terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Novidades no Arola de São Paulo

Para quem estiver a pensar passar por são Paulo no Brasil nos próximos tempos, aqui vai uma sugestão verdadeiramente magnifica!

O multi galardoado chefe espanhol Sergi Arola que assumiu o comando do restaurante Arola Vintetres no 23º andar do Tivoli São Paulo, mudou a sua ementa para entrar em 2011 cheio de novidades.

Novos menus de degustação apelidados de “Descubiertas” Arola Vintetres com três tipos de opções: Tapeo, constituído de 3 tapas, prato principal e sobremesa; Gastrobar, com 5 tapas, prato principal e sobremesa; e o Experiencia Arola Vintetres, com 7 tapas, prato principal e sobremesa.

Quanto a novos pratos há o “Cocas” Arola, um tipo de pizza, em formato rectangular, originária das Ilhas Baleares, com diferentes tipos de recheios.

Muitos pasteis e tapas como os espárragos blancos, pulpo estofado a la Gallega, pancenta de Cerdo y Jamón Ibéricos de Belleto e outros.

No menu continuam continuam residentes os clássicos, como as famosas Batatas bravas “Arola”, o Polvo na brasa com batatas confitadas e pimentón de la Vera, Jamón Ibérico de Bellota, Lombo de cordeiro marinado com compota de ameixa e macadamia "al Maceración Carbónica” e Ravióli de rabo de boi.

Se dúvida da qualidade gastronómica, veja os prémios que recebeu apenas com um ano de existência:Grande Prémio de Excelência 2010 pela revista Prazeres da Mesa;
  • Prémio Melhor Cozinha Espanhola de São Paulo 2010 pela revista Go’Where Gastronomia;
  • O Melhor da Cozinha Espanhola no Brasil pelo Guia Quatro Rodas 2011;
  • Indicado para o Prémio Comer & Beber 2010/2011 pela revista Veja São Paulo.
Detalhes:
Tivoli São Paulo - Mofarrej
Alameda Santos, 1437
Cerqueira César
CEP - 01419-001
São Paulo • Brasil
Tel: (55) 11 3146 5900
Fax: (55) 11 3146 5901
E-mail: reservas.htsp@tivolihotels.com
www.tivolihotels.com

1ª Semana Gastronómica da EHTL

Começa no próximo dia 17 de Janeiro na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa (EHTL) a primeira semana gastronómica da EHTL.

Este evento que dura cinco dias visa promover a nossa gastronomia, o trabalho dos alunos da EHTL, bem com cimentar a formação dos alunos através de concursos, workshops e seminários com vários chefes, pasteleiros e jornalistas.

Todos os dias vão-se realizar jantares criados e executados pelos chefes convidados, Bertilio Gomes - Restaurante Casa da Comida, Henrique Mouro - Restaurante Assinatura, Miguel Castro e Silva - Restaurante Largo e Jaime Perez - Restaurante Vistas.

Os jantares estão abertos a qualquer pessoa e preço de cada refeição é de €35 (bebidas incluidas) e as inscrições podem ser feitas através do email: semanagastronomica2011@gmail.com.

Mais informações no site.

O meu menu : Pelos Caminhos de Portugal

Depois de algumas horas em que o sol largou a timidez e decidiu aparecer, voltamos ao frio e à chuva e o pensamento em esplanadas esvanece e pensa-se sim em casas “mais quentes”.

Não vou falar de lareiras, nem de aquecimentos centrais ou outras formas de calor, mas sim numa comida que aquece o espírito através do deslumbre do palato.

Ora veja lá este menu: Sopa de castanhas com asas de morcego e lavagante (€11); Pescada no forno com todos e mais alguns € 25; Cherne escalfado com sopas de vinho e abóbora gila (€29); Cachaço de Bísaro e migas de feijão com peras (€22); Leite-creme de laranjas com chocolate (€8).

Sentado numa das confortáveis cadeiras do Assinatura, delicio-me sobre as criações do chefe Henrique Mouro.

Ainda não fez um ano de idade, mas já oferece um serviço e uma gastronomia ao mais alto nível.
Além da sala de jantar, acumula a mesa do chefe, em frente à cozinha, onde pode degustar as suas criações à medida que o vê a prepará-las.

Além da carta com vinte salgados e pouco mais de meia dúzia de doces, há diariamente uma sugestão para o almoço, mais económica mas sem nunca baixar a qualidade.

