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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Le Chef: O Lavagante

Por Paulo Pinto - Chefe executivo do Grand Hotel Villa Itália

Para muitos é considerado o rei dos mariscos. Parecido com a lagosta, distingue-se notoriamente pelas suas pinças invés das patas, antenas mais curtas e, claro, a sua cor azul-escura. O seu crescimento é muito lento e o alto preço é um bom reflexo da sua escassez e qualidades gustativas. 

A sua forma mais interessante e purista de degustar é cozido e acompanhado de uma simples salada, mas, bem confeccionado e trabalhado, proporciona pratos bonitos e altamente gustativos.

O nosso lavagante da costa, sendo um produto nobre para a nossa escolha de confecção, é, sem dúvida, uma mais-valia da costa portuguesa. 


Lavagante escalfado com vieira braseada, num puré cremoso de ervilhas, com toucinho fumado, crocante de tramezzini e naco de tofú marinado e assado com soja


Ingredientes
Lavagante 80 gramas
Azeite qb
Sal fino qb
Pimenta preta moída qb
Puré de ervilhas com toucinho 80 gr
Tramezzini 1 fatia
Tofu 25 gr
Molho de soja 20 ml


Lavagante escalfado
Cozinhar a vapor 80oC durante 12 minutos, arrefecer em água e gelo, descascar e cortar a gosto.
Numa frigideira com azeite, corar as vieiras temperadas de sal e pimenta.
Puré ervilhas com toucinho fumado
Cozer as ervilhas, fazer um puré e envolvê-lo com toucinho fumado picado.
Crocante de Pão tramezzini
Esticar o pão com rolo da massa e fazer uns orifícios; levar ao forno a uma temperatura baixa até ficarem crocantes.
Naco de tofú marinado em soja e assado com soja.


Sugestão de vinho
O vinho Chiado Arinto 2010, do enólogo Nuno Cancela de Abreu, é uma homenagem à cidade de Lisboa. O vinho espelha toda a alegria da cidade com a sua cor citrina, os aromas a fruta verde fresca e uma grande mineralidade. Na boca, mostra a frescura da sua acidez, os sabores citrinos que se sentem por longos momentos. Deve beber-se a 8-10ºC, como aperitivo ou a acompanhar mariscos e peixes frescos que podem ser grelhados ou cozidos, para não tirarem o seu sabor natural.



Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 13 de Setembro de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Le Chef: Lombo de Borrego com abóbora recheada

Por Nuno Diniz
Chefe executivo da York House

O lombo de borrego fica sempre contente quando na companhia de legumes.

Aqui combinámos alguns sabores tradicionais (borrego com alho e tomilho) com a tantas vezes desprezada abóbora (neste caso, uma excelente hokaido bebé, ou abóbora-menina), que foi cozinhada no forno a vapor, e a que juntámos diversos legumes, todos preparados de forma diferente e que, com as suas texturas específicas, contribuirão para a elevação da experiência gustativa.

De notar que tudo foi aproveitado: ossos e cascas de legumes para o caldo, pele e gordura do borrego tratada de forma a ficar crocante, e até as pevides, que foram salteadas com azeite e sal e comidas... na cozinha...

Lombo de Borrego com Abóbora recheada

Abóbora
Cozer a vapor uma abóbora pequena até uma faca entrar facilmente (20 minutos a 150 0C)
Cortar a tampa, retirar a polpa e reservá-la.

Legumes
Branquear em separado, em água a ferver com sal: 2 espargos (4 minutos), 5 ervilhas tortas (1 minuto), 1 cenoura (5 minutos), 2 ocas (5 minutos), 1 curgete (2 minutos) e meio alho-francês (1 minuto).
Ao retirar da ebulição, pôr em água gelada.
Grelhar as cenouras pinceladas com banha.
Saltear as ervilhas numa colher de azeite com um dente de alho.
Saltear os espargos e a oca numa colher de manteiga.
Fatiar a curgete e colocar numa mistura de 1 dl de água gelada e 1 dl de vinagre de vinho branco. Deixar marinar durante 1 hora.
Fatiar os legumes e rechear a abóbora. Juntar folhas de chicória e salsa frisada previamente passadas numa vinagreta de 2 colheres de azeite, 1 colher de vinagre de vinho tinto, 1 colher de água e flor de sal.

Borrego
Fatiar uma cenoura na mandolina e cozer durante 5 minutos numa mistura de 1 copo de sumo de cenoura, uma pitada de cominhos, sumo de meio limão e 2 colheres de sopa de mel. Temperar com flor de sal.
Tirar a gordura a 200 g de lombo de borrego e pô-la no forno a 150 0C, durante 1 hora até ficar crocante.
Saltear o lombo numa colher de azeite, 1 pé de tomilho e 1 alho esmagado com casca, até estar bem dourado. Temperar com flor de sal.
Colocar no forno a 160 0C durante 7 minutos.
Enrolar as fatias de cenoura confitadas no mel à volta do lombo de borrego.

Molho
Saltear a polpa da abóbora em manteiga, uma folha de salva, e uma chalota picada.
Juntar 1 dl de caldo de borrego (feito com 500 g de ossos de borrego, as aparas dos legumes, 1 dl de vinho branco, 1 ramo de cheiros e 3 dl de água) e cozer durante 10 minutos.
Retirar a chalota e a salva, emulsionar com uma varinha e juntar 30 g de manteiga fria.
Rectificar temperos.



Quinta da Bacalhôa Tinto 2007
Península de Setúbal

É um vinho muito macio, apesar da sua estrutura complexa, equilibrando muito bem com este borrego isento de gorduras fortes.

A cenoura e a abóbora e as suas notas doces tendem a fazer uma boa paridade com os aromas e sabores silvestres maduros como as amoras e os morangos.

Termina longo e persistente, mas com bastante veludo, não se sobrepondo aos sabores do prato.

Castas Cabernet Sauvignon (90%) e Merlot (10%).
Teor alcoólico: 14%.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 19 de Abril de 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

le chef: Dia de Reis

O Bolo-rei é um bolo tipicamente português,que começa a ser comido por volta da época do Natal e ganha o seu expoente máximo no dia de hoje, 6 de Janeiro, Dia de Reis.

Muitas pessoas questionam o porquê do nome, mas se observarem bem esta peça de pastelaria, vão ver que se assemelha muito a uma coroa. A sua forma arredondada e dourada a simbolizar o ouro, os vários ornamentos dos frutos secos e fruta cristalizada a substituir as pedras preciosas, tornam este bolo numa alusão
aos três Reis Magos.

Antes das normas comunitárias o proibirem, havia dentro do Bolo-rei uma fava, e a pessoa a quem saísse teria de pagar o bolo no ano seguinte.

Foi assim que nasceu a expressão “saiu-te a fava”.

Hoje é Dia de Reis e seria muito difícil fazer um Bolo-rei em poucas horas, por isso o nosso conselho seria comprar o bolo feito no Hotel Real Parque e deliciar-se com as receitas que se seguem.

PAULO PINTO,
Chefe do Hotel Real Villa Itália
em Cascais

CREME DE LAVAGANTE E SEU MEDALHÃO SOBRE COMPOTA DE TOMATE E TOSTA DE AIOLI
Para 6 a 8 pessoas

2 Lavagantes de 500gr cada
50gr Tapenade
1lt Creme lavagante
500gr Tomate chucha maduro
200gr Cebola
50gr Coentros
200ml Leite
100gr Batata
2 Dentes de alho
1 Gema de ovo
Poejo, azeite virgem, sal e pimenta preta q.b.

Para o creme de lavagante: Refogar as cabeças de lavagante, juntar um pouco de brandy, adicionar alho francês, cebola, alho e tomate e deixar ganhar cor.

Cobrir com água (apenas a suficiente), tapar com papel vegetal e deixar ferver lentamente durante 15 a 20 minutos. Triturar e coar.

