O tema era caça e o El Bulli e durante quase uma hora enquanto explicava a razão do El Bulli este ano ter optado por vários menus que utilizavam este tipo de ingredientes foi lentamente explicando e dar a entender a razão de fechar o mais emblemático restaurante do mundo.
Primeiro explicando que nunca foi o pai da cozinha “transformista”, e para o explicar fez uma analogia, o que é uma cozinha tradicional sem transformações ou evoluções? Vejam o caso de uma salada de tomate, dois ingredientes base, vinagre, azeite e sal. A transformação qual é? O gaspacho, aqui tritura-se vários ingredientes e transforma-se numa sopa, este sim é uma confecção de transformação, eu o que faço é continuar um legado que apareceu muito antes de mim.
Mais umas analogias, agora entre a carne e os canellonis, e avançou para o que todos queriam ouvir. “Eu não vou fechar o El Bulli, vou sim reflectir durante três anos, pensar em tudo o que fizemos e viajar pelo mundo fora e explicar o que andamos a fazer durante 20 anos no El Bulli.”
Criou uma fundação “El Bulli” e durante três anos vai reflectir, “porque há sempre uma altura na vida que é preciso parar e pensar”, confessa.
Para aqueles que andavam desiludidos porque achavam que nunca iriam visitar o El Bulli, esperem que acabe a reflexão, e depois vamos ver o que vai ser o El Bulli 2.0.
Entretanto podem comprar o novo livro de receitas, técnicas e experiências do chefe e do restaurante, e tentar em casa aquilo que foram para já vinte anos de história intensa e mediática.Girona, Espanha - Fórum Gastronómico 2011
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