E porque o OJE e o Chefe Henrique Mouro ainda se sentem sobre uma grande influência do Natal, fica aqui um desconto de 10% sobre a factura válido até 11 Janeiro (exclui-se o menu Para almoçar). E para usufruir basta levar uma cópia do jornal ou recorte deste artigo.

Saio da Capital e meto-me na A1 em direcção a norte, e chegando ao IP3 viro para o IC12 em direcção a Guarda/Mangualde, e chegando ao Carregal do Sal encontrei este menu: Chouriça cozida em vinho (€12,5); morcela grelhada (€12,5); petinga com molho de escabeche (€2,5), bacalhau à lagareiro (€15); polvo panado (€20); cabrito assado (€20); nacos de vitela grelhada (€20); queijo da serra (€4,5); leite-creme (€3,99).

Estou rodeado de vinho, mas foi a comida que me levou a percorrer esta distância para ir jantar ao restaurante da Quinta de Cabriz.

A casa está inserida no meio de uma extensa propriedade com grandes tradições vinícolas, e como tal adapta a sua gastronomia à produção de vinhos, havendo uma preocupação acrescida em criar a harmonia entre o prato e o vinho.

Há uma carta com várias opções, mas para tornar mais interessante a sua primeira visita recomendo o menu de degustação com a respectiva paridade de vinhos.

Já foram muitos os que provaram a comida do Chefe Diogo Rocha, e depois da primeira visita não tardou a segunda, eu fui um deles!

É sempre bom viajar, mas ainda é melhor se ainda poder poupar, por isso aqui deixo um desconto de 10% sobre a factura, e para usufruir basta levar a cópia do OJE ou recorte deste artigo.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.

VOUCHER
10% na factura até dia 11 Janeiro (Exclui-se menu Para almoçar)
Restaurante Assinatura
www.assinatura.com.pt
Rua do Vale Pereiro, 19 1250-270 Lisboa
W 9º 9' 7'' N 38º 43' 14''
Tel. (+351) 213 867 696
Email: restaurante@assinatura.com.pt

10% na factura até dia 31 Janeiro
Restaurante Quinta de Cabriz
www.daosul.com
Zona industrial - 3430-132 Carregal do Sal
W 8º 1' 7,5'' N 40º 25' 28,6''
Tel. (+351) 232 961 222
Email: daosul@daosul.com

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 04 de Janeiro de 2011

domingo, 2 de janeiro de 2011

As Paelhas de Leça da Palmeira

O nosso país é muitas vezes apelidado de pequeno, e eu refuto e contradigo qualquer pessoa que faça este tipo de acusação, somos um país grande demais para o tempo que temos para o visitar.

Percorro o país de trás para a frente, e mesmo aquelas coisas que já tinha visto, obrigo-me a voltar a ver, porque o milagre da transformação está sempre a acontecer.
A poucos quilómetros do Porto, cruzo o porto de Leixões e faço a grande avenida que entra por Leça da Palmeira, e quando a paisagem passa dos prédios para o oceano, faço mais uns metros até ao Paço da Boa Nova e estaciono o carro à frente do Don Juan.

Foi aqui que há anos atrás comi a melhor paelha em terras lusas, por isso decidi voltar e verificar como estava esta Táperia/Arroceria.

Renovado por dentro pouco reconheci da anterior casa, talvez o bar e algumas mesas, mas olhando para a ardósia que se estendia pelas costas do bar, reconheci o estilo onde as tapas, paelhas e arrozes do dia estavam devidamente anunciados.

Sentei-me à mesa e comecei com as tapas do dia que hoje eram uns folhados de alheira com um molho agridoce - folhado bem feito, sem grandes exageros de manteigas e a alheira era decente, não muito forte, e combinava muito bem com o molho.

Os calamares, que chegaram ao mesmo tempo que o prato anterior, eram bons - lula bem cozinhada e a fritura bem executada, ao contrário de muitas que tenho comido por este país fora, onde se esquecem que é nos pratos mais banais ou apelidados de simples, que se exige mais rigor e sobretudo sabor.

Os revueltos com setas e gambas, para o meu gosto poderiam vir um pouco menos passados e ligeiramente menos salgados, mas não chocaram. Algo que devo destacar neste prato foi a abundância de alimento, principalmente das gambas, que normalmente aparecem aos pares e aqui foi mais para a dúzia.

