OJE - Lifestyle - 2010.01.20
É um dos espaços mais recentes do Porto e promete que desta é para ficar! Já foi bar, clube e até casa de petiscos, agora é um restaurante de cozinha muito tradicional, modernizando-se através da técnica e apresentação.
O chef que dá o nome à casa foi aprendiz dos reputados chefs Miguel Castro e Silva e Hélio Loureiro, no Porto, mais tarde integra a equipa do chef Aimée Barroyer em Lisboa.
Foi chefe de cozinha da Quinta da Romaneira onde recebe a distinção "Relais & Chateaux". E volta para a sua cidade natal onde abre o seu primeiro projecto a solo: Restaurante Pedro Lemos.
O espaço, dividido em três salas, tem a sua entrada por um hall. Este está decorado com vários elementos pretos e dourados, discretos e atraentes, e é nesta sala que vamos encontrar a exposição dos produtos da mercearia gourmet disponíveis para venda aos clientes.
Atravessando o hall, damos entrada na primeira sala de jantar. Este espaço está igualmente decorado em tons dourados e escuros, no entanto diferente do anterior, pois incluem-se as cadeiras confortáveis e mesas bem decoradas a ostentar uns bonitos copos da Schott.
A passagem para o segundo andar muda de tom, tonalidade e postura. Aqui os fumadores não são privados do seu prazer.
Saímos do dourado e focamos no azul. Um bar e mais uma dúzia de mesas, em que só a pintura muda, pois a ementa, pratos talheres e copos são os mesmos do andar de baixo.
A carta de vinhos está inteligentemente fornecida com vários néctares que fazem a harmonização de forma adequada com os vários pratos dos chefes.
A responsabilidade nesta área recai sobre o jovem escanção Eduardo Neto que elaborou uma selecção de oito espumantes, nove champagnes, 37 brancos, e 59 tintos. De realçar que praticamente todos os rótulos estão disponíveis também a copo.
A minha degustação começou com "...num fumeiro do serrim das barricas, Ravioli de borras de Porto com foie gras recheado, em consommé de Rabo de Boi mergulhado", prato extremamente bem cozinhado, mostrando grande equilíbrio entre as borras e o consommé e a massa do ravioli apresentou um al dente muito elegante.
Seguiu-se o "...deu o Bacalhau, no azeite lentamente cozinhado, o incontornável grão-de-bico, acelgas, broa de milho e sua dobradinha", novamente bem confeccionado onde o grão-de-bico se revelou num elemento bastante surpreendente.
"... o Leitão no sabor da tradição, a pele crocante, carne suculenta e laranjada nossa interpretação", estava simplesmente fantástico, revelando o cuidado do chef em elevar as matérias utilizadas a um patamar de excelência.
Dos Citrinos, em torta com mousse de mascarpone, pérolas de tapioca em infusão de toranja, não foi um dos meus favoritos da noite, no entanto revela uma boa capacidade criativa.
Já da sobremesa que finalizou a minha viagem aos sabores do Pedro Lemos, a opinião é totalmente diferente, pois a Fava Tonka, em créme burlée queimado, cremoso sorvete de cenouras tenras é simplesmente o fechar com chave de ouro.
A experiência deste chef, revela-se em todos os pratos onde a conjugação entre a maturidade, a criatividade e a irreverência tornam a cozinha do Pedro Lemos uma viagem aos sabores tradicionais portugueses com um twist de contemporaneidade.
Pedro Lemos - um nome e um restaurante que dificilmente vou esquecer.
Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.
Detalhes:
Restaurante Pedro Lemos
Rua do Padre Luís Cabral, 974 4150-459 Porto
www.pedrolemos.net
geral@pedrolemos.net
+351 220 115 986
+351 914 094 523
Horário: Aberto de segunda das 20h às 00h e de terça a sábado das 12h30 às 19h e das 20h às 00h
Preço Médio: 35,00 €
Encerra: Segunda ao almoço e domingo todo o dia
Tipo de Cozinha: Portuguesa Contemporânea
Cartões: MB, VISA, AMEX
Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 20 de Janeiro de 2010
É um dos espaços mais recentes do Porto e promete que desta é para ficar! Já foi bar, clube e até casa de petiscos, agora é um restaurante de cozinha muito tradicional, modernizando-se através da técnica e apresentação.