Cozer as caudas do lavagante durante 5 minutos e as pinças 8 minutos, arrefecer em água e gelo, descascar.

Pelar o tomate chucha, retirar as grainhas.

Refogar a cebola em meias-luas, juntar o tomate cortado e deixar cozer lentamente. Temperar e juntar poejo picado.

Para o molho aioli: Cozer a batata, juntar alho picado e passar em passe-vite. Juntar a gema e montar com azeite. Temperar.

Emulsão de coentros: Colocar a ferver o leite com as folhas de coentros, temperar e emulsionar com a varinha mágica.

CELESTINO GRAVE,
Chefe do Hotel Real Palácio
em Lisboa

DUO DE BACALHAU COM PONTAS
DE POLVO E AMÊIJOAS SALTEADAS

120gr Bacalhau
80g Pernas de polvo
40g Amêijoas
1 Dente de alho
10ml Azeite
5gr Coentros
100ml Vinho branco
10gr Cebola
100gr Batata palha
50gr Ovo inteiro
20gr Espargos verdes
Sal e pimenta q.b.

Limpar o bacalhau, levar ao forno com sal e pimenta com umas lâminas de alho;
Cozer o polvo em água fervente, durante 45 minutos e deixar arrefecer na própria água depois de cozido;

Cozinhar as amêijoas em azeite e alho, refrescar com o vinho branco e acrescentar os coentros picados grosseiramente; Fazer um refogado com cebola, azeite e alho;

Juntar os espargos previamente descascados e cortados em lâminas finas;

Acrescentar o ovo e envolver bem; Rectificar todos os temperos e empratar.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 6 de Janeiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Três propostas para engordar no Natal e uma um pouco menos

3 Chefes de Cozinha, 1 nutricionista e 9 receitas!

Alva Seixas Martins é a nutricionista e, Henrique Mouro, Justa Nobre e Vítor Claro os chefes que aceitaram o desafio da GO Magazine para criar 9 receitas para este Natal.


Por Henrique Mouro
Chefe do restaurante Assinatura


Rua do Vale Pereiro, Nº 19
1250-270 Lisboa
Telefone: (351) 21 386 76 96
www.assinatura.com.pt
Email: restaurante@assinatura.com.pt
GPS: 38º 43' 14 N , 9º 09' 07 O
Almoço: Segunda a Sexta
das 12:30 às 15:00
Jantar: Terça a Sábado
das 19:30 às 22:30 (23:30 sexta e sábado)

Bacalhau no forno com todos e mais alguns

4 pessoas
4 lombos de bacalhau
1 Molho de agrião
1 Batata média
1 Cenoura
1 Alho francês
1 Nabo
8 Ovos de codorniz
1 Cebola
4 Dentes de alho
100 gr de farinha
1 Ovo
1 Fio de azeite
1 dl de cerveja ou vinho branco
Sal
Pimenta

Preparação

O bacalhau
Prepara-se um polme com a gema do ovo, a farinha, um fio de azeite, a cerveja ou o vinho branco mexendo com umas varas até homogeneizar, incorpora-se por fim a clara do ovo em castelo e tempera-se de sal e pimenta.
Passam-se os nacos de bacalhau pelo polme e cora-se em azeite. Terminam-se no forno.

Os “todos”
Descascam-se a batata e os restantes legumes, cortam-se em cubos e levam-se ao forno, a 160º, temperados com azeite, sal e pimenta. Salpicam-se com salsa picada no final.

O creme de agrião
Escaldam-se os agriões em água e sal e arrefecem-se de seguida em água e gelo. Escorrem-se bem. Num tacho com um pouco de manteiga sua-se a cebola, o alho francês e o alho, molha-se em seguida com a água da cozedura dos agriões e deixa-se ferver durante 15 minutos acrescentando no fim os agriões escaldados. Passa-se pela varinha mágica e rectificam-se os temperos.
Os ovos cozem-se durante 3 minutos em água e sal.

Pudim de castanhas e abóbora e canela

Bolo de abóbora:
100gr de farinha de amêndoa
200gr de açúcar
100gr de puré de abóbora
1 Ovo
5 Gemas
10gr de farinha sem fermento

Misturar todos os elementos e levar ao forno a 180º durante 10 minutos

Pudim de castanhas:
1 Ovo
7 Gemas
400gr de açúcar
½ lt de leite
100gr de puré de castanhas

Envolver todos os elementos e cozer a 150º durante 30 minutos em banho Maria

Creme
de requeijão:
500gr de requeijão
125gr de açúcar em pó

Misturar com ajuda de umas varas de cozinha até obter um creme.

Por Justa Nobre
Chefe do restaurante Spazio Buondi


Avenida Sacadura Cabral 53 B
10
00-273 Lisboa
Portugal
Telefone: (351) 217 970 760
www.buondicaffe.com
spazio_buondi@hotmail.com
GPS: 38º 44' 35 N , 9º 08' 39 O
Almoço:Todos os dias
das 12:00 às 15:00
Jantar: Todos os dias
das 19:30 às 23:00



Lebre à Dr. Canas da Silva

1 Lebre grande
2 Perdizes
3 dl de Porto Tawny
1 dl de Conhaque
2 dentes de Alho
2 colheres de sopa de Mostarda de Dijon
2 dl de Azeite
2 pés de Tomilho fresco
Flor de Sal

Tira-se o lombinho e às pernas às Lebres, desossam-se as pernas deixando o osso da ponta e abrem-se os peitinhos, tiram-se os peitos às perdizes e cortam-se em escalopes e recheiam-se as pernas e os peitinhos da lebre, fecham-se com palitos ou corda e levam-se a corar no azeite quente de um lado de outro.
Junta-se os restantes ingredientes menos a mostarda e deixa-se cozinhar, no fim junta-se a Mostarda, e bate-se bem o molho

Para acompanhamento
Feijão Branco Guizado


500gr de Feijão branco cozido
150gr de Bacon aos cubos pequenos
1 dl de Azeite
1 Tomate grande picado
1 Cebola picada
2 dentes de Alho picados
1 folha de Louro

Numa frigideira funda, salteia-se o bacon com o azeite, junta-se a cebola, o alho, o tomate e o louro, depois o feijão e deixa-se cozinhar um pouco

Sopa de Crustáceos Folhada
6 Pessoas

200 gr de Camarões descascados e picados
Miolo de 12 Ameijoas
200 gr de carne de Lagosta picada
100 gr de carne de Santola
6 Mexilhões grandes sem casca
1,5 lt de Àgua de cozer os mariscos
3 dl de Natas
1 copo de Porto seco
1 Alho Francês
30 gr de Gengibre fresco
Umas gotas de picante
150 gr de Margarina
Flôr de Sal-Noz Moscada e Pimenta Q.B.


Salteia-se o alho francês às tirinhas na margarina, junta-se os mariscos e o gengibre, refresca-se com porto, junta-se a àgua dos mariscos e ferve 2 minutos, junta-se as natas o picante a pimenta e a noz moscada, rectifica-se o sal.
Põe-se numas tigelas que possam ir ao forno e tapam-se com uma rodela de massa folhada, fechando bem a tigela e vai ao forno a 180º durante 10 minutos ou até a massa folhada estar cozida.

Azevias de Castanhas

Massa
700 gr de Farinha sem fermento
2 colheres de sopa de Azeite
2 colheres de sopa de Banha
2 colheres de sopa de Margarina
1 cálice de aguardente
Àgua morna Q.B.
Óleo para fritar
Açúcar e Canela para povilhar

Recheio
300 gr de puré de Castanha
300 gr de Açúcar

Leva-se o Açúcar ao lume com 1 chávena de àgua até fazer ponto de cabelo, junta-se o puré de Castanhas e volta ao lume mexendo sempre durante 1 minuto, retira-se para um prato fundo e deixa-se arrefecer.

