes com presença dos Chefes Amaya Guterres _ QUINTA DO PRAZO | Alexandre Silva _ RESTAURANTE BOCCA | António Alexandre _ HOTEL MARRIOT LISBOA | Henrique Sá Pessoa _ RESTAURANTE ALMA | Pedro Lemos _ RESTAURANTE PEDRO LEMOS | Rui Paula _ RESTAURANTES D.O.C e D.O.P. | Ricardo Costa _ HOTEL YEATMEN
MODERADOR _ Fernando Melo

17:45 DEMONSTRAÇÕES DE COZINHA | Chefe Nuno Diniz e Chefe Álvaro Costa

18:45 ENCERRAMENTO

(informação disponibilizada pela Escola Profissional de Esposende)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Finalmente é sexta-feira

A sustentabilidade é um tema que agora está na moda.

Usa-se e abusa-se da palavra, mas, na realidade, poucos fazem algo para poder ter direito ao uso da mesma. Recentemente, assisti em Girona, Espanha, a um alerta do chefe catalão Sergi Arola sobre os perigos da pesca do arrasto e da extinção do atum cinzento. A verdade é que a moda do sushi aumentou drasticamente a procura deste peixe, bem como fez disparar o preço.

Das três milhões de toneladas anuais passou-se a pescar 60 e, segundo os cientistas, acima de 10 caminha-se para a extinção. Agora, com estes números, não caminhamos, corremos rapidamente para a extinção do atum.

Será este o caminho que queremos?
Fica aqui algo para pensar.

Na Costa Brava, Catalunha, há actualmente 20 estrelas Michelin, e eu tive a oportunidade de visitar alguns. Aqui está a lista dos que mais me impressionaram.

Ca L'Arpa

Em Banyoles, a cerca de 20 minutos de Girona, tem uma cozinha criativa usando os produtos locais.

Uma decoração moderna, mesas espaçosas, e de alguns pontos da sala podemos ver o chefe a preparar as suas criações.

Quando lá for, recomendo que faça uma degustação dos "snacks", e obrigue o chefe a servir o hamburguer de pato com foie-gras.

Preço médio €60.
Pg. de la Industria, 5.
Tel: 972 572 353.
www.eirebostdenpere.com

El Celler San Roca

Aqui podemos ver a cozinha criativa e singular de Joan e Jordi Roca.

Usando técnicas modernas e apresentações singulares, vence por dois lados: no visual e no palato.

Foi dos melhores sítios onde comi e as três estrelas Michelin estão totalmente justificadas.

O menu de degustação consiste em 20 pratos e 20 vinhos seleccionados pelo outro Roca, Joseph.

Não prescinda do "turron de foie" ou o bombom Bellini, que são autênticas peças de arte gastronómica.

Preço médio €90, menu de degustação €115.
C. de Can Sunyer 48,Girona
Tel: 972 222 157
www.cellercanroca.com

Els Tinars

Muito perto de Girona, escondido no meio de um arvoredo, fica esta casa térrea, com uma decoração muito descontraída e, apesar dos seus 120 lugares, consegue através de várias salas criar um ambiente calmo e agradável.

A cozinha é tipicamente regional da Catalunha, respeitando seu receituário e produtos, mas dando um twist de contemporaneidade.

Preço médio €55
Ctra. De Saint Feliu a Girona, Llagostera
Tel: 972 830 626
www.elstinars.com

El Bulli

Considerado por muitos o melhor restaurante do mundo, fica na bela povoação de Roses, junto ao mar.

Ferran Adrià é talvez o mais criativo chefe da actualidade e o espaço, além de lindo, tem uma vista singular.

Na mesa, a experiência gastronómica é única e inesquecível, pois o menu composto por 40 pratos deslumbra qualquer pessoa.

Dou-lhe a garantia que não sai de lá cheio, o problema é conseguir uma reserva, e se quiser despache-se porque o El Bulli vai fechar durante três anos a partir de 31 de Julho.

Menu €200.
Cala Montjoi, Roses
Tel: 972 150 457
www.elbulli.com

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 25 de Fevereiro de 2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Livro das Estrelas


Amanhã, durante a BTL em Lisboa que está a decorrer no Parque de Exposições na Expo, vai ser apresentado o livro "Na Rota das Estrelas 2010".