O chef que dá o nome à casa foi aprendiz dos reputados chefs Miguel Castro e Silva e Hélio Loureiro, no Porto, mais tarde integra a equipa do chef Aimée Barroyer em Lisboa.
Foi chefe de cozinha da Quinta da Romaneira onde recebe a distinção "Relais & Chateaux". E volta para a sua cidade natal onde abre o seu primeiro projecto a solo: Restaurante Pedro Lemos.
O espaço, dividido em três salas, tem a sua entrada por um hall. Este está decorado com vários elementos pretos e dourados, discretos e atraentes, e é nesta sala que vamos encontrar a exposição dos produtos da mercearia gourmet disponíveis para venda aos clientes.
Atravessando o hall, damos entrada na primeira sala de jantar. Este espaço está igualmente decorado em tons dourados e escuros, no entanto diferente do anterior, pois incluem-se as cadeiras confortáveis e mesas bem decoradas a ostentar uns bonitos copos da Schott.
A passagem para o segundo andar muda de tom, tonalidade e postura. Aqui os fumadores não são privados do seu prazer.
Saímos do dourado e focamos no azul. Um bar e mais uma dúzia de mesas, em que só a pintura muda, pois a ementa, pratos talheres e copos são os mesmos do andar de baixo.
A carta de vinhos está inteligentemente fornecida com vários néctares que fazem a harmonização de forma adequada com os vários pratos dos chefes.
A responsabilidade nesta área recai sobre o jovem escanção Eduardo Neto que elaborou uma selecção de oito espumantes, nove champagnes, 37 brancos, e 59 tintos. De realçar que praticamente todos os rótulos estão disponíveis também a copo.
A minha degustação começou com "...num fumeiro do serrim das barricas, Ravioli de borras de Porto com foie gras recheado, em consommé de Rabo de Boi mergulhado", prato extremamente bem cozinhado, mostrando grande equilíbrio entre as borras e o consommé e a massa do ravioli apresentou um al dente muito elegante.
Seguiu-se o "...deu o Bacalhau, no azeite lentamente cozinhado, o incontornável grão-de-bico, acelgas, broa de milho e sua dobradinha", novamente bem confeccionado onde o grão-de-bico se revelou num elemento bastante surpreendente.
"... o Leitão no sabor da tradição, a pele crocante, carne suculenta e laranjada nossa interpretação", estava simplesmente fantástico, revelando o cuidado do chef em elevar as matérias utilizadas a um patamar de excelência.
Dos Citrinos, em torta com mousse de mascarpone, pérolas de tapioca em infusão de toranja, não foi um dos meus favoritos da noite, no entanto revela uma boa capacidade criativa.
Já da sobremesa que finalizou a minha viagem aos sabores do Pedro Lemos, a opinião é totalmente diferente, pois a Fava Tonka, em créme burlée queimado, cremoso sorvete de cenouras tenras é simplesmente o fechar com chave de ouro.
A experiência deste chef, revela-se em todos os pratos onde a conjugação entre a maturidade, a criatividade e a irreverência tornam a cozinha do Pedro Lemos uma viagem aos sabores tradicionais portugueses com um twist de contemporaneidade.
Pedro Lemos - um nome e um restaurante que dificilmente vou esquecer.
Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.
Detalhes:
Restaurante Pedro Lemos
Rua do Padre Luís Cabral, 974 4150-459 Porto
www.pedrolemos.net
geral@pedrolemos.net
+351 220 115 986
+351 914 094 523
Horário: Aberto de segunda das 20h às 00h e de terça a sábado das 12h30 às 19h e das 20h às 00h
Preço Médio: 35,00 €
Encerra: Segunda ao almoço e domingo todo o dia
Tipo de Cozinha: Portuguesa Contemporânea
Cartões: MB, VISA, AMEX
Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 20 de Janeiro de 2010
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