quarta-feira, 1 de julho de 2009

Tasca da Esquina, de Vítor Sobral

http://www.tascadaesquina.com/
Rua Domingos Sequeira 41C
Campo de Ourique - Lisboa
T. 210 993 939

É bom saber que alta cozinha não é apenas em estrelas Michelin!
Já há uma tasca em Campo de Ourique que prima pela excelência gastronómica.

O nome engana, pois foi por piada que surgiu e por graça acabou por ficar.
De tasca não vi nada, até as toalhas de papel são charmosas! O serviço da Vista Alegre brilha e faz brilhar uma decoração atenta ao pormenor em que nada é deixado ao acaso.

A entrada aloja um longo balcão: do lado de lá, o Chef e a sua equipa, do lado de cá duas mesas e algumas cadeiras. Local ideal para quem quiser “mandar” bocas ao Vitor.

Na sala o verde (discreto), faz simbiose com a luz e provoca um ambiente informal, simples mas simpático.

A cozinha, de volta às origens, prova que os grandes chefs são os que pegam no básico e simples, dão o seu toque e sofisticação, mas não destroem a tradição.

Os menus de degustação variam entre:
. sopa + 3 petiscos a 14,50€;
. 5 petiscos a 19,50€;
. 6 petiscos + sobremesa a 26,50€;
. 7 petiscos + queijo + sobremesa a 32,50€.
Pode ainda optar pela carta onde os prat-inhos variam entre os 3€ e os 20€, e entre os "inhos" e os "os".

Os vinhos apresentados por grupos de preço variam entre: copo de 2,50€ a 7,50€ e garrafas de 8,50€ a 28,50€. A variedade para escolha não é extensa, porém adequada e com preços muito aprazíveis.

Há um novo encanto no bairro, e o Chef Vitor Sobral é o grande responsável.

Preço médio – 20€

Serviço: 4, Decoração: 4, Menu: 4+, Carta de Vinhos: 3, Preço: 4

Nota Final (0-5) : 4 / Muito Bom

4 comentários:

Anónimo disse...

Será que isto é alta cozinha?

Tenho muitas dúvidas

Nuno disse...

É alta cozinha, sim (mas não da francesa), e, veja lá, ainda mais aquela farinheira com favas, que me custou 4,5 €. Mas não sei se o chefe Sobral terá muitos clientes que distingam nesse prato a mestria de um grande cozinheiro criativo. Enfim, para que não pensem coisas, a farinheira grelhada, bem quente, partida, assentava sobre uma salada pouco abundante, acídula de vinagre e bem fria, composta por favinhas tenras, pequenas, ainda antes de se lhe formar o tegumento, com cebola e tomate picados, e o tal vinagre possivelmente diluído num pouco de água. Que tem isto? Tem muito, tem tudo, porque dá bem mais que o prato em si daria. A matéria-prima irrepreensível, já se sabe, e a diferença: as fabulosas ligações do quente com o frio, do acídulo com o corpo da farinheira e da pasta da farinheira com algum crocante da própria pele. Não lembrava a ninguém aquele pormenor precioso das favinhas tenras. Qualquer um punha-lhe umas favas baby e está a andar.

Anónimo disse...

considero haver aqui grandes equívocos e a a m/ experiencia foi decepcionante. o espaço é claustrofóbico e só para fumadores (credo!), com um nível de ruido impróprio e por vezes insuportável.
alta cozinha? onde? a comida revelou-se regular, sem rasgo (excepção para uma garoupa) e por vezes desinteressante. pegando no exemplo da farinheira (bok, bom exemplar ms não se avalia um restaurante por um enchido) com favas, estas não tinham sabor, estavam secas e sem textura - foram favas. uma pena, ver o VS descer à vulgaridade.

Anónimo disse...

concordo com o anónimo de hoje. um almoço na tasca revelou-se de enorme vulgaridade e uma insistencia ao jantar noutro dia (ambos em Nov.2009) mostrou-se igualmente rivial, embora dissimulada de algum pretensiosismo. não se admite sopa morna nem iguarias destituidas de sabor. ao que parece é a garoupa ue anda a salvar a tasca, a mim ela também me deixou a única boa recordação.
taínha de santarém