Este livro pretende mostrar tudo o que aconteceu durante este evento nos restaurantes Il Gallo D'Oro no Funchal, Eleven e Tavares em Lisboa, Arcadas em Coimbra, Fortaleza do Guincho em Cascais e Ocean em Porches.

Penso que é uma boa forma de divulgar o que foi um evento interessantíssimo que uniu seis dos chefes com estrelas michelin, em pról da alta gastronomia que se pratica em Portugal.

Depois da apresentação por volta das 17h vai decorrer um show coocking com os chefes Albano Lourenço, Vincent Fargés e Benoît Synthon no pavilhão 4.

rotadasestrelas.blogspot.com

Gastronomia de tacho

Durante muitos anos, as Pousadas de Portugal eram locais de culto gastronómico, sendo reconhecidas nacional e internacionalmente como sítios bonitos e com uma boa mostra dos produtos regionais e seu receituário.

De uma forma surpreendente, a fama do bom passa para menos bom, e a reputação foi-se sem qualquer tipo de justificação. Na realidade, não conheço todas as Pousadas e não poderei corroborar ou contrariar as vozes, mas, recentemente, fui à Pousada de Amares visitar a cozinha do Convento.

É difícil não ficar rendido a este projecto do arquitecto Souto Moura, que transformou o esquecido e ruinoso Mosteiro Circense do século XII num bonito hotel cheio de charme e história.

Quando um projecto desta envergadura é acompanhado pelo bom gosto e bom senso, preservando os valores históricos do passado, está condenado ao sucesso. A sala de jantar, antigo refeitório do convento, só levou uma lavagem de cara, nova mobília, mantendo as paredes de pedra, criando um ambiente único e apaixonante.

Desloco-me para a minha mesa, junto a uma das duas lareiras, e sento-me debaixo da clarabóia que revela um céu muito estrelado.

Sem perder tempo, passo logo para os pratos e inicio a refeição com várias entradas, Tigela de Papas de Sarrabulho (€10) - todos os ingredientes em harmonia e uma textura fantástica fazem com que entre com chave de ouro; Carpaccio de polvo à lagareiro (€14,50) - apesar de achar que eram mais filetes do que carpaccio, o prato estava bom.

Nos principais, comecei com as gambas gigantes de Moçambique grelhadas com arroz basmati e salada de folhas verdes - nada a apontar.

A lampreia à bordaleza (depende da época) estava bem confeccionada, a carne do ciclóstomo estava com uma textura certíssima, dura sem estar seca, e o molho do guisado apurado, revelando a fresquidão dos produtos.

Arroz de galo pica no chão malandrinho(€18) - arroz bem cozinhado, um prato bastante apurado que não desiludiu. Terminei os principais provando ainda o arroz de cabrito "Mamão" no tachinho (€24) - carne tenra, bem confeccionada, revelando que, na cozinha, há alguém com uma mão excelente para a "arte do tacho".

A longa e antiga mesa de pedra no centro da sala estava cheia de doces conventuais e queijos, pelo que não resisti a provar quase todos, preterindo as sobremesas da carta, e não me arrependi.

A carta de vinhos, apesar de não ser muito extensa, tem várias opções para todos. Destaco as opções em verdes tintos que, segundo os puristas, é o melhor néctar para a lampreia, opinião que não partilho.

Serviço eficaz, rápido e atencioso, não havendo nada a apontar neste campo, fazendo deste, e dentro dos que visitei, o melhor e mais emblemático restaurante das Pousadas de Portugal.

Ver para crer e degustar para acreditar.


Detalhes
Restaurante da Pousada de Santa Maria do Bouro
Pousada de Amares
Santa Maria do Bouro Amares
Largo do Terreiro - 4720-688 Bouro
W 8º 16' 12,6'' N 41º 39' 34,3''
+351 253 371 970
www.pousadas.pt / recepcao.bouro@pousadas.pt
Horário: Aberto todos os dias das 13h00 às 15h30
e das 20h00 às 22h30
Preço médio: €35
Tipo de Cozinha: Regional tradicional
Cartões: Todos

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 23 de Fevereiro de 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ferran Adriá vem a Portugal

Girona, 21 Fevereiro de 2011.