Numa terrina põe-se a farinha, faz-se um buraco no meio e junta-se as 3 gorduras quentes, mistura-se bem, junta-se a aguardente e alguma àgua morna, amassa-se bem, deixa-se com consistência elástica, faz-se uma bola tapa-se com um pano e deixa-se repousar em lugar quente durante 1 hora.
Estende-se com o rolo, que fique bem fina, corta-se as rodelas de 8 cm de diâmetro, onde se coloca 1 colher de sobremesa de puré de Castanhas e dobram-se, fritam-se em óleo quente e envolvem-se com o açúcar e a canela

Por Vitor Claro Chefe do restaurante Hotel Albatroz

Rua Frederico Arouca, 100
2750-353 Cascais
Telefone: (351) 21 484 73 80
www.albatrozhotels.com
Email: albatroz@albatrozhotels.com
GPS: 38º 41' 58 N , 9º 25' 02 O
Almoço:Todos os dias
das 12:00 às 15:00
Jantar: Todos os dias
das 19:30 às 22:30


Javali com Camarão e Cogumelos
4 Pessoas


Picar 400gr de camarão muito finamente.
Temperar com sesamo tostado, coentros e cebolo laminado e um pouco de sal e um toque de amido de milho.
Misturar tudo e rechear 12 gyozas.
Com as cascas, fazer um caldo escuro. clarificar e temperar com molho de soja.
Cortar 4 miscaros ao meio e retirar muito bem a areia evitando ensopar em água.
Fechar em vácuo com azeite e cozer a 85º durante meia hora.
Cortar o lombo do javali em nacos. corar em azeite e deixar repousar. cozinhar em forno a 63º com vapor.
Corar os gyozas.
Corar os cogumelos laminados.

Dourada com Pastinagas Assadas,
Salvia e Beterraba

4 Pessoas


Filetar uma dourada selvagem, de 1,5kg
Fazer uma salmoura com 70g de sal por litro (o ideal é usar água do mar...).
Mergulhar os filetes na salmoura por dez minutos.
Fechar em vácuo com um fio de azeite e cozer a vapor a 63º durante cinco minutos.
Descascar a pastinaga.
Saltear em azeite, bem quente e assar no forno até ficarem bem tenras.
Retirar o sumo a uma beterraba pequena. reduzir em lume muito brando.
Escaldar 8couves de bruxelas e retirar as folhas.
Aquecer uma noz de manteiga e quando corar juntar algumas folhas de salvia.
Juntar a pastinaga. envolver na manteiga e regar o peixe com esta manteiga.
Empratar o peixe, as folhas de couve de bruxelas aquecias, a pastinaga, as folhas de salvia.
Pingar com o sumo espesso de beterraba.

Consomé de batata doce e queijo da Ilha
4 Pessoas

Assar 1,5kg de batata. Retirar o centro do miolo e voltar a assar as cascas.
Quando estiverem bem tostadas, fazer um caldo com pouca água, uma cenoura e um talo de aipo.
Passar o puré na bimby, emulsionando com azeite. juntar no fim um molho de cebolinho picado.
Entretanto coza 50gr de lentilhas de Puy. Escorrer e guardar.
Colocar no prato as lentilhas e o puré.
Polvilhar de pimenta recem moída e queijo da ilha ralado.
Se possível, escolher um queijo da ilha mais envelhecido como o S.Miguel Velho ou um Graciosa.
Regar com o caldo de batata doce, rectificando de sal.

Por Dra. Alva Seixas Martins
Nutricionista

Licenciada em Ciências da Nutrição e Alimentação pela Universidade do Porto, trabalhou nos últimos anos em áreas tão diversas como a nutrição clínica, a restauração colectiva, a industria alimentar, o ensino e a promoção da saúde.

Foi responsável pelo Serviço de Alimentação e Dietética do Hospital Distrital de Torres Novas e directora executiva da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

Actualmente exerce o cargo de provedora do cliente do grupo Jerónimo Martins.

Fritos de Abobora…
no forno


Ingredientes:
2 kg de abóbora menina
Sal, cravinho e azeite q.b.
80 gr de farinh a 65
4 ovos e duas claras
4 colheres de sopa de açúcar mascavado
2 laranjas
Gengibre fresco ralado q.b.
1 colher de sobremesa de manteiga
1/2 cálice pequeno de aguardente
Açúcar, canela

Coza a abóbora em água ligeiramente temperada com sal, cravinho e azeite, melhor ainda se a cozer no microondas, pois precisa de pouca ou nenhuma agua. Passe-a pelo passador e esprema o polme obtido dentro de um pano, para lhe retirar toda a água.

Ao puré de abóbora junte as gemas, a farinha, o açúcar e a raspa das cascas das laranjas, um pouco de gengibre fresco ralado, 1 colher de sobremesa de manteiga e meio cálice pequeno de aguardente. Misture bem sem bater. Por fim adicione as claras batidas em castelo bem firme. Coloque colheradas desta massa num tabuleiro de forno coberto com papel encerado. Coza em quente.

Sirva os fritos polvilhados com açúcar e canela ou açúcar baunilhado. Também os pode decorar com pepitas de chocolate – as crianças gostam.

O seu amigo cozinheiro pode melhorar a receita. O objectivo é fazer destes doces regionais fritos uma iguaria mais aromática e menos calórica.
Outras achegas nutricionais a explorar por si…..
emagrecer as suas Receitas
Utilize porções mais pequenas de carne ou peixe, partindo-as em fatias ou cubos mais pequenos e fazendo-as acompanhar de doses mais generosas de farináceos, fruta ou vegetais “carnudos” como os cogumelos ou a beringela.
Inclua legumes nos pratos mais calóricos como por exemplo no arroz de pato fica bem com couve em juliana grosa – desse modo diminui a porção “calorica”, mas não reduz o volume de comida.
Desengordure molhos e caldos - A gordura é menos densa do que a água, por isso tende a ficar à superfície. Enquanto cozinha, recolha a gordura acumulada à superfície, com a ajuda de uma colher. Um método mais fácil, mas mais moroso, consiste em levar o cozinhado ao frigorífico até que a gordura solidifique à superfície e depois, removê-la.
Asse no forno, com pouca gordura; deixe os alimentos marinarem previamente; asse-os numa cama de legumes como a cebola, tomate, alho, cenouras, e um pouco de azeite;
Use o forno como alternativa à fritadeira para preparar salgados rissóis, panadinhos, batata “frita”, borrifando os alimentos com azeite ou óleo amendoim com a ajuda de um pulverizador;
Asse as aves com pele mas não a coma
Substitua total ou parcialmente o leite completo por leite magro e as natas, por iogurte natural.
Reduza o número de gemas de ovo, substituindo dois ovos inteiros por quatro claras ou por duas claras e um ovo inteiro.
Nos doces, reduza cerca de um terço a quantidade de açúcar e utilize puré de ameixa (100gr de ameixas secas trituradas com 3 colheres de água quente) ou puré de banana ou maça para substituir parte da gordura (não mais do que metade). Uma colher de sopa de puré de ameixa substitui igual quantidade de manteiga ou margarina.
Use as especiarias “doces” como a canela, cravinho, noz moscada, pimenta da Jamaica e o anis para aumentar a percepção do sabor doce, nas suas receitas modificadas.
Bebidas Natalícias

O eggnog servido frio numa taça de ponche (licor de ovo à base de leite ou natas, gemas, açúcar, noz moscada e rum, brandy ou whiskey), é considerada a bebida mais consumida em todo o mundo durante a quadra natalícia.
Muito popular é também o mulled wine, especialmente no Reino Unido (vinho quente, preparado com mel, gemas e canela), assim como o glögg preferido dos Nórdicos, servido bem quente em taças com amêndoas e passas de uva.
Típico do Natal é também o wassail um vinho doce e carregado de especiarias que desde há largos séculos faz parte das tradições natalícias anglo-saxónicas.