A Paelha sempre foi o prato forte da casa, que juntamente com as tapas foram a razão de tantos gabados elogios ao longo dos vários anos de vida do Don Juan, e como não poderia deixar de ser, vou terminar os salgados com a de marisco.

Sobre o arroz amarelo típico do prato, identifico do mar as gambas, as amêijoas, o mexilhão em concha e mexilhão redondo, as vieiras e um lagostim - nada mau!

Levei a primeira garfada à boca e os sabores e ponto do arroz agradaram-me e demonstraram a razão de tantos louvores; mas a segunda, mais ponderada e pensada, denunciou alguns problemas: a vieira foi introduzida cedo de mais no prato e mirrou ao ponto de quase desaparecer, e os mexilhões eram de fraca qualidade, denunciando o congelamento – pena, porque os restantes mereciam um parceiro de maior qualidade.

Não fiquei convencido com a Paelha, também não a deitaria fora, mas repensava num mexilhão mais digno do prato.

Terminei com uma bola de gelado de mandarina de Sóller – (De Sandro Desii) que era verdadeiramente divinal, cremosa q.b., quantidade de açúcar acertada e um intenso e realista sabor a tangerina, exactamente como eu a conheço.

A carta de vinhos é bastante extensa, abrangendo muitas regiões e países, bem como várias e boas opções a preços muito aceitáveis, desde do vinho a copo às opções a garrafa.

Éramos três, dois adultos e uma criança que comeu um bife do lombo com batatas fritas (que eu tive a oportunidade de comer metade, e estava muito bom, a carne macia e bem temperada e as batatas muito fininhas e estaladiças – Cubos Juanitos), algumas bebidas pão e café e a conta resumiu-se a €64,30.

Um preço totalmente enquadrado ao serviço, espaço e gastronomia, o que me leva a recomendar sem margem de dúvidas o Don Juan, seja para um almoço de negócios, um jantar romântico ou um encontro de família. É um bom value for money e um sitio simpático para ter uma boa refeição.

Detalhes
Don Juan - Taperia | Arroceria
Rua Helena Vieira da Silva 320
Paço da Boa Nova
4450-329 Leça da Palmeira
W 8º 42' 44'' N 41º 11' 59''
+351 229 965 047
www.donjuan.pt/ geral@donjuan.pt
Horário: Aberto todos os dias das 12h30 às 01h00 (02h00 aos fins-de-semana)
Preço médio: €20 sem bebidas
Tipo de Cozinha: Espanhola e Internacional
Cartões: Todos

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 29 de Dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A minha selecção para o Natal

Hoje é dia 22 e estamos mesmo rés-vés ao jantar da consoada e as tão esperadas reuniões de família. O Peru, o bacalhau, o cabrito, mariscos e outras iguarias ganham um lugar especial na família e têm direito ao lugar central da mesa e a dar espaço ao homem da casa para trinchar!

Chega a altura de escolher os vinhos e as opções são tantas que perdemos algum tempo a tentar decidir qual o néctar que mais se adequa às receitas de natal.

A minha conclusão é que nestes dias não deve perder muito tempo em harmonizações, procurando algo que ligue com o assado ou com algo cozido, mas sim preocupe-se em comprar algo bom e despreocupado.

Assim, reduzi a lista de milhares de hipóteses que o mercado oferece a algumas que penso que, não só podem ser um excelente presente de natal, como uma excelente companhia para o jantar que se aproxima:

Espumante Murganheira Czar Grand Cuvée Rosé Bruto 2005
D.O.C. / Távora – Varosa

É o novo espumante rosé da Murganheira, enquandrando-se na série Premium da marca.
Apresenta uma cor rosa um pouco pálida quase laranja, que liberta aromas ligeiramente fumados e resinosos, apresentando uma boca muito demarcada pela casta pinot noir.
Este espumante não tem horário e pode ser servido como aperitivo, entrada ou durante toda a refeição.

PVP €24


Espumante Murganheira Vintage Bruto 2004
D.O.C. / Távora – Varosa

Talvez seja um dos melhores espumantes produzidos em Portugal, muito referenciado pela crítica, e já foi alvo dos melhores elogios.
A sua cor com notas rosadas revela aromas de frutas vermelhas, na boca revela a sua casta pinot noir em todo o esplendor, sendo bastante encorpado, e no fim nota-se bem a sua persistência.
Como o rosé, este espumante é para ser servido a qualquer momento de uma refeição.