O grande chefe Ferran Adrià durante a conferencia de imprensa que decorreu durante o Fórum Gastronómico de Girona, anuncia que tem muito carinho pelo nosso país e pela nossa cozinha, e que um dos seus objectivos é visitar Portugal.

Dia 31 de Julho vai ser o ultimo dia que o El Bulli abre as portas, pelo menos durante três anos e durante esse período vai dedicar-se ao seu novo projecto: Fundação El Bulli.


Com a Fundação pretende visitar mais de 50 países e dar a conhecer aos cozinheiros locais tudo o que aprendeu e criou nos últimos 20 anos à frente do famoso restaurante.

Um dos destinos é Portugal!

Anunciou igualmente que em Outubro vai publicar um livro dedicado à família, onde explica as diferenças de cozinhar em casa das de um restaurante, faz igualmente propostas para menus com custos abaixo dos €3, sendo uma dupla proposta de receitas e economia familiar.

Mas agora resta-nos esperar pela visita daquele que foi considerado por vários o melhor chefe da actualidade.

Mercado La Boqueria em Barcelona

Estive recentemente num dos mais animados, e com produtos de fazer salivar qualquer um: La Boqueria em Barcelona.
Estava repleto de pessoas e turistas, que compravam, olhavam e degustavam, com uma apresentação e animação assim é impossível resistir.


Comecei pelos enchidos e claro o presunto.

Mais uns,,,,,


Alguns fungos!


Uns ovos para uma omolete, ou talvez uns revueltos com os cogumelos.


Para o refugado


Os peixes.


Frutas de todas as cores.


E ainda mais frutas.


Montanhas de morangos.


Para os mais gulosos.


E para terminar um chocolate.

Mercado La Boqueria
Rambla, Barcelona

O adeus e até já de Ferran Adriá

Eram 10 horas em Girona, Espanha e as pessoas acumulavam-se para entrar no auditório central do Centro de Congressos da cidade. Precisamente às dez horas e cinco minutos foi anunciado o nome e a pessoa que todos vinham ver e ouvir: Ferran Adrià.

O tema era caça e o El Bulli e durante quase uma hora enquanto explicava a razão do El Bulli este ano ter optado por vários menus que utilizavam este tipo de ingredientes foi lentamente explicando e dar a entender a razão de fechar o mais emblemático restaurante do mundo.

Primeiro explicando que nunca foi o pai da cozinha “transformista”, e para o explicar fez uma analogia, o que é uma cozinha tradicional sem transformações ou evoluções? Vejam o caso de uma salada de tomate, dois ingredientes base, vinagre, azeite e sal. A transformação qual é? O gaspacho, aqui tritura-se vários ingredientes e transforma-se numa sopa, este sim é uma confecção de transformação, eu o que faço é continuar um legado que apareceu muito antes de mim.

Mais umas analogias, agora entre a carne e os canellonis, e avançou para o que todos queriam ouvir. “Eu não vou fechar o El Bulli, vou sim reflectir durante três anos, pensar em tudo o que fizemos e viajar pelo mundo fora e explicar o que andamos a fazer durante 20 anos no El Bulli.”

Criou uma fundação “El Bulli” e durante três anos vai reflectir, “porque há sempre uma altura na vida que é preciso parar e pensar”, confessa.

Para aqueles que andavam desiludidos porque achavam que nunca iriam visitar o El Bulli, esperem que acabe a reflexão, e depois vamos ver o que vai ser o El Bulli 2.0.

Entretanto podem comprar o novo livro de receitas, técnicas e experiências do chefe e do restaurante, e tentar em casa aquilo que foram para já vinte anos de história intensa e mediática.


Girona, Espanha - Fórum Gastronómico 2011
www.forumgastronomic.com

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Finalmente é sexta-feira

O trabalho de um jornalista passa em grande parte pela arte de saber pesquisar, as noticias mais interessantes ou as novidades mais entusiasmantes, nunca vêm parar por obra e graça do divino ao nosso colo. Para estar informado, além de andar de um lado para o outro, compro regularmente várias revistas e jornais.