Seja qual a for a sua opção, lembre-se que estas bebidas quentes, aromáticas e doces são muito calóricas, razão pela qual deve beber pequenas quantidades. Procure reservá-las para o momento mais especial, por exemplo para a chegada do pai Natal , e até lá delicie-se com uma chávena de chá verde, de menta, ... ajudará na digestão, reconforta e se bebido sem açúcar é totalmente isento de calorias!


O Natal é a festa da família, mesmo para aqueles que estão à parte do Cristianismo. A festa está profundamente enraizada na cultura dos portugueses. Alguns vão à Missa do Galo e outros refugiam-se no calor das casas à espera da meia-noite para os miúdos abrirem os presentes.
Na noite de Consoada o bacalhau cozido com todos é provavelmente o prato preferido. A rotina é essa mesmo. De casa para casa os rituais imitam-se. Porém, há alternativas imaginativas, umas mais tradicionais do que outras. O espírito é o mesmo.
Em busca duma Consoada diferente fomos ouvir alguns chefs e uma nutricionista. Cada um com suas propostas. Cada um com a sua visão da festa, mas que nunca se afastam muito da tradição dos afectos.
O Natal é uma festa de abundança. Da austeridade da noite de Consoada seguem-se dias de fazer levantar os níveis de colesterol e de preencher demasiado a roupa. Apesar do carácter religioso da data, os cristãos caem facilmente no pecado da gula. Mas filosofias e juízos de valor ficam fora do texto, porque o tempo é de festa e logo virá o momento para acertar contas com a consciência e a balança.
A nutricionista Alva Seixas Martins desdramatiza a questão do apetite pelas iguarias de Natal. Os excessos fazem parte dos prazeres da vida. As regras fizeram-se para se quebrarem, mas não para se deixarem cair a todo o momento.
A especialista revela que, em média, as pessoas engordam um ou dois quilos na época natalícia. Não vem grande mal ao mundo abusar nos dias de festa. O problema está na antecipação da data dos festejos e no seu prolongamento. Com a sociedade de consumo a badalar cedo a festa maior do Cristianismo, as festas à mesa começam muitas vezes em meados de Novembro. Passa o Natal, passa o Ano Novo e a coisa só pára no Dia de Reis… ou uns diazinhos depois. Este é o problema, salienta Alva Seixas Martins.
“O Natal é para engordar”, diz o chef Henrique Mouro, do restaurante Assinatura, em Lisboa. “Engordo um ou dois quilos. Mas o Natal para mim passa depressa, talvez por isso não engorde tanto. É o dia e a véspera. Logo depois volta-se à realidade com o fim-de-ano. Se ganho algum peso perco-o logo a seguir.”
“O Natal não é para emagrecer, é para aquecer a alma. E nada melhor do que estar com a família a ter uma boa refeição”, diz Justa Nobre, do restaurante Spazzio Buondi, em Lisboa.
Para quem trabalha em hotelaria, o Natal não é uma época fácil, adianta o chef Vítor Claro, do Hotel Albatroz, em Cascais. “A véspera de Natal é para mim o único dia que digo como sagrado e que faço toda a questão que seja só para mim e para quem eu quero.”
Vítor Claro refere que o Natal “é uma época que diz família, generosidade, que traz memórias”. “É quando se torna obrigatório, por auto-obrigação, juntar as pessoas que mais gosto, e que ao longo do resto do ano se torna tantas vezes, por falta de tempo, impossível.”
Vítor Claro apresenta a receita mais arrojada e afirma que a Consoada “é a refeição mais importante do ano”.
Javali com Camarão e Cogumelos, dourada com pastinagas assadas e consomé de batata doce e queijo da Ilha. O chef explica as suas escolhas: “O desafio para mim era grande. Era ver a ceia de Natal como comida, que é o meu trabalho, e como técnica. E pensar em alguns pratos que fizessem sentido, especialmente baseando-me em produtos típicos da época.”
Henrique Mouro propõe uma Consoada menos radical. A aposta faz um balanço entre a tradição e a inovação. Bacalhau, pois com certeza, mas… está lá tudo o que manda a lei, mas está diferente.
Pela sua vontade sai um bacalhau no forno “com todos e mais alguns”. O peixe é corado, os legumes são assados e tocados pelo azeite, alho, sal e pimenta. Ovos de codorniz cozidos rematam o conjunto. Para sobremesa, Henrique Mouro vai buscar um dos produtos da época e da tradição, a abóbora e a castanha. “Na ceia sou tradicionalista; bacalhau. Mas sempre um pouco diferente.”
Porém, as opções poderiam ser outras. Puxando pela sua memória de Alentejo, Henrique Mouro cita o cabrito, o borrego ou o peru preto. “A tradição é diversa. Tudo é possível. Até já vi leitão e vitela. Em tempos já foi o polvo e a raia.”
Henrique Mouro nem na Consoada tem descanso. Cabe-lhe a ele a elaboração da refeição. Nem sempre foi assim. A ceia era trabalho das senhoras da família. Um dia cansou-se dos erros de confecção e assumiu o controlo dos tachos da casa. Agora é o chef quem cozinha. “Passei a cozer o bacalhau e não a fervê-lo nem a refervê-lo. Assim mantém a gelatina, ganha rigor.” A família agradece.
O chef do Assinatura salienta que o Natal é hoje mais do que uma festa religiosa. “É a festa da família. Como tenho filhos, é uma altura muito importante.”
Tradicionalista é Justa Nobre. Tradição transmontana e com orgulho. “Sou transmontana, o Natal tem de ter polvo, bacalhau, congro e galo capão. É isso que há essencialmente no meu sítio de Vale Prados, em Macedo de Cavaleiros.”
Contudo, a proposta de Justa Nobre é um pouco diferente daquelas que indicou, porém bem portuguesa e invernal. Uma lebre com feijão branco e uma sopa de crustáceos folhada. Em casa vai servir o ubíquo bacalhau, o polvo, a couve penca, batata e cebola. Os doces são os da ordem: rabanadas, filhós, sonhos, azevias e milhos doces, “que é como o arroz doce, só que feito com milho”.
Para o dia 25 de Dezembro, a mesa de Justa Nobre continua farta, embora costume variar mais de ano para ano. A carne é obrigatória. Em princípio será cabrito assado e “uma bela canja”. Chocolates e frutos secos para terminar.
“Em todas as nossas províncias há pratos fabulosos. O Natal é sempre celebrado com as suas especialidades e todas elas boas. A lebre e a perdiz fazem-se em qualquer parte do país, e não é preciso ser-se rico para as ter. Talvez seja um pouco mais caro em Lisboa, mas no campo basta caçá-los e cozinhá-los com amor”, remata Justa Nobre.
Antes de terminar refira-se a proposta de sobremesa de Alva Seixas Martins. Imaginativa, sem romper completamente com a tradição. Abóbora, pois então. Contudo, a confecção é bem diferente. Festa é festa, mas convém ter cuidado, diz a especialista. Um excesso de vez em quando vai bem.

Texto publicado originalmente na revista GO Magazine a 26 de Novembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A Ceia de Natal - O Lavagante, o pudim e a pêra

por JUSTA NOBRE
Chefe do Restaurante Spazio Buondi – Nobre

Sugestão de vinhos por Patrícia Santos, Sommelier do Spazio Buondi

Todos os anos chega a altura de Natal e a preocupação é quase sempre a mesma: como é que eu me posso diferenciar gastronomicamente neste dia tão especial?

A resposta mais fácil remonta ao bacalhau e ao peru, o primeiro com milhares de hipóteses de confecção e outras quantas na escolha da matéria-prima, a segunda termina sempre no mesmo tipo: assado no forno.