PVP €24


Branco da Gaivosa Reserva Branco 2009
D.O.C. Douro

Produzido de vinhas com mais de vinte anos de idade, depois da vindima e dos processos iniciais de vinificação, fica onze meses em barricas novas de carvalho francês, terminando num branco muito gastronómico.
Floral e mineral, termina muito elegante.

PVP €17



Quinta das Bágeiras Garrafeira Branco 2007
Bairrada

É muitas vezes uma região esquecida pelo público, mas é de lá que aparecem muitos dos melhores vinhos que provei em toda a minha vida.
Este é um dos produtores que nunca cansa e está sempre a surpreender, basta provar este Branco para se perceber porquê.
Produzido das castas Maria Gomes e Bical, resultando num vinho muito mineral e com uma acidez fantástica.

PVP €12


Dolium Branco Escolha 2009
D.O.C. Alentejo

É o mais recente vinho da autoria do Paulo Laureano.
Produzido através da casta Antão Vaz da Vidigueira em terreno de xisto que resulta num vinho muito jovem e uma personalidade distinta.
Estagia em barricas de carvalho para acentuar a sua elegância.

PVP €22



Redoma Branco 2009
D.O.C. Douro

Pouco há mais para dizer sobre este vinho, posso acrescentar uma boa aposta para o dia de natal.
Produzido das castas Rabigato, Codega, Donzelinho, Viosinho, Arinto e outras, resulta num vinho muito complexo em aromas cítricos e minerais, mas na boca é muito elegante e com uma personalidade distinta.

PVP €12



Abandonado Tinto 2007
D.O.C. Douro

Este vinho é um verdadeiro regalo no palato, mas para se poder tirar o melhor partido deste néctar, abra a garrafa uma hora antes de o servir e decante-o.
Beba o hoje, amanhã ou daqui vinte anos que a evolução deve ser fantástica.

PVP €60





Pontval Reserva Tinto 2005
Vinho Regional Alentejano

É um vinho com uma cor muito escura, com um aroma bastante intenso a ameixas pretas e cassis, revelando uma boca macia e estruturada com taninos muito redondos.
Estagiou durante doze meses em carvalho americano e francês. Excelente para o peru.

PVP €19



Quinta do Vale Meão Tinto 2008
D.O.C. Douro

É um vinho que praticamente dispensa apresentações, todos o conhecem e outros já ouviram falar dele.
Produzido a partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca, faz o estágio em barricas (80% novas e 20% de 2º ano) de 225 litros de carvalho francês.

PVP €60



Roquette & Cazes Tinto 2006
D.O.C. Douro

Foi em 2002 que a família Roquette (Quinta do Crasto) e a família Cazes (Château Lynch-Bages-Bordeaux) se juntaram para partilhar experiencias e produzir um vinho diferente, priveligiando o “terroir” do Douro e as técnicas francesas.
O resultado é um vinho com volume robusto, muito macio e de uma complexidade extrema e fascinante.

PVP €18



Adega Mayor 8
Vinho Regional Alentejano

É o premium dos premiums da Adega Mayor. Vende-se em conjuntos de duas garrafas, num “set” muito atraente.
Quanto ao vinho, tem uma cor escura e intensa, sendo muito especiado, frutado (silvestres) e com notas de tosta.
O final revela boa acidez e irreverência, e um intenso e prolongado fim de boca.

PVP €108



Porto DOW’s Vintage 2007

Por mais que digam que é um vinho impossível de comprar, fruto dos 100 pontos atribuídos pela Wine Spectator, a verdade é que ainda há uns dias eu comprei uma garrafa numa garrafeira em Lisboa.

É um dos portos mais procurados de sempre e depois de o provar vai perceber a razão.

PVP €45



Porto Fonseca Guimaraens Vintage 2008

Muitos perguntam agora porquê apenas os vintages e não os Tawny’s de 10,20, 40 ou mais.

Para mim são os que gosto mais, porque de ano para ano posso assistir a uma evolução fantástica, e nunca me param de surpreender.

Este é um vinho que já é fantástico e daqui quarenta anos ainda mais impressionado vou estar.

PVP €32

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 22 de Dezembro de 2010