Ultimamente deparo sempre com o mesmo tipo de temas: restaurantes low cost, onde comer a menos de €5, comer a poupar, e mais um conjunto de artigos onde só o preço é abordado. Será esta uma abordagem correcta? Vamos esquecer a qualidade? Não será mais importante estabelecer padrões como preço versus qualidade? Aqui vai uma lista de restaurantes com almoços executivos, que unem os mais importantes critérios da restauração: qualidade, autenticidade, serviço e preço:

Restaurante Artimisia

A chefe todos os dias prepara algo diferente, genuíno e interessante, sendo sempre uma surpresa mas sempre com muitos produtos biológicos, especiados, e proíbe a entrada na cozinha de corantes ou aditivos, tudo é natural.

Esta semana têm na ementa tornedó de alheira de Mirandela em massa filo, corvina no forno com estragão, batata e legumes salteados, lasagna de legumes, entre outros.

Preço do menu €7,50 .
Rua Adolfo Casais Monteiro 135, Porto.
Tel: 226 062 286

Restaurante Assinatura

Sob a batuta do chefe Henrique Mouro, ao almoço pode optar pelo:
só o prato-€18, entrada e prato ou prato e doce-€22 e entrada, prato e doce-€26, sempre com água, couvert e café incluídos.

Os pratos podem ser Pastel de batata-doce e camarão, Pargo assado no sal marinho de ervas, mas nunca se sabe, pois todas as semanas há novidades.

Rua do Vale Pereiro, Nº 19 Lisboa.
Tel: 21 386 76 96


Restaurante Flor de Sal

Quem lá foi não se esquece, é um dos mais bonitos restaurantes de Portugal e para a oferta executiva tem um menu de mercado muito atraente e muda todas as semanas: creme de couve-flor e amêndoa-€2,20, iscas de fígado em cebolada com milhos de tomate-€8,50 crepe com ananás flamejado-€3,20, tudo por €14 sem bebidas.

Parque Dr. José Gama, Mirandela.
Tel: 278 203 063

Restaurante Largo

O chefe Miguel Castro Silva desde que chegou a Lisboa está sempre a surpreender, e a sua gastronomia é a arma de combate.

No largo o menu vale €18 e inclui entrada e prato principal e pode escolher entre um tsatsiki sobre carpaccio de novilho, risotto de polvo provençal, vitela assada á Portuguesa, entre outras iguarias.

Rua Serpa Pinto, nº10A Chiado, Lisboa.
Tel: 21 347 72 25

Restaurante Mesa

Liderado pelo chefe Luís Américo tem todos os dias 4 entradas, 4 pratos principais e 4 sobremesas, onde se incluem iguarias como linguini nero de gambas ou um bife da vazia com queijo da serra, e por €15 pode optar por duas opções, €18 três e ainda inclui copo de vinho ou refrigerante e café.

Rua D. Domingos Pinho Brandão n.º 75 4º, Nevogilde-Porto.
Tel: 22 616 92 55

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 18 de Fevereiro de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Perdiz ao Madeira

Receita cedida pelo restaurante Cimas no Estoril

Ingredientes para 4 pessoas
4 Perdizes
5dl de vinho da Madeira seco
6 dentes de alho
10 grãos de pimenta preta
2 folhas de louro
3dl de azeite
2 a 3 cebolas
2 a 3 cenouras
1 ramo de cheiros (salsa e coentros)
2 a 3 malaguetas de piri-piri
2dl de caldo de carne

Preparação:

Coloque as perdizes limpas a marinar num recipiente com o vinho da madeira durante 24 a 48 horas juntamente com dois dentes de alho, alguns grãos de pimenta e uma ou duas folhas de louro.
Na altura de cozinhar as perdizes, aloure dois dentes de alho com 1dl de azeite.
Junte as cebolas picadas, as cenouras cortadas em juliana fina, o ramo de cheiros e as malaguetas de piri-piri.
Deixe cozer suavemente.
Quando as cebolas e a cenoura estiverem macias, adicione o liquido da marina e o caldo de carne.
À parte aloure as duas perdizes em 2dl de azeite e junte os restantes dois dentes de alho.
Introduza depois as perdizes no molho e deixe estufar lentamente em lume brando durante hora e meia, tendo o cuidado de tapar o recipiente.
Acompanhe com cebolinhas caramelizadas e batata palha.