O que se propõe para este dia é que você tenha tempo para a família e possa preparar tudo de antemão ou de uma forma rápida e fantástica. Da nossa costa, com águas tipicamente frias, podemos descobrir nos fundos rochosos (entre 15 a 50mt) o maravilhoso lavagante azul.

Com características únicas, é um crustáceo muito apreciado e fácil de
preparar, basta apenas 15m de dedicação para um ano de elogios.

E porque um prato não adoça a boca, junta-se sempre uma sobremesa, neste caso duas: Pudim de ovos e pêras bêbadas!

O pudim de ovos, quando feito da forma caseira, com o caramelo em calda sem aditivos, é das sobremesas mais apreciadas pelos portugueses e nunca fica a mais numa boa mesa.

Para acompanhar, nada melhor que as tipicamente portuguesas: peras bêbadas com vinho do Porto. Vá lá cozinhar e seja um sucesso culinário neste Natal.

LAVAGANTE FRITO (2 pessoas)

1 Lavagante grande (800gr)
4 Dentes de alho
3 Colheres de sopa de manteiga
1 Limão
1 Malagueta seca / piripiri
Meio Copo de vinho com whisky
Flor de sal

PREPARAÇÃO
Corta-se o Lavagante ao meio, tiram-se as patas e dá-se-lhe uma pancada até a carne ficar exposta.
Leva-se a fritar num sauté (frigideira) anti-aderente com a manteiga e alho descascado e esmagado, tempera-se com flor de sal e tapa-se o sauté durante 3 minutos.
De seguida, junta-se o sumo de limão, a malagueta seca (ou umas gotas de piripiri) e flambeia-se com o Whisky.
É acompanhado com arroz de alho.

HOLMINHOS RESERVA BRANCO 2009

Das castas Viosinho, Gouveio e Rabigato nasce um néctar com características muito interessantes!

É um vinho muito fresco na boca em que a fruta está bem marcada e equilibrada enaltecendo as características ímpares do Lavagante.

A sua boa acidez vai harmonizar de forma adequada com a gordura da manteiga, estruturando de forma ligeira e agradável o conjunto.


PUDIM DE OVOS (8 Pessoas)

10 Ovos
10 Colheres de sopa de açúcar
1 Lt de leite
4 Colheres de sopa de açúcar (para o caramelo)

PREPARAÇÃO
Carameliza-se uma forma grande ou vária forminhas individuais.
Numa tigela, juntam-se os ovos e o açúcar e mexe-se muito bem com varas de arame.
Junta-se batendo-se o leite quente.
Pode-se perfumar o leite com um pouco (muito pouco) de anis.
Passa-se tudo por um passador de rede para retirar alguma película dos ovos e deita-se o preparado na forma ou nas forminhas e vai cozer em banho-maria até solidificar.

PERAS BÊBEDAS (8 Pessoas)

8 Peras
350 g de açúcar
7,5 dl de vinho tinto
1 limão
1 cálice de vinho do Porto
1 pau de canela

PREPARAÇÃO
Descascam-se as pêras inteiras mantendo-lhes o pé e envolvem-se em sumo de limão.
Enche-se um recipiente com água, junta-se o açúcar e leva-se ao lume.
Adiciona-se o vinho tinto e deixa-se levantar fervura.
Junta-se o pau de canela e uma casca de limão.
Introduzem-se as pêras e deixa-se cozer em lume brando até ficarem macias. Reserve as peras e mantém-se no lume o vinho com o açúcar e junta-se o vinho do Porto.
Deixa-se ferver e derrama-se sobre as pêras.

PORTO NIEPOORT TAWNY

As suas características joviais fazem com que este Porto possua uma elegância e frescura impressionantes, resultando num vinho que tanto pode casar com sobremesas, foie-gras ou simplesmente como aperitivo.

A sua boca é frutada revelando aroma a nozes e outros frutos secos,
terminando longo e muito expressivo, perfeito para o pudim com a pêra bêbada.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 22 de Dezembro de 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Receitas com Vinagre de Jerez

O Chef Ljubomir Stanisic apresenta algumas sugestões de cozinha com Vinagre de Jerez, marca da qual se tornou embaixador!

Assim, o chef jugoslavo Ljubomir Stanisic propõe aos portugueses um conjunto de receitas utilizando Vinagre de Jerez, um vinagre criado mediante um processo de envelhecimento tradicional e único: o sistema de soleras e criaderas , e cuja qualidade não tem deixado ninguém indiferente.

Aplicável aos mais diversos tipos de prato, o Vinagre de Jerez proporciona, pelas mãos do inconfundível chef Ljubomir Stanisic, momentos de prazer e degustação só ao alcance de produtos de qualidade superior.

Ljubomir Stanisic Español propõe as seguintes receitas:


Queijo grelhado com mel de vinagre de Jerez ( 4 pessoas )

Ingredientes:
4 queijos de ovelha de meia-cura( 125 g cada )
Ervas aromáticas: alecrim, alfazema, tomilho e louro ( cerca de 1 molho de cada)
50 g avelãs torradas
100 g de mel de laranjeira
30 ml de Vinagre de Jerez Pedro Ximenez
Azeite qb

Preparação:
-Aqueça previamente o grelhador, pincele o queijo com azeite e coloque-o na grelha. Grelhe durante cerca de 1 minuto de cada lado. À parte, prepare o mel de vinagre de Jerez, misturando bem os dois ingredientes.

- Numa tábua de madeira, coloque a mistura de ervas, queime-as um pouco com um maçarico e, por cima, coloque o queijo grelhado e salpique-o com as avelãs picadas. Sirva o mel de vinagre de Jerez à parte. Pode ser servido com pão torrado ou grelhado.

Tábua de Legumes com vinagrete de Jerez ( 4 pessoas )

Ingredientes:
1 pimento encarnado
2 cogumelos portobelo
2 cebolas roxas
1 courgette média
4 tomates maduros
1 funcho
4 rabanetes
1 beringela
2 cenouras
2 maçãs
1 ananás
1 banana-pão
1 mandioca
1L óleo
50ml azeite
50ml vinagre de Jerez DOP
3 dentes de alho picado

Para a vinagreta:
100ml azeite
30ml vinagre Jerez DOP
20ml vinho Jerez
20ml mel
Sal e pimenta qb

Preparação:
- Lave bem os legumes e corte-os ao seu gosto. Junte-os ao ananás e, num recipiente, coloque os legumes em camadas, o alho picado, o azeite e o vinagre de Jerez DOP e deixe-os marinar durante 4 horas. Aqueça o grelhador previamente e grelhe os legumes dos dois lados sem deixar queimar. Num tabuleiro, coloque os legumes e a fruta cortada e leve-os ao forno durante cerca de 10 minutos a 180º.

- Paralelamente, descasque a banana-pão e a mandioca, corte-as em lâminas muito finas e frite-as em óleo abundante a 140º. Retire e escorra-os em papel absorvente.

Preparação da vinagreta:
- Numa tigela, adicione sal e pimenta, por cima o vinagre e o vinho de Jerez e mel, bata continuamente com a ajuda de uma vara e adicione aos poucos o azeite em fio.

- Num prato raso, disponha os legumes de uma forma harmoniosa, regue com a vinagreta e acabe o prato com a mandioca e banana-pão.

Vieira marinada em azeite noz, picado de trufa e puré de aipo

Ingredientes:
Vieiras frescas
4 vieiras laminadas (cada 1 laminada em 6 partes)

Para a marinada:
1 colher e meia de sopa de vinagre de Jerez
3 colheres de sopa azeite de noz
Sal e pimenta qb

Para o puré de aipo:
½ bolbo de aipo
3dl leite
1dl água
Nata q.b
1 haste de tomilho
Sal qb

Para o picado de trufa:
1 trufa
2 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta qb

Para a farofa de algas:
30g farofa
1 colher de chá lechuga
1 colher de chá musgo da Irlanda
¼ cebola picada
1 alho

Preparação:
-Laminar e marinar vieiras. Reservar no frio.

