sábado, 30 de julho de 2011

Ultimo Jantar de El Bulli

O titulo pode enganar, mas hoje não vou falar de uma experiencia ou da minha ultima refeição naquele que durante muitos anos foi considerado o melhor restaurante do mundo, sob a tutela do também apelidado melhor e mais revolucionário cozinheiro da era moderna: Ferran Adriá.

Vou falar, isso sim, do adeus e até já de Ferran!

Sublinho o até já porque apesar de ser hoje a ultima refeição que vai ser servida neste mítico restaurante, não é um fecho, mas sim uma mudança de ares: parar, pensar e evoluir.

Foi em Fevereiro deste ano que tive o duplo privilégio de jantar no El Bulli e entrevistar Ferran Adriá, que reafirmou por diversas vezes na conversa que, ao contrário do que todos os meios de comunicação anunciavam, o seu tempo ainda não terminou, o El Bulli não vai desaparecer, e tudo tem espaço para se renovar.

Assim, o objectivo é criar uma fundação, e em 2014 reabrir as portas, mas agora como um centro de criatividade! Em que moldes, isso seria prematuro, mas daqui a três anos, ou mesmo antes, vamos ter essa informação, e eu espero estar aqui para o poder anunciar.

Só abria seis meses por temporada, mas durante esse tempo servia 8.000 refeições, a um valor mínimo de €200, e segundo as más-línguas perdia rios de dinheiro. Sinceramente acho difícil pois, dos 70 cozinheiros, apenas meia dúzia não eram estagiários ou voluntários, sendo a despesa direccionada apenas para o serviço de sala, produtos, e manutenção.

E depois há os cursos altamente bem pagos, os livros que já venderam mais de dois milhões de cópias, o catering e um conjunto de receitas que dificilmente deixavam este poupado chefe passar forme.

Confessou-me que os luxos para ele são bastante diferentes do que as pessoas poderiam imaginar, o seu apartamento em Barcelona tem apenas um quarto, carros não o fascinam, e quando não está confinado ao trabalho, procura aquele que é o seu maior luxo: Ovos com batatas fritas!
Link
Isso mesmo, nem Porsches ou Ferraris, nem casas junto ao mar com muitos quartos, ou electrónica hi-fi.

Agora e depois de cinquenta anos de história, vamos ter três anos de elbullifoundation, e um vazio gastronómico muito grande, e para quem pensa que ainda pode conseguir um lugar no ultimo jantar El Bulli, fique descansado em casa que os convites já foram enviados há quase dois meses, e no site vai encontrar a seguinte mensagem: “elBullirestaurant has now closed and has been converted into elBullifoundation”.

Até já Ferran, obrigado e boa sorte na busca da criatividade!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Finalmente é sexta-feira

O Verão este ano anda a trocar as voltas a muitos portugueses, pois, quando se esperava que o sol abundasse e o vento amainasse, só tivemos direito a metade, dado que horas de sol, todos tiveram, mas debaixo de algum frio e de um vento deveras irritante!

O prognóstico para os próximos dias é de melhoria, aliás, é de muito calor, seja dia ou seja noite. Por isso, a vontade vai ser de muita praia durante o dia, petiscos e um bom branco no fim da tarde, jantares em esplanadas no início da noite e, quem sabe, um pé de dança antes de ir para a cama. Mas afinal onde podemos fazer todos estes programas? Provavelmente, em locais diferentes e, como nem sempre são fáceis de encontrar, andei a pesquisar alguns dos "spots" de Verão.

  • Purpura Beach & Brahmi

    Aqui está uma combinação pouco habitual, mas fadada ao sucesso: juntar alguns dos melhores terapeutas de medicinas orientais e transformar uma das praias mais fantásticas de Portugal, em Tróia, num enorme e relaxante SPA. Quem não conhece esta praia deveria conhecer, pois, além de uma areia branca e limpa e uma água e paisagem convidativa, tem, até ao dia 15 de Agosto, a presença diária, entre as 12h e as 19h, dos massagistas do Brahmi Oriental Wellness. E se na noite anterior a festa durou mais horas, recupere-as em apenas 30 a 60 minutos com a massagem relaxante da Brahmi

    (30 minutos: 45€, 60 minutos: 65€).

  • Side Bar (Hotel Tivoli Marina)

    Para quem gosta de um almoço, jantar ou simplesmente um snack ligeiro ao fim da tarde, não precisa de procurar mais - este é o local certo. Fica no deck suspenso do Hotel Tivoli Marina, com vista sobre os fantásticos veleiros e iates que pernoitam no porto seguro da Marina de Vilamoura. Hambúrgueres, saladas e muitas outras opções que podem ser acompanhadas de uns divertidos e saborosos cocktails como o "Lilly Ice Tea", o "Mojito on the side" ou o "Spicy bloody Mary". A noite e o jantar têm uma carta mais elaborada a cargo dos chefes da casa. Vá lá dar um saltinho, coma um petisco e veja o pôr-do-sol ao som do DJ da casa.

    Marina Vilamoura - Algarve.
    T: 289 303 303.
    www.tivolihotels.com
  • Pousadas de Portugal

    Esta é sempre uma boa combinação da oferta gastronómica com a oferta de locais únicos históricos, em contacto com natureza e perto de muitas praias, sejam elas marítimas ou fluviais. A par desta recomendação, vem uma campanha bastante apetecível até dia 15 de Setembro, de preços a partir dos €85 por quarto, desde que pernoite de 3 a 5 noites, e, para juntar a estes preços bastante mais económicos, oferece-se a estadia aos seus filhos (até duas crianças com um máximo de 12 anos de idade), bem como descontos que vão proporcionar umas férias em família bastante mais em conta.

    T: 218 442 001.
    www.pousadas.pt
  • Restaurante Eleven no T-Clube

    Aqui está uma combinação de que ninguém estava à espera: a união de um dos mais conceituados restaurantes de Lisboa com uma das mais animadas discotecas do Algarve. A Quinta do Lago ganha, assim, um dos mais prestigiados chefes mundiais, Joachim Koerper, que promete ser o primeiro animador de uma noite que pode ser extensa e muito divertida, mas a sua animação vai certamente provocar mais ênfase ao palato. O serviço funciona em buffet todas as noites até ao fim de Agosto.

    C. C. Buganvilla Plaza, Quinta do Lago - Algarve.
    T: 289 396 751.
    www.tclube.com
  • Terra a Terra Reserva 2010

    Produzido das castas Gouveio, Viosinho e Rabigato, fermentou e estagiou em cubas de inox inicialmente, passando depois para barricas usadas. O vinho é bastante fresco, muito aromático, revelando uma boa acidez, sendo um vinho que vai acompanhar não só o calor do Verão, mas também pratos que habitualmente são preferidos durante esta estação, como os peixes e mariscos grelhados.

    Teor Alcoólico 13,76%.
    Sirva entre os 12ºC e os 13ºC.
    PVP: €10,00.
Esteja quase no fim, a meio, a iniciar ou de volta ao trabalho, tenha um bom Agosto, pois as minhas crónicas e o OJE vão de férias. Em Setembro, cá estaremos para o informar e acompanhar no seu dia-a-dia

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 29 de Julho de 2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um segredo a desvendar

Foi em 1999, há precisamente uma dúzia de anos, que a dupla Guy Doré e Joaquim Vilela abriu a porta do sonho já há muito tempo idealizado: O Pequeno Mundo.

Amigos e parceiros de trabalho de longa data decidiram arriscar num restaurante seu e, desde o primeiro cliente até aos que saíram de lá ontem, houve sempre algo em comum: a satisfação de um momento bem passado e uma refeição de proporções épicas.

Nunca escrevi sobre este local com medo de me tornar parcial, pois nunca aqui tomei uma má refeição, mas, com o passar dos tempos, e ouvindo os elogios de quem foi ao Pequeno Mundo, percebi que é tempo de alertar para a existência deste local e descrever a minha última (mas a repetir) refeição.

Atravessar os portões que separam a casa e o estacionamento do mundo é, por si só, uma experiência, pois as longas e coloridas buganvílias, as alfarrobeiras e outras plantas e árvores escondem surpresas de encantar.

O primeiro a aparecer é o pátio, as mesas e cadeiras de palha debaixo do céu estrelado e o simpático Joaquim Vilela, que nos dá as boas vindas e simpaticamente nos encaminha à mesa.

As salas, nobremente decoradas, separam-se da principal, discreta e mais escolhida nos dias de Inverno, a da lareira com um longo banco, ideal para uma bebida quente nos dias frios, mas, atravessando esta e o bar, temos novamente uma esplanada, onde a companhia das alfarrobas e buganvílias mantêm-se, e aqui é um champagne, gin ou imperial que fazem as honras nos dias de calor.

Por aqui bebo um copo, antes de atravessar todas as salas, para voltar à esplanada inicial, na companhia da noite, da fonte e da minha família.

Chegam as entradas e temos direito a umas tostas de brioche e uma pequena terrina de foie, pães da casa e uma manteiga juntaram-se a estes, mas só mesmo para enfeitar, pois a terrina estava soberba.

Fui para a sugestão do dia - o folhado de foie gras com vinho da Madeira. Parece excessivo pedir "dois do mesmo", mas a realidade é que o primeiro era de galinha e o seguinte de pato. Folhado estaladiço e com a gordura a aguentar-se bem à do fígado, e o adocicado bem como a acidez do molho a enaltecerem e equilibrarem as gorduras.

Ainda houve tempo para dar uma dentada no estaladiço de camarão, salada e molho de iogurte, que nunca desilude e tem sempre algo da estação - neste caso, foram uns maduríssimos figos.

No principal, partilhámos a sugestão do dia, era uma dose para dois: Pato lacado e assado com batatas fritas, salada, legumes e um molho de carne e vinho simplesmente fantástico.

O ponto da carne exactamente como foi pedido, e tudo funcionava. Parcial? Talvez, mas não vi nenhuma das mesas a privar-se dos elogios.

Com tanta fartura, não consegui arriscar numa sobremesa. No entanto, o chefe enviou um pré-desert, um crumble com panacota e fruta de Verão, que também cumpriu o seu papel de excelência.

Boa carta de vinhos, uma sommelier que sabe o que diz, um serviço de sala sempre atento e simpático, boa cozinha e disposição é tudo aquilo de que um restaurante precisa, nada mais!

Fico espantado sempre que lá vou porque, tirando as pessoas que ali trabalham, só mesmo eu e as minhas companhias é que falam português. Será este um segredo escondido dos portugueses? Ou simplesmente não têm conhecimento?

Fica aqui o relato de, provavelmente, um dos mais fantásticos restaurantes de cozinha francesa simples e saborosa, onde a paixão por servir aparece em cada prato do chefe Guy Doré.

Detalhes

Restaurante Pequeno Mundo
Caminho de Pereiras
8135-022 Almancil - Pereiras
N 37.09096º, W 8.03090º
+351 289 399 866
www.restaurantepequenomundo.com / info@restaurantepequenomundo.com
Horário: Encerra aos domingos. Aberto das 19h00
às 22h00 (das 19h30 às 22h00 no Verão)
Preço médio: €60
Tipo de Cozinha: Francesa
Cartões: Todos

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 27 de Julho de 2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

Revista GO #2

LinkTodos os dias acordamos com expectativa para o que aí vem. E, às vezes, são as próprias notícias negativas que nos influenciam e nos deixam numa melancolia tantas vezes escusada. Não venho aqui anunciar uma solução para todos esses problemas e muito menos dizer que os devemos ignorar. O que garanto, isso sim, é que daqui para a frente a boa disposição reina e nada do que irá ler causará uma indigestão.

Mas não esconda já os sais de frutos... é que esta edição está totalmente focada nos momentos de prazer.

Ora repare: Mostramos-lhe quais os brancos que poderá comprar para os próximos dias, com boas sugestões de pratos para os acompanhar.

Sugerimos-lhe uma viagem pelo mundo para descobrir quais os melhores restaurantes onde poderá comer. E, aqui, saímos de Portugal e levamo-lo a passear pela Europa, Brasil e Hong Kong.

Voltando aos vinhos, e dentro de uma opção verdadeiramente diferente, apresentamos aqui uma ideia: sinta-se bem com muito, mas mesmo muito vinho e tome um banho hidratante e esfoliante num SPA em que tudo gira em torno deste néctar sagrado.

Da Suíça para Portugal temos um empresário que, depois de ter ganho nome e fortuna nas artes da relojoaria, vendeu o negócio e acreditou em Portugal, investindo e acreditando no potencial do nosso terroir. A Ideal Drinks e o Carlos Dias apostaram em regiões como o Dão, Bairrada e Verdes e já há dez vinhos fruto da sua dedicação.

Ainda houve tempo para falar com o CEO da Quinta das Lágrimas, Miguel Júdice, que se confessa um apaixonado por viagens e turismo.

Agora, coloque o cinto, endireite a cadeira, desligue os aparelhos electrónicos e parta connosco nesta viagem de sugestões.

Ready, Steady, GO!

Descarregue em baixo a versão em PDF da revista número 2 da GO.

Texto publicado originalmente na revista de Lifestyle GO do diário OJE a 26 de Julho de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Em modo biológico

Cada dia que passa, o "movimento" biológico ganha mais adeptos.

Coloquei os parêntesis porque não é nada organizado - as pessoas têm cada vez mais preocupações, usando a palavra biológico como mote.

Há quem defenda que a redução de processos químicos faz, paralelamente, com que os produtos tenham um sabor mais orgânico (menos químico) e, ao mesmo tempo, não destrói de forma agressiva os solos e os terrenos onde são cultivados e produzidos.

Na minha opinião, há ainda muitos mais factores a acrescentar a esta reduzida lista, mas o principal é fundamentar o equilíbrio entre o homem e a natureza, e reduzir a influência nociva dos processos químicos no meio ambiente.

Uma das empresas que faz deste movimento um porta-estandarte é a Casa Agrícola Reboredo Madeira (CARM). Há muito tempo que esta empresa familiar, situada no Alto Douro vinhateiro, fez com que os seus 130 hectares(ha) de vinha, 220ha de olival e 60ha de amendoais estejam em modo biológico, ajudando a preservar de forma sustentável a fauna e a flora.

Animais em extinção como a águia-real, a águia pesqueira, o grifo e a perdiz selvagem, ou plantas como a esteva, zimbro, funcho, rosmaninho, azedas e muitas outras são avessas ao processo químico e, não sustentando este, as plantas florescem, os animais ficam e o Douro ganha em diversidade.

Nos lagares, que, segundo a história, já produzem desde o século XVII, houve inovações, tendo sido construída uma nova unidade de produção, mas mantendo as tradições. Foi em 1999 que edificaram o novo lagar, com a particularidade de manterem o moinho de pedra tradicional, fazendo com que o processo de moer a azeitona seja de um modo mais natural e suave.

Os rótulos variam entre os CARM (Clássico, Grande Escolha e Premium), os da Quinta das Marvalhas e o da Quinta do Bispado. Mudam as marcas e os rótulos, mas a qualidade é sempre assumida, fazendo mesmo parte dos melhores azeites do mundo, e a corroborá-lo estão as várias medalhas de ouro e os centos de menções que os vários especialistas nacionais e estrangeiros lhe atribuíram.

Nos vinhos, também foram pioneiros e não se contentaram em ser biológicos no campo, criando o rótulo SO2, um vinho tinto da casta Touriga Nacional sem qualquer adição de enxofres. Este químico, dióxido de enxofre (vulgo sulfuroso), é quase sempre usado pelos produtores na vinificação pela suas propriedades anti-oxidantes ou de desinfectante, daí ser comum ver impresso nos rótulos "contém sulfitos".

Assim, o CARM Touriga Nacional SO2 é um caso de sucesso recente, mas ainda com alguns descrentes, principalmente no que toca a longevidade. No entanto, o certo é que, ainda há poucos dias, abri uma garrafa de 2009 e estava excelente.

Da sua prova, destaco o nariz muito aromático, onde as cerejas são as primeiras a aparecer, mas que depois evolui para fruta mais maturada, e na boca é fresco e guloso com notas de morangos, chocolate e especiaria e com um final persistente, longo e muito interessante, pois a fruta perdura num sabor muito orgânico.

Se a família Reboredo Madeira consegue viver em harmonia e sustentabilidade com o ambiente, em harmonia e sustentabilidade na gestão, é porque o modo biológico funciona, é rentável e, principalmente, é amigo do nosso ambiente.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 25 de Julho de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Finalmente é Sexta-feira

Estava muito céptico em relação à versão portuguesa do programa de gastronomia Masterchef, mas a inclusão no júri da Justa Nobre ou do conceituadíssimo chefe Cordeiro, deram-me logo um certo alento. Na sua primeira emissão assisti do princípio ao fim sem dar pelo tempo passar, e até bastante animado com o desenvolvimento.

Depois pensei quais foram os pratos confeccionados e as suas receitas, e aí nada me vem à memória! Digamos que é mais uma versão de entretenimento do que de gastronomia, mas a televisão é isso mesmo.

Amanhã há mais a partir das 21h30 na RTP1, e muitas sacas de cebola irão trazer lágrimas e risos aos Masterchefs.

Largo agora um pouco o mundo televisivo para abordar as minhas sugestões para esta semana, onde destaco três restaurantes, um vinho e um livro:

Restaurante EMO

Fica integrado na luxuosa e fantástica unidade de cinco estrelas do Tivoli Victoria, em Vilamoura no Algarve, a região preferida de férias dos portugueses.

Tive a oportunidade de ir experimentar a nova carta do chefe Bruno e fiquei deveras impressionado: uma cozinha consistente, onde podemos perceber bem não só por onde este chefe andou pelo mundo, como a sua grande qualidade técnica e, acima de tudo, uma criatividade ponderada, onde o importante é a opinião do cliente.

Na sua visita recomendo que escolha uma mesa na varanda e experimente as “Vieiras e wasabi, sapateira e arroz de sushi” ou o “Filete de pregado em pele de pão, arbóreo de lima, alho selvagem” ou qualquer uma das saborosas sobremesas.

T. 289 317 000
www.tivolihotels.com

Restaurante Clube dos Jornalistas

Foi uma das minhas visitas desta semana e desde já revelo que também ela muito positiva.

Não é muito normal, mas é uma agencia de Brand Culturing™ (transformar negócios em fenómenos culturais) que explora o espaço: Norma Jean.

Mas o importante é a escolha do chefe Ivan e da sua cozinha de expressionismo sentimental, que ainda não são marca, mas é uma cozinha acima de tudo saborosa.

O risoto de moqueca está lá para o provar!

Rua das Trinas 129, Lisboa
T. 213 977 138

Restaurante Yo! Sushi

Fica situado no Fórum Sintra, e quem me conhece sabe bem que não sou adepto de centros comerciais, principalmente dos restaurantes no seu interior, pois há uma associação rápida a comida de plástico, mas neste caso tenho de me render às evidencias.

Primeiro porque o Yo! Sushi consegue criar um ambiente próprio dentro de um ambiente comercial, e segundo porque a comida é bastante boa e a preços verdadeiramente convidativos (pratos de €1,5 a €5).

Um dos responsáveis é o SushiMan Miguel Oliveira, que já passou por locais como o AYA ou o Go Natural.

Ao almoço há um menu Super! Sumo onde come o que quiser por apenas €12,90, com as bebidas à parte.

Quando lá for não se esqueça de tocar nas campainhas à mesa e espere pelo “japonês”.

T. 935 705 730

Herdade das Servas Branco 2010

É o primeiro ano que esta herdade lança um branco vinificado através das castas roupeiro, verdelho e viognier, de vinhas plantadas em Estremoz.

Curioso é que uma das vinhas, a da Judia, tem mais de 60 anos, imprimindo características singulares a este néctar já vencedor de prémios.

O vinho é bastante agradável, revelando boa estrutura e complexidade, e principalmente um simpático equilíbrio da acidez dando-lhe frescura.

Sirva entre os 13ºC e os 14ºC.
PVP: €8,75

Justa Nobre, Paixão pela Cozinha

Já não era sem tempo!

Finalmente podemos ter acesso à vida e receitas desta simpática e talentosa cozinheira e chefe, que há mais de 30 anos nos encanta com a sua cozinha tradicional portuguesa.

São cerca de 240 páginas com histórias, aromas, receitas e acima de tudo uma experiência de vida que mostra bem o que é a “paixão pela cozinha” da Justa Nobre.

O livro custa €35 e conta com prefácios do cineasta José Fonseca e Costa e o jornalista António Salvador.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 20 de Julho de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Reynolds e o tributo a Glória

Reza a história que a família Reynolds chegou há mais de 180 anos a Portugal, era então o ano de 1820 e foi pela pessoa do marinheiro e comerciante inglês Thomas Reynolds que esta duradoura ligação começou.

Como não poderia deixar de ser, a razão foi o vinho do Porto e foi na capital do norte que se sediou. Apesar de terem vivido alguns anos em Espanha a desenvolver uma indústria corticeira, não resistiram ao bichinho luso e voltaram para Portugal, desta vez o assento foi em Estremoz.

Aqui é Robert que inicia a gestão dos negócios de família e de uma forma inovadora tenta criar um vinho estilo Porto em terras alentejanas, e como facilmente se podia adivinhar o resultado não foi o esperado.

Foi depois do desaire que começaram a produzir vinhos de qualidade, e apesar de terem passado por propriedades e vinificações que estão na memória de todos, como o Mouchão, a história teve tanto andamento que não há linhas no jornal que possam explicar.

Em suma, Julian, filho de Gloria (quinta na geração dos anglo-lusos), comprou a herdade de Figueira de Cima em Arronches, com o objectivo simples de voltar às tradições familiares e produzir um vinho único com uma assinatura que transmita o terroir e ambição de fazer algo diferente.

A gama “Reynolds” divide-se entre a gama Gloria e a gama Julian, sendo os primeiros a gama de topo.

(www.gloriareynolds.com)

Aqui ficam as notas de prova dos novos lançamentos:
Julian Reynolds Branco 2010
Castas: Arinto
Graduação: 14,5%
Temperatura de Serviço: 10ºC a 12ºC
Nota de Prova: Cor: verde citrino límpido. Nariz: muito frutado, onde prevalecem as frutas tropicais e citrinos. Boca: Frutado, com boa acidez e muito elegante com um final suave e refrescante. Gastronomia: Aperitivo, peixes confeccionados e marisco grelhado.
PVP: €9

Gloria Reynolds Branco 2007
Castas: Antão Vaz
Graduação: 13,5%
Temperatura de Serviço: 13ºC a 14ºC
Nota de Prova: Cor: Amarelo carregado. Nariz: evidentes notas tostadas da barrica, alguma fruta seca torrada. Boca: Boa estrutura, muito mineral e fresco, mas principalmente com boa acidez: Gastronomia: Peixe no forno, queijo de casca mole.
PVP: €18

Julian Reynolds Tinto 2006
Castas: Trincadeira, Aragonês, Alicante Bouschet e Syrah.
Graduação: 13,5%
Temperatura de Serviço: 16ºC a 18ºC
Nota de Prova: Cor: Granada. Nariz: apesar dos cinco anos tem um nariz jovem com várias notas balsâmicas, mentoladas e alguma especiaria. Boca: Enche bem a boca, com taninos suaves. Macio e com uma longa e agradável persistência. Gastronomia: Pratos de confecção forte como as açordas, migas ou caça.
PVP: €9

Julian Reynolds Reserva Tinto 2005
Castas: Trincadeira, Aragonês e Alicante Bouschet.
Graduação: 13,5%
Temperatura de Serviço: 16ºC a 18ºC
Nota de Prova: Cor: Granada. Nariz: Grande equilíbrio entre a fruta e a barrica, com evidentes notas de ameixas, frutos de bosque e especiaria. Boca: Boa estrutura, fresco e com taninos muito elegantes, terminando longo suave e persistente: Gastronomia: Um pouco de tudo desde carnes vermelhas assadas, caça forte, até aos peixes salgados e sobremesas com chocolate negro.
PVP: €13,5

Gloria Reynolds Tinto 2004
Castas: Trincadeira e Alicante Bouschet.
Graduação: 13,5%
Temperatura de Serviço: 17ºC a 18ºC
Nota de Prova: Cor: Granada, algo jovial para os seus sete anos. Nariz: Muito intenso e complexo, com fruta do bosque confitada, chocolate e algumas resinas. Boca: Um verdadeiro estrondo, enchendo bem a boca, revelando uma acidez apaixonante e uns taninos maduros. Termina fresco e persistente com uma assinatura muito própria. Gastronomia: Visto que apesar da idade o vinho apresenta vigor o ideal é optar por pratos bastante intensos como a caça ou assados.
PVP: €35

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 20 de Julho de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vítor Sobral abre "Tasca da Esquina" no Brasil

Vítor Sobral acaba de inaugurar a “Tasca da Esquina” na cidade de São Paulo, no Brasil. Mantém a mesma filofia do espaço de Lisboa: fazer com que todos os visitantes se sintam em casa. O menu será muito idêntico ao português e, como tal, será um desafio para Vitor Sobral que introduz produtos que não se comem no Brasil, como por exemplo a farinheira.

«Alegria, dinamismo, energia, calor humano e um despertar de sentidos, assim é São Paulo, dinâmica! Esta é a grande afinidade da cidade com o conceito da Tasca da Esquina, ambas sempre abertas a ideias cedentes à criatividade, cultura e ao novo, respeitando sempre as raízes», afirma o Chef Vitor Sobral a propósito da escolha da cidade de São Paulo para acolher a sua Tasca.

Vitor Sobral irá apresentar a São Paulo e ao Brasil a actualidade gastronómica de Portugal, através da sua cozinha de autor. A Tasca da Esquina de São Paulo irá dar a conhecer novos produtos e paladares aos brasileiros e, simultaneamente, acrescentará a riqueza dos produtos brasileiros às raízes de pratos portugueses. Na elaboração do cardápio não foi colocado de parte o respeito pelos produtos nativos, regionais e costumes dos brasileiros, e uma houve uma atenção especial à exigência do público paulistano.

Aliás, o chefe chega mesmo a afirmar que «se fizer uma retrospectiva das minhas criações, facilmente consigo perceber que fui influenciado pela gastronomia do Brasil. Comecei a utilizar fruta nas guarnições, confecções, ligação dos molhos e suas composições, de uma forma constante, com produtos que conheci no Brasil. A Tasca da Esquina em São Paulo é o reflexo de toda a minha experiência como cozinheiro».

Em São Paulo, a Tasca da Esquina será uma casa e não a esquina de um edíficio. Toda a arquitectura e decoração do espaço é assinada pela arquitecta Paula Moura. O restaurante irá manter a mesma contemporaneidade, descontração, conforto e um design moderno e arrojado, tal como em Lisboa.

«O prolongamento da Tasca da Esquina de Lisboa para a cidade de São Paulo é a mistura do que há de melhor das duas culturas e dar a conhecer um Portugal actual» finaliza o chef.

Tasca da Esquina de SP.

Horário de Funcionamento:
De Terça a Sábado das 12 horas às 15 horas e das 19 horas às 24 horas.
Domingo das 12 horas às 16 horas.

Morada:
Alameda Itu, 225 – São Paulo.

Reservas:
+5511 3262-0033/ +5511 3141-1149 / (11) 3141-1149

Press release Integral, fonte: GRUPO MULTICOM

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Elevar a tradição inovando a gastronomia

Em Maio do ano passado nesta mesma coluna fiz um aviso sério sobre uma experiência gastronómica na Madeira. Estava eu então à mesa no Funchal no Restaurante Casa da Quinta, magistralmente chefiado pelo talentoso e jovem Miguel Laffan.

Na semana passada em passeios por terras alentejanas fui deparar com o chefe Cascaense em Montemoro-O-Novo num dos mais recentes e inovador projecto imobiliário: o L’And Vineyards.

Ainda está no inicio mas fiquei fascinado com a ideia do projecto, criar uma espécie de micro adega ligada um hotel, onde os hospedes além de poderem ter as regalias e luxos associados à etiqueta Small Luxury Hotels of the World, podem participar na vindima e vinificação do néctar da casa, e produzir um vinho personalizado.

Neste momento a assessoria é feita pelo Enólogo Paulo Laureano e das recentes vinha, só ainda foi engarrafada o L’and Vineyard Reserva de 2009, que apesar de jovem é bastante agradável e fácil de beber, aliás foi a minha companhia para a refeição que mais à frente vou descrever.

O restaurante está decorado de forma agradável com linhas contemporâneas minimalistas, sendo a sala rectangular espaçosa, e cheia de luz.

Três janelas são as culpadas do efeito luminoso, uma virada para a paisagem alentejana, onde se destaca um grande lago, e outras duas que dão passagem a duas esplanadas, uma das quais destaca-se pela lareira que ilumina a noite e aquece nos dias mais frescos (presumo, uma vez que estive lá para almoço e debaixo de calor intenso).

Há mesa, os pratos, copos, bem como as toalhas e guardanapos de linho de qualidade, demonstram cuidado e são o prognostico de uma boa refeição.

Destaque para o couvert que foge às tradicionais entradinhas alentejanas, e num prato rectangular apresenta um queijo amanteigado, alguns enchidos, pimentos assados e uma manteiga, acompanhados por uma boa variedade de pães, onde sobressai naturalmente o bolo do caco – certamente influencias dos tempos do chefe na madeira.

Depois da surpresa do chefe (figos em duas texturas, presunto, rucula, amêndoas e laminas de queijo), inicio a minha experiencia: Cabeça de xara… croquete de pezinhos salada de alfaces silvestres com uma coentrada.

– os sabores estavam bons, ligeiros, mas com uma ausência dos aromas e sabores do coentro.

Gostei, mas daria um nome diferente, pois é uma interpretação muito própria de um prato com uma personalidade muito intensa em sabores, aromas e principalmente texturas.

Seguiram-se os lagostins, com caldo de marisco, algas e bivalves, tanto os lagostins como os bivalves, estavam muito bem cozinhados e bem temperados por um caldo verdadeiramente apetitoso, saindo um pouco do Alentejo, mas ganhando na diversidade.

Depois veio uma Raia, mais uma vez no bom ponto de cocção, servida com um gaspacho com boa acidez, não se sobrepondo ao peixe, e alguns legumes salteados.

Terminei os salgados com um prato com muitas influências marroquinas, lombo de borrego merino assado, tagine de legumes primaveris e moleja, puré de batata-doce de Aljezur, bom ponto da carne, rosada como mandam as regras, os legumes e as batatas eram bons, mas havia um pouco de hortelã da ribeira a mais, o que por vezes sobrepunha aos sabores adocicados do caldo e carne.

Depois de uma oferta do pasteleiro, terminei com a abundante floresta negra (A minha floresta negra com cerejas da época, gelado de nata e geleia de quirche), que apesar de se notar grande trabalho e qualidade dos produtos, de realçar a qualidade do chocolate, estava um pouco seca, e faltavam os sabores compotados das cerejas.

Em suma, voltei a ficar impressionado de forma positiva com o chefe Miguel Laffan, que consegui transformar algumas receitas tradicionais e apresentações interessantes e aromas e paladares de grande categoria.

Volto a realçar, temos chefe com raça e agora no Alentejo!

Detalhes
Restaurante L’And
Estrada Nacional 4
Herdade das Valadas
7050-031 Montemor-o-Novo
N 38º 38' 44", W 8º 14' 50"
+351 266 242 400
www.l-andvineyards.com / info@l-andvineyards.com
Horário: Aberto todos os dias das 12h30 às 14h30 e das 19h30 às 22h00 (às segundas apenas serve o menu de cafetaria)
Preço médio: €45 (Menu de degustação s/ bebidas: €75)
Tipo de Cozinha: Alentejana Contemporânea de Autor
Cartões: Todos


Surpesa do Chefe


Lagostim com bivalves


Raia com gaspacho e legumes salteados

A minha floresta negra com cerejas da época, gelado de nata e geleia de quirche

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 13 de Julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Finalmente é sexta-feira

Depois de assistir a vários e animados debates na Assembleia da República, denotei uma tendência clara em utilizar os dados estatísticos, então dei por mim a fazer pesquisas e deparei com estes números: as receitas brutas no negócio directo no turismo em 2010 foram de 7.631,2 mil milhões de euros, bastante acima dos 10% do PIB. Acho que está na altura de criar um Ministério do Turismo, as receitas já o merecem.
Já no que respeita a novidades gastronómicas há muito para falar, não no que respeita a novas aberturas, mas cartas e caras novas.

Panorama

Com nova carta e uma criatividade sem limites está o novo menu do restaurante Panorama do Hotel Sheraton de Lisboa. Afirmo com segurança que o chefe Leonel Pereira é provavelmente o melhor chefe português da actualidade, e para sustentar a minha afirmação está a "capoeira".

Uma interpretação muito singular da canja, onde os sabores estão lá todos, e o pormenor do ovo em crescimento.

Bem, é melhor passar por lá para compreender o que eu digo. Este chefe algarvio cheio de memórias gustativas, consegue transpor para os seus pratos os valores e sabores dos pratos tradicionais portugueses, de uma forma criativa, palativa e muito visual.

T: +351 21 3120000
www.sheratonlisboa.com

Bairro Alto Hotel e o restaurante Flores em Lisboa

O Bairro Alto Hotel e o restaurante Flores em Lisboa apostaram no chefe Vasco Lello para reestruturar a carta e dinamizar gastronomicamente o restaurante.

Ponto positivo para o esforço, e depois de duas visitas, uma para o almoço e outra para o jantar, destaco pratos como o bacalhau confitado com "ras-el-hanout", grão, harira, briouat e óleo de argan com muitas influências marroquinas e asiáticas, e a sela de coelho braseada e recheada com os "miúdos", a perna assada e desfiada com tomate, azeitonas e manjerona.

Apesar da forte influência na sua cozinha de um dos seus mentores, Aimé Barroyer, já dá para notar alguns traços da sua personalidade.

É certamente uma experiência a repetir.

T: +351 21 3408252
www.bairroaltohotel.com

KOI Sushi

Em Portugal, o Sushi veio e tende a ficar e um dos exemplos mais fulgurantes é o Restaurante KOI Sushi, que no próximo dia 15 de Julho celebra o seu aniversário.

O chefe e sushiman Japonês Kazunori, preparou para este dia várias supresas que vão muito além das suas iguarias!

Entre as 18h e as 20h do dia 15 vai haver muita música na esplanada com um DJ, um concurso de Cosplay (máscaras de super heróis de Manga Japonesa), escrita no nome em Kanji (caracteres Japoneses), prova de sakê, prova de cerveja japonesa Kirin e uma prova de Sushi.

T: +351 21 3640391
www.koilisboa.com

Hard Rock Café

Termino com uma sugestão diferente: uma visita ao Hard Rock Café!

Para quem não sabe, esta casa mítica já festejou os seus 40 anos de idade, e oito em Portugal.

Em Lisboa é um espaço fantástico, repleto de verdadeiras peças de culto, como o Caddilac colado no tecto, as guitarras e fatos de vários famosos como Elton John , Xutos e Pontapés e dezenas de outros.

É um local que tanto dá para uma refeição divertida em família, um encontro de empresários, ou simplesmente um jantar a degustar o fantástico HRC Legendary burger!

T:+351-21 3245280
http:// www.hardrock.com

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Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 08 de Julho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Reestruturar para inovar

O vinho tornou-se um fenómeno que passou, há muito, a fronteira do copo e da garrafa - agora, as pessoas querem saber mais, não só do néctar produzido, como também da história que levou à sua produção e, mais recentemente, o seu habitat natural.

Os enoturismos portugueses deixaram de ser uma loja pobre com algumas garrafas do produtor e umas compotas feita pela mãe ou amiga, para passarem a ser grandes salas de prova devidamente preparadas, não só para enaltecer as características do vinho, como também verdadeiros museus e plataformas de explicação da arte de transformar a uva numa memória para a vida.

Mas perante o cenário de crise e de um futuro social e económico incerto, a Symington Family Estates não deixou de acreditar no potencial destes mercados e vai investir na renovação das Caves do Vinho do Porto Graham's, em Vila Nova de Gaia.

Este edifício histórico, datado de 1890, recebe anualmente mais de
60 000 visitantes de todo o mundo, que vêm cá para provar, conhecer e apreciar um dos melhores e mais genuínos produtos nacionais: o vinho do Porto.

São sensivelmente dois milhões de euros que serão investidos para criar melhores condições aos seus visitantes. Para quem não sabe, a Graham's tem mais de 6700 pipas de vinho do Porto dentro das suas caves, que se encontram em maturação nos famosos cascos e tonéis de carvalho. Além das diversas pipas, estagiam aqui milhares de garrafas que esperam pelo seu ponto de perfeição, para chegarem ao mercado no seu melhor estado. São projectos como este que fazem com que os vários apreciadores e curiosos aprendam mais e melhor sobre um dos mais importantes ícones de Portugal.

Haja mais projectos desta dimensão para criar e sustentar a credibilização não só na área enogastronómica, como na necessidade de acreditar que o futuro pode ser mais risonho.

Mudando de assunto, e do Norte para Lisboa, e porque o tempo está quente, aqui fica uma sugestão de um branco bastante enogastronómico:

Quinta do Gradil Viognier Branco 2010

Produzido e vinificado apenas da casta Viognier, da região em grande crescimento de Lisboa, apresenta uma cor cristalina límpida.

O seu nariz é bastante aromático, com aromas de alperce e alguns toques florais, ambos intensos, mas de certa forma elegantes, que se resumem numa boca delicada com boa acidez, num final que se prolonga de forma agradável.
Teor Álcool 13,5%.
Vinho regional de Lisboa.


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Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 06 de Julho de 2011