Retirado do livro Restaurante Cimas
English-Bar - A História
www.cimas.com.pt

Cherne na canoa com amêijoas

Receita cedida pelo restaurante Cimas no Estoril

Ingredientes para 4 pessoas
1/2 cabeça de cherne
4 postas de cherne
1/2kg de amêijoas
2 cebolas
2 dentes de alho
2 folhas de louro
2dl de natas
1dl vinho branco
óleo
Sal e pimenta
Azeite q.b.

Preparação:

Faça um caldo com a cabeça de cherne.
Refogue a cebola picada em azeite, com o alho picado e as folhas de louro.
Junte o caldo do peixe, a gosto, ao refogado e acrescente 4 colheres de sopa de natas e o vinho branco. Deixe apurar.
À parte, deixe alourar em óleo as postas de cherne, sazonadas e previamente passadas por farinha de trigo. Leve-as ao forno, cobrindo com o molho já referido.
Junte as amêijoas quando o peixe estiver praticamente pronto, isto é, com a espinha quase solta.
Sirva acompanhado de batatinhas cozidas.

Retirado do livro Restaurante Cimas
English-Bar - A História
www.cimas.com.pt

Harmonizações com caça

Já perguntei a várias pessoas do meio dos vinhos o que é um bom vinho, se há alguma fórmula que mais facilmente nos leve a decidir que um é melhor que o outro.

As respostas foram distintas: a palavra acidez e equilíbrio foram as mais usadas, mas de forma alguma conseguiram ajudar-me a descobrir uma potencial fórmula de análise.

Quase todas as pessoas do meio têm critérios muito bem definidos: cor, aroma, acidez, persistência, final de boca, etc..., mas se formos perguntar a influência de cada um desses critérios a resposta é sempre a mesma: varia!

No fundo e analisando a resposta de todos, só há algo que prevalece em relação aos critérios: o gosto pessoal - é verdade, todos temos e não há forma de fugir à distinção "gosto ou não gosto", o resto é análise técnica.

Nesta coluna quinzenal não sofro de influências, modas, ou sigo uma linha fixa de critérios ou padrões, rendo-me ao que provo, gosto e que penso que as outras pessoas também vão apreciar.

Grande parte das minhas provas são à mesa, juntamente com uma refeição, assim não só faço uma "ficha técnica" do néctar, como também faço harmonizações com diferentes tipos de alimentos ou confecções, sendo um duplo exercício e muitas vezes um duplo prazer.

Assim, e porque penso que esta é uma forma mais arriscada de explicar o vinho, vou a partir de agora escolher um restaurante e fazer lá as minhas harmonizações. Hoje a escolha vai para o restaurante Cimas, no Estoril, provavelmente um dos melhores restaurantes de caça do país.

Juntamente com a Sara Sobral, gerente do restaurante Cimas, fiz a minha escolha de vinhos harmonizando com os seguintes pratos:

Iniciei-me com o cherne com amêijoas, confeccionado à base de um refogado com chalota e azeite e depois corado no sauté, leva natas, caldo de peixe e amêijoas, ficando ligeiramente adocicado e com um ligeiro travo fumado.

A escolha foi imediata para um dos vinhos do Celso Pereira, o Vértice Branco 2009.

Produzido das castas gouveio e viosinho, tem uma acidez que casa bem com o adocicado do prato e a sua mineralidade não rouba o carácter, fazendo uma boa parceria com o cherne.

Foi engarrafado em Dezembro de 2010 e está repleto de personalidade. Teor alcoólico 14%.

O casamento que se segue foi entre a perdiz ao madeira, que, após uma marinada de 48 horas num Madeira seco, é levada ao tacho num refogado de chalota e cenoura, o que lhe dá uma característica única com uma acidez fantástica.

Assim, o vinho escolhido foi novamente uma das criações do enólogo Celso Pereira, desta vez com o Quanta Terra Tinto Grande Reserva de 2008, produzido das casta Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousão.

Apesar de ainda ser um vinho novo e com potencial de evolução muito grande, já demonstra uma grande personalidade, onde a fruta compotada se destaca. O seu final de boca persistente, onde as notas de madeira ligeiramente fumadas sobressaem, integram-se na perfeição com a perdiz, criando um triplo prazer. Primeiro quando se prova o vinho, depois quando se degusta a perdiz e, finalmente, quando se combina os dois. Teor alcoólico 14%.