-Descascar, cortar em cubos e cozer o aipo em leite e água com o tomilho.

-Depois de cozido, retirar o tomilho, escorrer, triturar bem e ligar com um pouco de natas. Rectificar. Reservar no frio. (é servido frio a cerca de 5º).

-Picar bem a trufa e envolvê-la em azeite, sal e pimenta. Saltear farofa com cebola e alho, juntar a alface e o musgo de Irlanda. .

-Num prato rectangular, colocar duas colheres do puré, achatar um pouco, adicionar a vieira marinada por cima e decorar com a farofa e a trufa picada.

Carpaccio de vitela, redução de laranja e Jerez e lascas de foie-gras

Ingredientes :
200g lombo de vitela
250ml sumo de laranja natural
30ml Cointreau
30ml vinagre de Jerez Moscatel
2 colheres de sopa de açúcar
1/2L vinagre de Jerez Grande Reserva
30g açúcar
1dl água
100g foie gras fresco

Preparação:
-Limpar o lombo de todas as gorduras e nervos, embrulhar em película aderente como se fosse um cilindro e congelar. Quando congelado, cortar na fiambreira em fatias de 2mm de expessura aprox.

-Num tacho, colocar o sumo, o Cointreau, o vinagre de Jerez e o açúcar e deixar reduzir em lume brando até ficar um molho espesso.

-Colocar tudo num tacho e deixar reduzir em lume brando até ficar um molho espesso.

-Congelar o foie gras, e quando congelado, cortá-lo em lascas longas utilizando um descascador de batatas. Voltar a colocar as lascas no congelador para ficarem firmes.

-Colocar várias fatias de carpaccio sobre o prato raso, por cima adicionar as lascas de foie e temperar com a redução de Jerez e de laranja. Acabar com umas pitadas de flor de sal.

Tosta de sardinha marinada com tártaro legumes

Ingredientes :
20 sardinhas
500g sal grosso
300ml azeite extra virgem
Raspa de 1 lima
100ml vinagre de Jerez
1 colher de sopa de pimentos chipotle secos
3 dentes de alho fatiados (germen retirado)
6 hastes de tomilho
1 colher de chá de pimenta rosa
2 fatias de pão tramezzini ou de forma sem côdea
Azeite, sal e pimenta qb
100g azeitonas sem caroço
20g mel
1 dente de alho fatiado
1 haste de tomilho
4 filetes de anchovas
Sal e pimenta qb
½ funcho
½ pepino, descascado e sem sementes
1 tomate chucha, descascado e sem sementes
1 pimento vermelho, descascado e sem sementes
1 cebola roxa
Vinagre de Jerez, sal, pimenta e azeite qb

Preparação:
-Lave e seque bem as sardinhas, corte-as em filetes e retire a espinha da barriga. Deite-as numa travessa de maneira a que a pele fique voltada para cima e cubra-as de sal grosso. Tape com película aderente e guarde no frigorífico durante 30 minutos. Retirar do frigorífico, lavar em água fria para retirar o sal em excesso e secar bem. Dispor novamente sobre um tabuleiro fundo, cobrir com a marinada e reservar no frio. Deixar marinar durante 2 horas.

-Combinar todos os ingredientes e reservar.

-Cortar o pão ao meio e, em seguida, com a ajuda de um aro de cerca de 10cm (ou um copo largo), cortá-lo em forma de rodela. Tostar no forno a 180º, temperado de sal, pimenta e azeite. Reservar.

-Num tacho fundo, aquecer o mel. Juntar as anchovas, alho e tomilho. Mexer sempre até que as anchovas se desfaçam, juntar as azeitonas, temperar e deixar caramelizar. Reservar até que arrefeçam e triturar grosseiramente no robot de cozinha. Verificar temperos e reservar.

-Cortar todos os legumes numa brunesa fina. À parte, fazer uma vinagreta de sal, pimenta, vinagre de Jerez e azeite. Juntar os legumes em brunesa, verificar temperos e reservar.

Fonte: Vinagre de Jerez

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Le Chef: Rabo de Boi

Por Joachim Koerper
Chef do Restaurante Eleven
Fotografia InterMagazine

São mais de vinte os tipos de corte usados no boi.
Normalmente, são classificados entre os de primeira e de segunda e, dependendo da sua localização, as carnes podem ser macias ou duras. As tipicamente macias são as que provêm do lombo traseiro. A razão e justificação é simples: como se mexem menos, têm menos nervos e gorduras. O lombo, costeleta, alcatra, chá de fora, ganso, rabo, são algumas dessas partes. As mais duras são naturalmente as dianteiras, pois são muito mais irrigadas, gordurosas e suculentas: acém, cachaço, pá, chambão, entre outras.
O Rabo é cada vez mais uma parte utilizada e requisitada pela alta cozinha, tendo, nos últimos anos, ganho bastante protagonismo, não só lá fora como em Portugal.
É tipicamente usado para fazer sopas e estufados em marinadas ricas, tornando--se uma carne macia e cheia de paladar.
O prato que se apresenta deixa o Rabo de Boi com osso numa panela a estufar em vinho tinto durante 8h, ponto no qual, naturalmente, se solta do osso e desfia-se sem qualquer tipo de intervenção. Uma verdadeira iguaria.


Rabo de Boi estufado em vinho da Malhadinha tinto com trufa preta
1 kg de Rabo de Boi com osso em 4 pedaços
200 gr de mirepoix (alho francês, cebola, salsa e cenoura)
2 lt de vinho tinto da Herdade da Malhadinha
Farinha
1 kg de batata
40 gr de trufa preta
1 molho de espinafres
20 cl de fundo de vitela
10 cl de leite
10 cl de natas
100 gr de manteiga
50 gr de açúcar
Azeite de trufa preta
1/4 lt de óleo de girassol
Noz-moscada
Azeite
Sal
Flor de sal

PREPARAÇÃO
Passar o Rabo de Boi por farinha e saltear em azeite.
No mesmo tacho, saltear
o mirepoix e acrescentar o vinho. Estufar lentamente durante 8 horas. Retirar do lume, deixar arrefecer e desfiar a carne.
Adicionar o fundo de vitela ao caldo de estufado e deixar reduzir até metade.
Passar no "chinês" e terminar com azeite, açúcar, 50gr de manteiga, sal e pimenta. Reservar.
Fazer o puré de batata com 30gr de manteiga, noz-moscada, leite, natas, sal, pimenta e 10gr de trufa picada. Reservar. Saltear os espinafres no resto da manteiga.
Laminar uma batata na mandolina em forma de gaufrette e fritar em óleo de girassol.
No mesmo óleo, fritar 4 folhas de espinafres.
Laminar as trufas restantes.
Reservar.

APRESENTAÇÃO
Enformar por camadas com a ajuda de um aro: primeiro o puré de batata trufado, a seguir o espinafre, depois o rabo de boi, de novo o espinafre, o Rabo de Boi e, por último, uma nova camada de puré de batata. Decorar com as lâminas de trufa e o crocante de espinafre. Dispor o molho ao lado. Finalizar com o azeite de trufa e flor de sal.

Sugestão de Vinho
Herdade da Malhadinha Nova
Malhadinha Tinto 2008


A escolha é óbvia, visto que será o mesmo vinho utilizado para estufar a carne. Cria-se, assim, uma harmonização perfeita.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 2 de Dezembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Le Chef: O Charolês

Por Alexandre Silva
Chefe executivo do restaurante Bocca

A cidade de Charolle, localizada a aproximadamente 100 km a nordeste de Lyons, é a antiga capital da antes chamada Província de Charolais.

E é na região de Saône-et-Loire e Nièvre que esta raça Charolesa tem o seu solar e onde foi reconhecida em 1770, mas só em 1864, depois das estradas serem melhoradas, é que o registo genealógico foi aberto. Logo a seguir, em 1880, foi criada a associação de criadores.

O efectivo desta raça autóctone em França é de cerca de dois milhões de animais. Contudo, devido às características zootécnicas bem reconhecidas dos bovinicultores de todo o mundo, a raça Charolesa está implantada em 70 países, nos cinco continentes e sobre todos os climas, constituindo assim uma das raças mais importantes a nível mundial.

O solar da raça Charolesa em Portugal está na Região do Alentejo e em alguns pontos do Ribatejo, embora tenha uma distribuição do seu efectivo por todo o continente e nos Açores.

A melhoria da qualidade permitiu, de 1920 em diante, a opção do Charolês unicamente como gado de corte. O aperfeiçoamento da sua estrutura corpórea, espessura da abundante massa muscular, peito profundo e membros longos, favoreceram muito a criação da raça, pois facilitam o seu deslocamento nas pastagens em busca de água em pontos mais distantes.

Fatias de Lombo Charolês Com Molho de Ervas Finas e Alho Ligeiro, Chalotas Confitadas e Batatinha Grelhada800gr Lombo Charolês biológico fresco

100cl Azeite
120gr Espinafres em folha frescos
80gr Manteiga
80gr Nabo baby
80gr Milho baby
80gr Cenoura baby
20gr Flor de sal
160gr Batata pequena
40gr Alho
40gr Aneto
40gr Tomilho
40gr Cebolinho
40gr Salsa
120gr Chalotas

Preparação:

Arranje o Lombo de Charolês em peças de 200gr cada, envolva em papel e reserve. Na Termomix, faça um puré com o alho, as ervas e 90cl de azeite, tempere com flor de sal e reserve.
Descasque as chalotas, derreta a manteiga numa caçarola e junte-as com um pouco de tomilho, leve-as a lume brando sem ferver, até confitarem e ficarem quase caramelizadas.

Cozer as batatinhas em água azeite e alho esmagado, depois de cozidas corte-as ao meio e reserve.

Enquanto as chalotas confitam, descasque e lave os legumes baby, à excepção do milho e dos espinafres, que só são lavados. Bringir os legumes em água abundante com bastante sal, arrefeça em água e gelo, envolva-os em papel e reserve.
Para o molho, reduza 5dl. de vinho Aragonês com chalotas picadas a 1/3, junte 1dl de demi-glace, e deixe ferver, tempere de sal.

Corar a carne de todos os lados num sauté com um fio de azeite, tempere com flor de sal, saltear os legumes e os espinafres em azeite.

Leve as batatinhas à grelhar até ficarem bem marcadas. Depois de corar a carne, coloque o puré de ervas e alho por cima e corte-a em três pedaços iguais, de maneira a que o puré se infiltre na carne, emprate como na fotografia.

Sugestão de vinho por Ricardo Morais Escanção do Restaurante Bocca

Quinta de Saes Reserva Estágio Prolongado 2007

A sua estrutura aromática especiada fruto da casta tinta Roriz vai casar bem com a manteiga de ervas.

E a sua boa acidez vai harmonizar de forma adequada com as chalotas bem como com o charolês.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 25 de Novembro de 2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Le Chef: A Castanha

Por Vítor Claro
Chefe do Restaurante Hotel Albatroz-Cascais

O som das castanhas a estalar na brasa e o grito do homem que as vende (até a ASAE se lembrar...) querem sempre lembrar-nos que o frio está aí à porta.

A castanha é hoje menos utilizada enquanto guarnição de mesa e mais como uma espécie de petisco quase sempre salgado, mas nem por isso caiu no esquecimento da sua valiosa função nutritiva de há alguns séculos atrás, antes de termos descoberto a lógica da batata... a castanha teve, muito mais do que hoje, um lugar cimeiro nos pratos dos portugueses e dos europeus.

Uma preparação francesa é um requinte doce. "Marron glacé", miolo de castanha confeitado, sucessivamente em caldas mais fortes, até termos uma espécie de bombom super-doce e super-delicioso.

As castanhas do norte de Portugal, Trás-os-montes e da Beira Interior são de qualidade reconhecida, de vários calibres, todos eles de fantástico sabor e quando frescas, de uma macieza tenra quase cremosa.

Serão, junto com a sardinha, um dos últimos bastiões da afamada "sazonalidade". De facto, não lembra a ninguém em pleno Agosto passar na Praça da Figueira e encontrar uma motorizada "tunning" com um assador a carvão e alguém de manga à cava aos gritos de alguma coisa quente... por melhor que seja (ou de uma sardinha na brasa... por alturas do... Carnaval!).

Costumamos, nesta altura do ano, aquecermo-nos por dentro com elas "quentes e boas" e sempre estaladiças e tostadas. Ou então cozidas, com erva doce, especiaria que nos é tão familiar como estranha... lembrando os rebuçados de funcho das ilhas e, ao mesmo tempo, a estranheza que cria à maior parte dos portugueses, um bolbo fresco de funcho, com o seu subtil aroma doce e delicado.

Juntei a esta receita outro ingrediente... mágico, a trufa negra. Também nesta altura do ano nos brinda com a sua existência e o seu perfume que consegue transformar quase todos os pratos em luxos terrenos.

Poucos poderão saber é que a trufa cresce preferencialmente nos solos ricos perto de carvalhos e..... castanheiros.

Raia com castanhas e trufas negras
Ingredientes (4pax)
1kg de asa de raia limpa
16 castanhas médias
1 funcho grande
1 trufa preta
2 pimento padron
1 bróculo-filho (os mais finos)
4 camarões 20/30
4 folhas de wonton
100g vinagre de arroz
20g açúcar
5g sal

Preparação:
Descascar as castanhas. Escaldar em água dois minutos e pelar.

Estufar com pouca água as aparas do funcho, uma noz de manteiga, sal e um pouco de açúcar. (Um toque de licor de castanha fica bem bom...)

Ferver o vinagre com o sal e o açúcar e deitar para um recipiente com o interior do funcho laminado.

Picar MUITO finamente o camarão descascado (metade pode mesmo ser passado no 1,2,3),
temperar a gosto e enrolar nas folhas de wonton e cozer a vapor.
Picar as pontas do brócolos.

Numa frigideira, derreter manteiga e cozinhar a raia, sem deixar ganhar cor. No fim, colocar as pontas do brócolos e cozinhar junto com a raia.

Empratar tudo e no fim laminar a trufa para o prato, em último lugar, preferencialmente na mesa!


VINHO
Navazos-Niepoort, branco Palomino 2008

O "véu", característica dos palominos finos, mais acentuada nos olorosos, apresenta-se neste vinho numa filosofia totalmente nova, como um vinho de mesa de graduação alcoolica tranquila.

O perfil salino, quase a lembrar maresia e ostras, e o aroma da oxidação nobre, a lembrar nozes e óleos gordos, vão na minha opinião encaixar, junto com a muito refrescante acidez, neste prato de raia, peixe tão sui-generis.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Le Chef: Peixe-galo

Por Alexandre Silva, Chefe executivo do restaurante Bocca

Veja a sugestão do chef...

Quem diria que este peixe já foi desconsiderado pela maioria das mesas na Europa! É curioso, no mínimo, tendo em conta que, hoje em dia, é um dos peixes de água salgada mais apreciado pelos comensais, o que faz dele um produto de grande valor gastronómico e comercial.

A sua apresentação varia entre o belo e o estranho, mas, por baixo dessa beleza, encontra-se uma carne delicada de cor branca e firme, com um sabor adocicado e baixo teor de gordura. Teor esse que poderá dificultar a sua confecção, ou seja, a linha entre o suculento e o seco é muito ténue, sendo necessário controlar a cozedura ao pormenor. A sua carne poderá ser utilizada em vários tipos de confecção, sendo que aconselho os seguintes: Escalfado, panado, salteado, e grelhado, mas nunca esquecendo o rigor na confecção.

A dieta deste nadador, pouco exímio, por sinal, é composta por pequenos peixes, crustáceos e alguns cefalópodes.

Ostenta, de cada lado, uma enorme mancha negra com forma arredondada que usa para quando se sente em perigo, colocando-se de lado para dar a sensação de que é um olho de um grande peixe.

O Peixe-Galo, a Cebola Roxa e a Raiz de Aipo
1 Peixe-galo de 2kg
3 Cebolas Roxas
1 Raiz de aipo
Azeite 0,5cl
Vinho do Porto 0,5lt
Açúcar 50gr
Flor de sal q.b.
Rebentos de Mostarda q.b.
Limão 1 unidade

Filetar o peixe-galo e dividir em 4 doses iguais, reserve.

Cortar a cebola em meias luas e cozer em lume brando com o vinho do Porto e açúcar até ficar com a textura da compota, reserve.

Cortar uma parte do aipo em chips e fritar em óleo, reserve.
Cortar a outra parte do aipo em fatias finas e bringi-los em água a ferver, arrefecer de imediato em água e gelo.

Ao servir, tempere o peixe com flor de sal
e sumo de limão e salteie em azeite.

Salteie o aipo em azeite, aqueça a compota
e sirva de imediato conforme a foto.


O vinho: Três Bagos
Vinho aconselhado para acompanhar o peixe-galo é o Lavradores de Feitoria Três Bagos Branco 2009 Douro DOC. Produzido das castas Viosinho, Boal e Malvasia Fina
é um vinho fresco e frutado com um ligeiro travo da madeira. Sirva de 11ºC a 12ºC e vai sentir uma acidez equilibrada que prolonga o final de forma consistente. PVP €5.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 14 de Outubro de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Bombons de salmão

Receita de Momo Abbane
Chefe executivo do restaurante Xôpana, no Choupana Hills
www.choupanahills.com
Funchal - Madeira

Ingredientes (4 pessoas):
480gr salmão fresco
4 folhaa de brick
5g cebolinho
15g sésamo branco
pimenta preta de moínho e sal grosso q.b.

Ingredientes para a nata fresca
50gr iogurte natural
15ml natas valesse
40gr créme fraîche
pimenta preta de moínho e sal grosso q.b.

Ingredientes para o pesto de funcho
50gr rama de funcho
5gr pinhões
10gr parmesão
30ml azeite virgem extra
5g alho seco

Ingredientes para decoração
10gr ovas de salmão
10gr agrião
50gr mache

Preparação:
1- Cortar o salmão em oito cubos e oito tiras-
2- Temperar os cubos, selar num sauté e passar nas sementes de sésamo.
3- Moldar os bombons colocando as tiras de salmão temperadas com sal, pimenta rosa e hastes de cebolinho na massa brick (uma tira para cada meia folha de brick), enrolar a massa brick e atar as pontas com alho - francêsbranqueado e cortado em tiras finas.4- Fazer a nata fresca envolvendo todos os ingredientes numa tigela.
5- Fazer o pesto de funcho colocando todos os ingredientes num mixer e triturando bem.
6- Levar os cubos de salmão ao forno por 4 minutos e colocar os bombons numa fritadeira 3 minutos até estarem alourados
7- Colocar os bombons no prato juntamente com os cubos, regar com os dois molhos e decorar com as pontas de agrião, com o mache e com as ovas de salmão.


Sugestão de vinho: Por Vicente Themudo de Castro.
Terras do Avô Branco 2008
Vinho da Madeira
Castas: Verdelho
Boa exuberância aromática típica do Verdelho, com sugestões de fruta tropical sem excesso, ainda que fresco e vivo. Bom equilíbrio na boca, revelando uma acidez muito interessante e diferente dos vinhos do continente. É um vinho com muito para dar e revelar, estejam atentos aos brancos madeirenses.
Temperatura de serviço: 8-9ºC

Caso tenha dúvidas estarei pronto para o ajudar (gourmet@live.com.pt) - a fotografia é apenas uma sugestão de apresentação.

Boa sorte e bom gourmet

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Risotto com espargos verdes e cogumelos selvagens

Receita de Benoit Sinthon
(1 estrela Michelin no Il Gallo D'Oro www.portobay.com)
Funchal - Madeira

Ingredientes:
150gr Arborio risotto
50gr cebola laminados
50ml Vinho branco
20cl. Caldo de galinha
20gr cogumelos
30ml azeite
50gr espargos verdes
20gr queijo Parmesão
Sal & pimenta


Levar a cebola laminada ao lume com azeite até ficar macia e transparente.
Juntar ao preparado o risotto Arborio.
Reduzir.
Adicionar o vinho branco e deixar evaporar o álcool.
Juntar o caldo de galinha gradualmente em três tempos ( cerca de 6mn de cozedura cada vez).
Tempo total de cozedura: entre 17 e 20mn.
À parte, saltear em azeite os cogumelos e os espargos juntando o salteado junto do risotto.
Por fim. juntar ao preparado o queijo parmesão e três porções de manteiga.
Sal e pimenta.

"Bonne Appétit"

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Boa sorte e bom gourmet

P.S. Esta semana no Cliff Bay, nomeadamente no Il Galo D'Oro vai dar inicio ao evento gastronómico: A Rota das Estrelas.

Caso pretendam mais informações podem consultar no blogue a rota das estrelas, ou neste blogue onde já há uma noticia.

domingo, 4 de abril de 2010

Rolinhos de Vitela

Fotografia Nicolas Lemonnier
http://www.lemonnierfoto.com/


Ingredientes:
4 bifes finos de vitela
150gr de entremeada curada em fatias finas
Sal e pimenta qb
2 dentes de alho picado
Azeite
Salva
Preparação:
Tempere os bifes com sal, pimenta e o alho picado.
disponha por cima das fatias de entremeada e 2 folhas de salva, enrole e corte em 2 ou 3 rolinhos.
Enfie os rolinhos em espetos de madeira, aqueça a chapa ou uma frigideira

Sugestão de vinho: Por Vicente Themudo de Castro.
Quinta dos Avidagos Reserva Tinto Douro DOC
Um aroma limpo e agradável com leves notas resinosas, cereja, baunilha num todo leve e confitado. Na boca mantém o perfil, fácil, perfumado, redondo e francamente atraente. Com um final persistente revela-se uma boa aposta para pratos não muito fortes. (revista de vinhos)
Temperatura de serviço: 16-17ºC

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Boa sorte e bom gourmet

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Alcachofras à judia

Fotografia Nicolas Lemonnier
http://www.lemonnierfoto.com/

Ingredientes:
6 alcachofras
Sumo de 2 limões
1dl azeite
2 dentes de alho
Sal e pimenta qb

Preparação:
Arranje as alcachofras deixando uma parte do talo e mergulhe-as em água acidulada com o sumo de limão.
Corte os dentes de alho às fatias.
Escorra as alcachofras e alargue as folhas, e tempere o interior com sal e pimenta.
Aqueça uma frigideira com azeite e o alho, junte as alcachofras com as folhas viradas para baixo e frite-as até as folhas ficarem tenras.

Sugestão de vinho: Por Vicente Themudo de Castro.
Barranco Longo Grande Escolha 2008
Vinho do Algarve
Excelente na boca, fresco e frutado com notas frescas de limão.
Temperatura de serviço: 8-10ºC

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Boa sorte e bom gourmet