Terminei com um doce, mas não muito, os crepes Suzete e um vinho da região, o Carcavelos de 1990.

Não é um vinho muito fácil de descobrir e segundo sei já não se produzem mais, mas esta região há muito esquecida ainda tem alguns pés de vinha, penso que não têm mais de 3 hectares e produz um vinho generoso singular, com notas achocolatadas e alguns frutos frescos, combina todos o aromas a uma acidez muito fresca.

Se podemos escrever sobre os vinhos que bebemos numa refeição, porque não escrever dos vinhos que devemos beber com certos pratos?

Fica aqui o desafio.

Detalhes
Restaurante Cimas
www.cimas.com.pt
Avenida Marginal, 2765 Monte Estoril
Tel: +351 214 681 254

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 16 de Fevereiro de 2011

Santi Santamaria partiu e deixa saudade

Morreu hoje em Singapura o grande Chefe Santi Santamaria, não vou divagar sobre a sua vida, mas apenas deixar uma modesta homenagem, aquele que foi certamente um dos melhores chefes de cozinha do mundo.

Santi Santamaria

b. 26 de Julho de 1957, Sant Celoni, Catalunha Espanha
d. 16 de Fevereiro de 2011(2011-02-16), Singapura

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Finalmente é sexta-feira

Sempre que se aproxima a data de 14 de Fevereiro tenho uma espécie de calafrios, pois apesar de me considerar um romântico, ligo pouco a esta data. Diria mesmo que deveria haver 364 dias de romance e um dia para descansar, e a data proposta, bem... é fácil imaginar qual seria.

O que é certo é que é quase impossível esquivar-me a um rol de sugestões alimentares românticas para esta data. Os critérios são sempre os mesmos: local bonito, ambiente calmo e lamechas, bla bla bla, e mais um conjunto de parâmetros que nada tem a ver com a gastronomia. Mas, como já disse anteriormente, sou um romântico, por isso aqui vão as minhas sugestões. A única diferença é que são todos locais onde se come muito, com decorações rústicas e o único romantismo sério é a paixão que os cozinheiros têm pela profissão e principalmente para servir.

O Abocanhado

Longe de tudo e difícil de chegar, numa pequena aldeia chamada Brufe, vence por uma gastronomia de excepção, acompanhada por uma vista sobre a encosta do Gerês privilegiada.

O cabrito é um prato obrigatório, a carne barrosã, javali, veado e a pá de porco também merecem a sua atenção.

Termine com o requeijão com doce de abóbora e saia feliz.

Preço médio €25-30.
Lugar de Brufe, Terras de Brufe.
Tel: 253 335 944;

O Geadas

É um restaurante onde a cozinha transmontana é tratada por tu.

Aliás, é tão bem tratada, que se permite a fazer algumas fusões com pratos de outras regiões.

As especialidades começam pelos enchidos, passam pelos maravilhosos cuscuz com costeleta de porco bísaro e os cogumelos selvagens e termina nos pratos de caça.

Preço entre os €15 e €25.
Rua do Loureto 32, Bragança.
Tel: 271 324 413

O Sapo

Entre a estrada de Penafiel e Entre-Os-Rios, está a pequena povoação de Irivo e lá se situa esta mítica casa!

É um local onde não só como bem, como me divirto a pensar numa pessoa que entre lá sozinha pela primeira vez e peça entrada, prato principal e sobremesa para um, pois o mais certo é virem doses para três.

Não destaco nada, porque tudo se destaca, mas deixo aviso: vá com companhia.

Preço médio €15 a €20.
Lugar da estrada, Irivo.
Tel: 255 752 326;

Ribamar

Nunca me desiludiu, sempre que lá vou há sempre algo novo na ementa, um peixe, um marisco, uma confecção.

Aqui há espaço para o tradicional, para o básico e para criatividade, fruto da experiência do chefe Hélder Chagas.

A sopa rica ou o peixe ao vapor são alguns dos pratos que deve provar obrigatoriamente.
Quando lá estiver perca-se nas centenas de referências que a garrafeira alberga.

A vista para o mar até torna o espaço ligeiramente romântico, mas nada em exagero.

Preço médio entre os €30 e os €40, mas depende muito do marisco e vinho que pedir.
Av. dos Náufragos 29, Sesimbra.
Tel: 212 234 317

A Comidinha

Quem acha que Lagos é apenas para peixe e marisco, então tire o cavalinho da chuva e venha conhecer a casa do Pedro Glória.

Não é fácil lá chegar, mas depois de duas perguntas facilmente lá chega.

O ensopado de borrego, o grão com rabo de boi, feijoada de búzios e, claro, muito peixe fresco são as iguarias da casa.

A carta de vinhos é de sonho, havendo mais de 1000 referências.

Preço médio €25-30.
Urbanização Torraltinha, lote 5 - Lagos.
Tel: 282 782 857.

Noélia e Jerónimo

Situado na marginal de Cabanas de Tavira começou por ser uma pastelaria, mas depois de apresentar uma das suas primeiras confecções transformou-se rapidamente num restaurante que só peca pela sua enorme carta, pois são muitas as sugestões e o nosso estômago não dá para tudo.

Mas a frustração é rapidamente esquecida nas visitas seguintes.

Quando lá for prove as pataniscas, a ria alhada, o polvo.

Bem... tudo é bom.

Preço médio €20.
Av. Ria Formosa, Cabanas de Tavira.
Tel: 281 370 649

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 11 de Fevereiro de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Sabor de Cabanas

Eram 14h da passada sexta-feira e andava eu a conduzir pela Av. Ria Formosa em Cabanas à procura de um restaurante muito recomendado.

O nome escapava-me, a morada muito mais e decido ligar para uma pessoa que trata esta região por tu!

Coordenadas registadas e atravesso a renovada marginal que em muito embelezou esta pequena vila.

Estranho o facto de estar muito sol e os restaurantes estarem todos vazios, mas lembrando-me das horas é perfeitamente aceitável. Curioso foi, ao chegar à porta de Noélia, poucas mesas livres se viam, e o serviço não tinha direito ao descanso dos vizinhos.

Eram quase 14h30 e mesmo assim apressaram-se a responder positivamente ao pedido de mesa. Aliás, meia hora após a minha chegada ainda chegou um grupo de 3 que nem pediu, foram directamente para a mesa – eram certamente locais.

A sala é decorada sem grandes preceitos ou algo que se destaque, alguns quadros com fotografias do Ruy de Carvalho, um painel de azulejos... enfim, a minha primeira impressão é que tinha entrado mais numa cafetaria/pastelaria do que num restaurante.

Sentado na esplanada a apanhar sol, dou uma vista de olhos na carta: sugestões do dia eram 5 salgados e 6 doces. Na carta principal havia 11 entradas, 3 sopas, 4 mariscos, 5 omeletas, 3 massas, 14 saladas, 10 peixes, 5 carnes, e ainda 18 especialidades!

Para terminar ainda apresentam 20 sobremesas e 5 opções para fruta.

Rendo-me às especialidades, e para primeiro prato vêm umas tostas de tomate com biqueirão e regadas a azeite(€7), que para começar estava óptimo.

Seguiu-se a canja de amêijoas – 2PAX(€10), muito bem executada, cheia de sabor, apesar das amêijoas de viveiro, o arroz ainda um pouco al dente e os coentros a dar um equilíbrio muito interessante ao bivalve, lembrando muito o bulhão pato.

Fiquei com vontade de provar a muxama de atum com azeite e alho(€5) e a salada de atum(€8), mas fiquei-me por uma tosta com abacate, salsa, rucula, camarão e tomate que não me fascinou, pareceu-me até um pouco desequilibrada, precisando de um pouco mais de acidez.

Terminei os salgados com a raia alhada(€12)- percebi de imediato a alta recomendação para este prato, boa conjugação de todos os sabores e o peixe denunciava fresquidão com a sua carne suculenta e firme.

Havia ainda umas cataplanas e arrozes que pretendia provar, como o de lingueirão com batata doce-2pax(€25). O polvo trapalhão com batata doce-2pax(€20) também está bem referenciado, mas fica para uma próxima visita.

Nas sobremesas, apesar da vastíssima oferta, optei por um Dom Rodrigo(€3), mas havia opções como o mimo de amêndoa(€3), morgado de figo(€3), tarte de alfarroba(€3) entre outros.

A carta de vinhos não é grande espingarda, mesmo assim tem 5 verdes, 18 brancos, 2 rosés e 21 tintos, a preços muito apelativos – falta alguns vinhos com mais corpo, expressão e os rosés são escassos para um restaurante à beira “ria”.

Muito tinha ouvido falar no serviço, e nem a simpatia, nem a eficiência foram objecto de reparos, troco mesmo por elogios, nunca faltou comida no meu prato, bebida no meu copo, e o retirar do prato era sempre acompanhado da pergunta: “está tudo do seu agrado?”.

Em conversa apercebi-me que dentro de um ano mudam de casa e trocam a imagem de cafetaria para restaurante, mantendo sempre a mesma qualidade gastronómica, ainda não estão lá mas já digo: “bem hajam”.

Noélia há seis anos trocou as formas da pastelaria pelos tachos de cozinha, e bom para nós, pois temos mais um restaurante e mais uma cozinheira que merece referência.

Detalhes
Restaurante Noélia e Jerónimo
Avenida Ria Formosa - Edifício Cabanas-Mar
Cabanas de Tavira
8800-591 - Tavira
W 7º 35' 54'' N 37º 8' 8''
+351 281 370 649 / +351 968 534 971
Encerra Quarta-feira todo o dia
Horário: 12h00 às 15h00 e das 19h30 às 22h00
Preço médio: €20
Tipo de Cozinha: Tradicional portuguesa
Cartões: Visa e MB

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 9 de Fevereiro de 2011

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Finalmente é sexta-feira

Semana após semana, procuro, através desta pequena coluna, desenvolver um tema, divulgar restaurantes, indicar um vinho e por vezes recomendar uma leitura!

Pois esta semana vou fazer algo de novo: vou começar com boas notícias, falar de um tabu e terminar com tradições.

A boa notícia é que o presidente da Academia Portuguesa de Gastronomia, José Bento dos Santos, foi eleito por unanimidade na passada quarta-feira como o novo presidente da Academia Internacional de Gastronomia. O tema do seu projecto de remodelação visa unir a temática da saúde à gastronomia e sabor.

Espero que este seja mais um passo, de forma a dar mais visibilidade internacional à nossa gastronomia, receituário e tradições!

Não sou grande fã de buffets, pois a maior parte que tenho comido são apenas uma tentativa vaga de apresentar dentro de um rechaud algo parecido com comida, mas nos últimos tempos tenho descoberto alguns locais em Lisboa onde o respeito pela qualidade se sobrepõe à quantidade.

Varanda do Hotel Ritz - talvez um dos melhores que já comi. Não é barato e dificilmente destaco uma especialidade, pois nada tem reparos. Funciona durante a semana aos almoços - €57 (águas incluídas).
Tel: 213 811 400

Cenário do Hotel VIP Grand - muita variedade e todos os dias muda a ementa, funciona de segunda à sexta ao almoço - €20 s/bebidas.
Tel: 210 435 000

L'Appart do Hotel Tiara Park Atlantic - aos domingos ao almoço serve cozido à portuguesa e durante o resto da semana é mais variado e cheio de boas opções - €24 (domingo).
Tel: 213 818 700

Terra - para os vegetarianos e vegans não deve haver melhor local, 90% dos produtos não tem matéria animal, e a comida é cheia de sabor. Servido aos jantares de terça a domingo e almoços de sábados, domingos e feriados - €15,90.
Tel: 707 108 108

Termino com uma referência ao excelente trabalho de pesquisa e divulgação que Catarina Portas tem feito sobre os produtos tradicionais portugueses.

Não é rara a vez que vejo boas ideias a ficarem pelo seu estado inicial - as palavras - e raramente se transformam em acção!

Os Quiosques do Refresco são caso raro dessas situações: foi em Abril de 2009 que abriram pela primeira vez ao público com o intuito de recriar as tradições que havia nestes pequenos pontos de venda - refrescos, ginjinha, vinho quente, e outras bebidas, bem como sanduíches e bolos são alguns dos produtos que aqui se podem encontrar.

Juntamente com o seu sócio João Regal, renovou o culto sobre os xaropes de groselha e capilé.

Felizmente, o produto tem muita qualidade e não é uma daquelas zurrapas sensaboronas, repletas de corantes artificiais e conservantes.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt