sexta-feira, 31 de julho de 2009

Restaurante Bocca

http://www.bocca.pt/
Rua Rodrigo da Fonseca 87D – Lisboa
Tel. 213 808 383

Onde há arte e criatividade, bom senso e destreza, nunca se desce à banalidade ou mediocridade, e o Bocca é prova disso.

Há uns tempos, ainda no ano passado, tive curiosidade e vim visitar este espaço. Gostei e fiquei adepto. Soube da mudança da carta, e despertou-me a curiosidade de voltar e confirmar se mantinha os parâmetros anteriores.

Não vou dizer que superou, pois estando no patamar que já lhe conhecia, ir para cima era rachar o céu. Mas mesmo assim os apontamentos criativos, juntando-se o conhecimento da confecção, fazem deste chef Alexandre Silva uma pessoa a seguir atentamente.

A entrada no Bocca é precedida da incógnita e do fascínio de se conseguir ver a sala, mas não o suficiente para entrar no contexto.

Ao primeiro passo após a porta, vem o sempre simpático chef de sala oferecer os préstimos e boas vindas. Da entrada ficamos logo com a sensação que a garrafeira promete um bom casamento, seja qual for o prato que se escolha.

Já sentado tenho a obrigação de ser fiscal do chef e sua equipa, pois só um vidro separa a cozinha da sala, o quente não se sente, mas o espírito fica-nos na mente.

Copos, toalhas, guardanapos, serviço e pessoal são um regalo aos olhos, tudo peças bonitas que se enquadram que nem uma luva no espaço.

Começam os trabalhos: devoro o pão ainda morno com o azeite servido no couvert, ao qual não dedico muito tempo, pois começo a deliciar-me com um creme de espargos e pó de presunto, servido como amouse bouche.

O escalopes de foie gras salteados, tatin de manga, caviar de cacau e redução de ginga d’Óbidos trazem o doce e amargo e o ligeiro frutado ao foie, um prato cheio de requinte e personalidade. O Quinta do Alqueve colheita tardia 2007 acompanha e casa bem com este prato.

Salada de salmão curado à nossa maneira, gelatina de espinafres e creme de manga para beber, acompanhou-se de um Vale Pradinhos 2005 branco.

A minha selecção foi para o gigante que se seguiu: Lombo de borrego “Donald Russel” salteado e envolto em ervas finas, cebolinhas confitadas, chutney de alperce e crocantes de batata. O doce das cebolinhas acalma os fortes aromas da gordura do borrego, e as ervas trazem o equilíbrio sem destoar entre a carne, a fruta e o doce da cebola, uma combinação no mínimo arrojada e bem executada

A escolha vínica recaiu no Quinta do Passadouro tinto 2006. Como o prato que se seguia era novamente rico em sabor, pedi para a garrafa ficar e acompanhar as espetadas de peitos de codorniz grelhada em pau de alecrim, canelonis de beringela com couscous de ratatouille e cenourinhas salteadas em molho de sésamo.

Seguiram-se duas sobremesas: Coulant de chocolate negro com sorbet de framboesa, e um gelado de duas bolas. Casaram-se com duas criações da Filipa Pato , FP late harvest 2005, e FP 3B baga e bical espumante rosé.

Da sobremesa, só aviso os amantes do chocolate que têm uma árdua (pela quantidade) e facilitada (pela qualidade) tarefa pela frente.

Um jantar, uma refeição e uma experiencia que dificilmente irei esquecer!

O bocca é o ponto de partida para a viagem dos sabores, mas o nome é escasso para todos os sentidos que ganham vida nesta casa.


Foto 1 - Escalopes de foie gras salteados
Foto 2 - Salada de salmão curado à nossa maneira
Foto 3 - Lombo de borrego “Donald Russel”
Foto 4 - Espetadas de peitos de codorniz grelhada em pau de alecrim
Foto 5 - Coulant de chocolate negro com sorbet de framboesa

terça-feira, 28 de julho de 2009

Jantando com o Tejo

OJE - Lifestyle - 2009.07.28
Por Vicente Themudo de Castro


A mais alta criatividade é transformar o impossível em real. O Grupo K tem essa fama, mas desta vez conseguiu superar-se a si próprio, quando transforma um local sem história ou menos aprazível, ainda que com uma vista fantástica, num espaço único e surpreendente.

A decoração é um convite a desfrutar a época estival: muito branco, várias camas sobre areia espalhadas pelo perímetro do espaço, os bares dispersos pela pista, a sala de jantar protegida por um tecto e vários vidros (nenhum local é privado da vista para o Tejo e do Cristo Rei).

Cheguei cedo, e rapidamente me apercebo que o K Urban Beach (KUB) é eleito por muitos como um local de relaxe, e também como ponto de encontro da última reunião do dia.

Não há nada como fechar um negócio, acordar uma venda, ou anunciar a tão prometida promoção, tendo como cenário o esplendor do Tejo e brindando o acto com uma caipirinha.

Nem só de negócios se fala na KUB, pois até o Prince foi lá com a Ana Moura à procura de espaços diferentes e inovadores, e leva agora a boa recordação para contar aos seus amigos. Assim, quem sabe se no dia em que lá for não encontra o Eric Clapton, a Madonna ou a Angelina Jolie.

Pois se pensa que só as bebidas, os artistas e o Tejo são habituais, venha a surpresa: um conjunto de tapas é servido à tarde em todas as mesas, não vá a fome apertar. Umas tostas com tomate marinado em azeite e pimenta e depois levadas ao forno. Fresco e exactamente como apetece no verão.

Mais uma caipirinha para a mesa e a conversa começa a animar. A linha de água acalma, o sol já se põe e as luzes começam a acender. Rendo-me definitivamente. A luz azul e violeta que é emitida pelos vários cubos que fazem parte da mobília, cria uma atmosfera quase mística.

O copo de caipirinha é trocado pela sangria de espumante, e desloco-me da pequena praia fluvial, para a sala de jantar.

Os menus têm dois preços diferentes, 30€ e 35€ sem bebidas, e em ambos os casos dá direito a couvert, entradas (Gaspacho e mozzarela e tomate com molho pesto), prato principal (Novilho na chapa:30€; 35€:novilho na chapa com camarões e cataplana de camarão, lulas e vieiras) e acompanhamentos (Fruta, batata frita, arroz e molhos), e sobremesas (Fofinho de chocolate com gelado, panacota em semi-frio e gelados).

Do novilho só posso gabar o bom aspecto, pois a minha opção recaiu sobre a maravilhosa cataplana. Estava céptico em relação ao resultado das vieiras e lulas, pois os pontos de cozedura são diferentes. Ocorreu-me que algum deles pudesse vir cru ou muito cozido. Enganei-me, a confecção está muito bem conseguida.

Para a sobremesa não fui criativo, optando por um dos muitos gelados que a casa oferecia.

Quanto aos vinhos há 10 brancos, 11 tintos, 2 rosés, 1 espumante e 6 champagnes desde os 12€ do Alandra Branco aos 470€ do Cristal Louis Roederer.

Café bebido, já na pista e no primeiro bar que deparei, peço um whisky – ainda não paguei nada, passo o cartão que me deram na entrada, e vai acumulando. O Pagamento é só efectuado à saída. Prático e eficaz.

Ao longe vislumbro uma sala, que até então me tinha passado despercebida, e ao investigar descubro que além de tudo o que descrevo até então, há que adicionar uma pista interior, iluminação ténue e lasers para uma batida muito actual.

Uma bebida, um jantar agradável, música e muita alegria fazem deste um local imprevisível e inovador. A capital tem agora uma praia, e não vão faltar os mergulhos à animação.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt

CONTACTOS:
K Urban Beach
www.grupo-k.pt
Cais da Viscondessa, Santos - Lisboa
T. 961 312 742/746

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE em 28 Julho 2009

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sangria

Fotografia Nicolas Lemonnier
http://www.lemonnierfoto.com/

Ingredientes:
Uma garrafa de vinho tinto
1dl Aguardente velha
1dl Licor de laranja
Uma toranja
Um pêssego
2 Alperces
2 Cravinhos
Um pau de canela
Uma lata de 7up ou semelhante
Açucar a gosto

Preparação:
Lave os frutos, corte a toranja em fatias e os outros aos cubos.
Deite o vinho num jarro, junte o licor de laranja, a aguardente velha, os cravinhos, o pau de canela e o refrigerante.
Mexa muito bem e adicione açucar a gosto.
Acrescente os frutos, isole com pelicula aderente e leve ao frigorifico até ficar bem fria.

Caso tenha dúvidas estarei pronto para o ajudar (gourmet@live.com.pt) - a fotografia é apenas uma sugestão de apresentação.

Boa sorte e bom gourmet

sábado, 25 de julho de 2009

Torradinhas com mousse de fígado de aves

Fotografia Nicolas Lemonnier
http://www.lemonnierfoto.com/


Ingredientes:
50gr Manteiga
1 Cebola picada
400gr Fígados de frango (limpos)
1dl Moscatel
Uma colher de alcaparras
4 Filetes de anchova
1 Pão de baguete grande
Rabanetes para enfeitar
Sal e pimenta

Preparação:
Derreta a manteiga num tacho com a cebola picada, deixe alourar e junte os figados de frango cortados aos bocados. Junte sal e pimenta a gosto.
Deixe apurar um pouco, deite o moscatel e continue a cozinhar mexendo de tempo a tempo até os fígados ficarem cozidos.
Junte as alcaparras e as anchovas ligeiramente picadas.
Mexa muito bem e triture tudo no mixer ou robot de cozinha.
Corte a baguete às fatias e torre-as levemente.
Barre as torradinhas com a mousse e enfeite com alcaparras e rabanetes.

Sugestão de vinho:
Por António Coelho, Enólogo.


Harmony Natur Tinto 2007
Vinho Regional Ribatejano

Cor vermelha intensa. Aroma de bagas vermelhas, ligeiro floral, com tosta e cacau no meio. Na boca aparece cheio de equilíbrio, com bons taninos e de estrutura aveludada. Final intenso, elegante e com suaves especiarias. Um vinho preocupado com a natureza e bastante harmonyoso.
Temperatura de serviço: 16º-18ºC

Caso tenha dúvidas estarei pronto para o ajudar (gourmet@live.com.pt) - a fotografia é apenas uma sugestão de apresentação.

Boa sorte e bom gourmet

terça-feira, 21 de julho de 2009

AS ESTRELAS DO ALGARVE

OJE - Lifestyle - 2009.07.21

Os produtos são a alma do sabor, a confecção prova de mestria, o sabor testemunho do conhecimento, mas é a criatividade que os torna únicos.

São os embaixadores do guia Michelin no Algarve. Seis estrelas para cinco restaurantes e 3 nacionalidades diferentes. São os grandes responsáveis pela elevação da gastronomia praticada em Portugal, ao expoente máximo da referência internacional.
Personalidades, técnicas e criatividades diferentes, mas um pensamento comum: “O importante é agradar aos clientes e ter sempre os melhores e mais frescos produtos.”
Para algumas pessoas, o guia é uma peça de referência em viagem, levando os viajantes a programar o seu itinerário baseando-se nas estrelas do guia. Para os chefes, a opinião diverge: para uns é o reconhecimento de uma vida, para outros é apenas mais uma publicação. No entanto há um aspecto que não se pode negar, quem recebe tal distinção não a recusa e, que nem número de polícia, podemos sempre encontrá-la na porta do galardoado.

O alemão Wilhelm (Willie) Wurger veio para Portugal há 26 anos, tendo passado por vários locais, designadamente pelo La Reserve, onde foi responsável pela primeira estrela atribuída no Algarve em 90. Entretanto passa pelo São Gabriel em 95, onde lhe é atribuída uma nova estrela, e em 2006 recebe novamente a distinção, agora no seu primeiro projecto a solo: O Willie’s.
“Estava a trabalhar na Alemanha, e à procura de mudança. Ser um país com sol era primordial. (…) Enviei currículos para todo o lado, um veio para Portugal. Cheguei em Dezembro de 82 onde estive à experiência e desde então não saí de cá.”, recorda-se Willie.
Sendo discreto e mantendo-se longe das luzes da ribalta, tudo o que faz é em prol da qualidade e excelência da confecção.

O Brasileiro Henrique Leis chega a Portugal em 1993 para realizar o seu grande sonho – abrir o seu próprio restaurante. Este chef Maranhense, antes de se estabelecer no Algarve, teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes europeus como Paulo Bocuse, Guy Savoy, Gaston Lenôtre, entre outros. Em 2000 é agraciado com uma estrela.
“Financeiramente não sei se foi bom ganhar uma estrela, pois veio trazer mais responsabilidade e obriga-me a estar sempre actualizado, procurar sempre os melhores produtos, e a ter uma atenção redobrada a todos os detalhes.”, confessa Henrique.

Vindo dos Estados Unidos, chegou em Março para coordenar a equipa do São Gabriel. O jovem alemão Torsten Schulz herda a estrela mas não a cozinha, e mal chega tem como tarefa contratar uma nova equipa. Desafio superado, mete mãos à obra para conservar a estrela, agradar aos novos clientes, e ainda criar o seu próprio estilo.
Antigo produtor de micro vegetais em Miami, passou a utilizar estes produtos em todos os pratos que confecciona.
“Tenho uma equipa aberta a novos desafios, e que aceita as minhas ideias e sugestões. Ainda assim, estou muito dependente do conhecimento local destes elementos, principalmente do meu chefe de sala.”, revela Torsten.

“Vim de férias em 2001 a Portugal com a minha esposa. Gostámos muito e iniciámos a procura de um local para o restaurante. O Amadeus foi a resposta.”, revela Siegfried.
“Cheguei sem conhecer bem os produtos portugueses, mas rapidamente adaptei a minha cozinha ao melhor que este país oferece.”
Vindo de Hamburgo do Le Canard, chegou no início de 2003. Abriu as portas em Agosto do mesmo ano, oferecendo uma cozinha diferente, criativa e simplificada, no entanto rica em sabor. A integração de todos os elementos sazonais é para este chef um ponto fulcral no seu projecto gastronómico.

Na praia da Galé podemos encontrar o Austríaco Dieter Koschina, responsável pelo restaurante da simpática e luxuosa estalagem Vila Joya. Chegou a Portugal à experiencia em 90, ganhando a sua primeira estrela em 1995 e a segunda em 1999.
Não se contentando em ficar apenas atrás dos tachos, tudo faz para desenvolver actividades que promovam a gastronomia em Portugal. “A tribute to Claudia” é um dos eventos mais mediáticos, tendo reunindo em Janeiro de 2009 trinta e duas estrelas Michelin e umas outras dezenas do Gault & Millau.
“Sejam duas, uma ou nenhuma estrela, o importante é a qualidade dos produtos, e é essencial que a experiência do cliente seja marcante, o deixe satisfeito e feliz!”, confessa Koschina.
“Os clientes procuram essencialmente o fantástico peixe que o atlântico oferece, e todos os dias procuro, através dos nossos fornecedores o melhor que o oceano disponibiliza, para satisfazer os nossos pedidos.”

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt

CONTACTOS:
Chef Siegfried Danler-Heinemann *
Restaurante Amadeus
www.amadeus.hm
Estrada Almancil-Quarteira–Escanxinas 8135-016 Almancil
T. 289 39 91 34

Chef Torsten Schulz *
Restaurante São Gabriel
www.sao-gabriel.com
Estrada da Quinta do Lago Km 3,5 8135-107 Almancil
T. 289 39 45 21

Chef Henrique Leis *
Restaurante Henrique Leis
www.henriqueleis.com
Vale Formoso 8135-035 Almancil
T. 289 39 34 38

Chef Dieter Koschina **
Restaurante da Vila Joya
www.vilajoya.com
Praia da Galé - Apartado 120 8200-416 Guia ABF
T. 289 59 17 95

Chef Wilhelm Wurger *
Restaurante Willie's
www.willies-restaurante.com
Rua do Brasil 2–Vilamoura 8125-479 Quarteira
T. 289 38 08 49

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE em 21 Julho 2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tacos de garoupa sobre açorda de coentros e “palha” de legumes

Receita do Chef Luis Américo publicada na Revista Golden Guide, edição de Julho 2009.

Para a garoupa (4 pessoas):
800 grs de lombo de garoupa fresca limpo
1 dl de azeite
20 grs de tomilho fresco
10 grs de flor de sal
2 grs de pimenta preta fresca

Para a açorda:
500 grs de pão Alentejano
3 dentes de alho
2dl de Azeite
200 grs de coentros
QB de Sal e Pimenta

Para a palha de legumes:
200 grs de cenoura
200 grs de alho francês
200 grs de rúcola
Sal fino

Confecção da garoupa:
Cortar a garoupa em 8 “tacos” iguais e envolver em azeite. Num tabuleiro de forno, espalhar o tomilho e sobre este colocar os tacos. Temperar com sal e pimenta e levar ao forno forte durante 5 a 6 minutos, até a primeira gelatina começar a sair.

Confecção da açorda:
Ferver 1 litro de água mineral com 1 dente de alho, 1 dl de azeite e metade dos coentros durante 10 minutos. Coar e regar o pão com esta água.
Picar e alourar os restantes dentes de alho em azeite e introduzir os coentros ligeiramente picados. Cozinhar durante 1 minuto, coar o pão retirando a água e juntar. Mexer com uma colher de modo a obter uma açorda homogénea mas não muito mole. Temperar com sal e pimenta.

Confecção da “palha” de legumes:
Cortar a cenoura e o alho francês numa juliana fina, fritar separadamente cada um dos legumes em óleo bem quente e colocar sobre um papel absorvente de modo a retirar o máximo de gordura e deixar os legumes estaladiços. Temperar com sal.

Empratamento:
Colocar separadamente duas “colheradas” de açorda num prato, sobre cada uma delas pousar um taco de garoupa, sobre esta colocar os legumes crocantes.
Decorar a gosto.

Caso tenha dúvidas estarei pronto para o ajudar (gourmet@live.com.pt) - a fotografia a sugestão de apresentação do chef.

Restaurante Degusto - Matosinhos
http://www.degusto.pt/
Rua Sousa Aroso, 540-544 - Matosinhos
Tel: 22 936 43 63

Boa sorte e bom gourmet

Gourmet & Wine - Chef Luis Américo

Golden Guide - Gourmet & Wine - Julho 2009

Monte Velho Branco 2008 e…
O desafio foi lançado! Pedimos ao Chef Luis Américo que criasse uma receita que casasse na perfeição com este néctar, e sem problemas ou demoras aceitou o desafio.
Foi de imediato que meteu as mãos à obra, criando um prato de peixe com açorda e legumes.
“Gosto muito da cozinha tradicional portuguesa, por isso liguei a garoupa à açorda, que vão apurar o elemento de ligação, criando-se igualdade e homogeneidade entre o prato e o vinho proposto”.

Chef Luis Américo
Apaixonado pelos sabores, encontra na riqueza e diversidade da cozinha tradicional portuguesa o seu ponto de partida para a criatividade. Pegar no “à Braz” do bacalhau, ou no “bulhão pato” das amêijoas e transformar em algo diferente e novo, é um dos seus objectivos do dia-a-dia e recusa-se a estagnar no passado.
Actualmente é o Chef Executivo do restaurante Degusto em Matosinhos. Esta casa tem mais de1500 referências na carta de vinhos, tendo-lhe valido há vários anos a atribuição de “2 copos” pela revista americana Wine Spectator.
Na sua curta carreira já foi distinguido pelo alto galardão de “Cozinheiro do ano 2004”, e é constantemente requisitado para fóruns e feiras em Portugal e no estrangeiro.
Os seus projectos actuais, para além do Degusto, passam pelo desenvolvimento da sua consultora e pela realização de cursos de cozinha.
Para mais informações consulte o site http://www.vinhoecoisas.pt/.


Tacos de garoupa sobre açorda de coentros e “palha” de legumes
Receita para 4 pessoas

Para a garoupa
800 grs de lombo de garoupa fresca limpo
1 dl de azeite
20 grs de tomilho fresco
10 grs de flor de sal
2 grs de pimenta preta fresca

Para a açorda
500 grs de pão Alentejano
3 dentes de alho
2dl de Azeite
200 grs de coentros
QB de Sal e Pimenta

Para a palha de legumes
200 grs de cenoura
200 grs de alho francês
200 grs de rúcola
Sal fino

Confecção da garoupa: Cortar a garoupa em 8 “tacos” iguais e envolver em azeite. Num tabuleiro de forno, espalhar o tomilho e sobre este colocar os tacos. Temperar com sal e pimenta e levar ao forno forte durante 5 a 6 minutos, até a primeira gelatina começar a sair.

Confecção da açorda: ferver 1 litro de água mineral com 1 dente de alho, 1 dl de azeite e metade dos coentros durante 10 minutos. Coar e regar o pão com esta água.
Picar e alourar os restantes dentes de alho em azeite e introduzir os coentros ligeiramente picados. Cozinhar durante 1 minuto, coar o pão retirando a água e juntar. Mexer com uma colher de modo a obter uma açorda homogénea mas não muito mole. Temperar com sal e pimenta.

Confecção da “palha” de legumes: Cortar a cenoura e o alho francês numa juliana fina, fritar separadamente cada um dos legumes em óleo bem quente e colocar sobre um papel absorvente de modo a retirar o máximo de gordura e deixar os legumes estaladiços. Temperar com sal.

Empratamento:
Colocar separadamente duas “colheradas” de açorda num prato, sobre cada uma delas pousar um taco de garoupa, sobre esta colocar os legumes crocantes. Decorar a gosto

Monte Velho Branco 2008
Região: Regional Alentejano
Castas: Roupeiro / Antão Vaz / Perrum

Área de Vinha: 200 Hectares

Tipo de Solo: Natureza granítica/xistosa, estrutura Franco-Argilosa
Engarrafamento: Fev 2009
Produção: 1.000.000 litros
Análise: Teor Alcoolico 13% - Acidez Total 6,31 gr/l - Acidez Volátil 0,34 gr/l - pH 3,26 - Extracto Seco 19,40 gr/l
Enólogo: David Baverstock/Sandra Alves

NOTAS DE PROVA/TASTING NOTES
Cor: Aspecto cristalino, cor citrina ligeiramente aloirada
Aroma: Muito aromático e frutado
Boca: Sabor intenso, elegante e equilibrado
Temperatura Ideal de Serviço: 10º-12ºC

Texto publicado originalmente no Gourmet & Wine da Revista Golden Guide, edição de Julho 2009.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Gaspacho (rápido)

Fotografia Nicolas Lemonnier
http://www.lemonnierfoto.com/

Ingredientes:
6 Tomates médios e maduros
4 Dentes de alho
1 Pepino
1 Pimento verde
Azeite
Orégãos
Sal e Pimenta
2 Ovos Cozidos
1 Embalagem de Croutons

Preparação:
Escalde o tomate e tire a pele e as sementes.
Pele o pepino e tire-lhe as sementes, pique o alho e deite tudo no copo do batedor e triture tudo muito bem. Vá adicionando água gelada, sal e pimenta.
Corte o pimento aos cubinhos e pique os ovos cozidos.
Verta o gaspacho em tigelas.
Acrescente os orégãos e o azeite e sirva com os cubinhos de pimentos, os ovos cozidos e os “croutons”.

Sugestão de Vinho:
Por António Coelho, Enólogo

Dos Ochos Chardonnay-Chenin 2008
Mendoza-Argentina
Cor amarelo esverdeado. Aroma citrino com maças verdes e toque floral. Vibrante, atractivo, com acidez equilibrada e elegante. Termina cheio de frescura e lembrar limas.
Temperatura de serviço: 8º-10ºC

Caso tenha dúvidas estarei pronto para o ajudar (gourmet@live.com.pt) - a fotografia é apenas uma sugestão de apresentação.

Boa sorte e bom gourmet

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Restaurante Willies

www.willies-restaurante.com
Rua do Brasil 2 – Vilamoura
Telefone: 289 380 848

"1 Michelin Star" : A very good restaurant in its category, que é num português mais tradicional – um restaurante do caraças.

O discreto e experiente chef alemão Wilhelm (Willie) Wurger chegou a Portugal há 26 anos e foi o primeiro a trazer uma estrela para o Algarve para o “La Reserve”. Voltou a ser galardoado quando esteve no “S. Gabriel “, e já no seu primeiro projecto a solo “Willie’s”é novamente premiado com uma nova estrela.

Sem decorações futuristas, ostentosas ou holísticas, o espaço transparece nos seus elementos um pouco do estilo do chefe, discreto mas com bom gosto, requintado mas não exagerado.

Sala de espera com uns sofás e um alto balcão que esconde vários licorosos e digestivos, e algumas flores frescas, fazem as boas vindas à casa.

Quem entra e faz 360º com os olhos, poderá ver vários galardões (incluindo o da Michelin) e muitas fotos dos amigos: Luís Figo, Bobby Robson e o ex-presidente dos EUA, Gerald Ford, são alguns dos notáveis que dão a cara por este restaurante.

Sala requintada, cadeiras altas e almofadadas, serviço da Villeroy & Bosch, copos Schott, guardanapos de linho branco enrolados numa bela argola de pedras, são alguns dos elementos distintivos e magnificentes que a casa oferece para nossa comodidade.

A supresa do chef não pode ser mais adequada à época: sardinhas marinadas…., frescas, tenras e com um ligeiro aroma a ervas criteriosamente seleccionadas para o efeito.

“Willie's” ravioli de marisco com molho de vermute (14,50€), e sapateira desfiada sobre puré de abacate e toranjas (16.50€) foram as entradas. A primeira é um clássico e nada vou acrescentar. A segunda é um prato rico em paladar, onde o abacate se torna no elemento fronteira fazendo de mediador entre a sapateira e a toranja, tornando esta criação numa das melhores sapateiras que já provei.

Sela de tamboril frito em molho de mostarda e mousse de batata (30,50€), uma combinação que se mostra adequada, sem exotismos ou loucuras, é um prato seguro em que nada de negativo se pode apontar.

Vieiras salteadas em risotto de trufa (28,50€), o risoto confeccionado como deve ser, sem ser cru ou empapado, recheado com uma dose generosa de trufas o que enriquece muito o prato, vieiras frescas e grelhadas no ponto correcto - um toque aqui, vira e faz o mesmo, e já está.

Cerejas cozinhadas numa calda própria, acompanhadas de gelado de baunilha (14,50€) - uma sobremesa com produtos locais magistralmente confeccionada, onde podemos identificar os discretos sabores dos licorosos, que fazem o equilíbrio com a acidez provocada.

A carta de vinhos não se revela muito aventureira, no entanto não faltará a casta ou a região que mais se adeque ao seu prato. A minha escolha para este dia foi o Valle Pradinhos branco(22€).

Como já li antes, o serviço apesar de simpático e acolhedor, escusava-se a tanta intimidade e poderia seguir as pegadas do chef, obrigando-se a ser um pouco mais comedido.

Dentro reserva 30 lugares, mas guarda mais 30 disponíveis na esplanada, muito requisitada nesta altura do ano. Não se esqueça de reservar a sua mesa, pois apesar de escondido nas ruas distantes de Vilamoura, é bastante concorrido.

Escondido e discreto é o melhor que Vilamoura tem para oferecer.

Preço médio – 60€

Serviço: 3+, Decoração: 4, Menu: 5, Carta de Vinhos: 3, Preço: 4

Nota Final (0-5) : 4 / Muito Bom

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Casa Gallega

Avenida Padrão Joaquim Lopes 7 C - Paço de Arcos
Tel. 21 443 24 00

Não há nada melhor do que sair totalmente satisfeito de um restaurante.

A Marina cozinha o Fernando recebe, a comida deslumbra e o desfecho é : A Casa Gallega.

A decoração simples a branco e preto, muitas flores, garrafeira à vista e vitrina a expor o peixe sempre fresco, conferem a esta casa um ambiente hospitaleiro e atraente.


A sala é pequena mas ainda assim recebe confortavelmente 50 pessoas. Serviço de pratos e copos adequado ao conceito do restaurante.

Uma ementa que esconde o que as vitrinas anunciam - o marisco e o peixe do dia. Mas nada de pânicos, porque o empregado orgulhosamente anuncia o que de mais fresco esta casa tem para oferecer.

Já avaliando o trabalho da graciosa Marina, que pela forma que cozinha revela logo as suas ascendências galegas, inicio a degustação.


As entradas foram: Boquerones, gambas al ajillo, mexilhão de vinagrete, míscaros à galega, ovas frescas de pescada. Tudo excelente, a um altíssimo nível. Se pensam que fui a seco, enganam-se! Pedi a sangria de champagne que estava de sonho.


Já nos principais comecei pelo tamboril à gallega, peixe fresco bem confeccionado e a magia da cozinheira fazem deste um dos meus preferidos. Os filetes de cherne com coentros e o polvo frito foram os clientes que seguiram.

Agora é a hora do espectáculo sério, chegou a paelha! Rica em produto, com a dose certa de arroz, este acepipe só está disponível por encomenda, mas é certamente uma das melhores que degustei em terras lusas. Como estava tão boa e fresca não saí da sangria, e não me arrependi pois casou com tudo.

Na sobremesa, (depois deste relato perguntam-me certamente se peso 200kg) houve espaço para uma colher da tarde de limão, fresca e com o ponto de açúcar correcto; a mousse de maracujá boa e doce; o “Papão de anjo” e o sempre residente bolo de chocolate.

Não sei mais que diga, a não ser: Uma dos melhores cozinhas de Portugal!

Preço médio – 30€

Serviço: 4, Decoração: 3, Menu: 4+, Carta de Vinhos: 4+, Preço: 4

Nota Final (0-5) : 4 / Muito Bom

Publicado no "I Online" - http://www.ionline.pt/ a 10.09.2009, envie os seus comentários para gourmet@live.com.pt

Perna de borrego com molho de mostarda e coentros

Fotografia Nicolas Lemonnier
http://www.lemonnierfoto.com/

Ingredientes (4 pessoas):
1 perna de borrego com cerca de 1kg
60gr de manteiga
1 colher de mostarda de Dijon
1 colher de coentros em grão
2 dentes de alho
Azeite
Vinho tinto

Preparação:
Aqueça o forno a 150ºC.
Faça uma pasta com a manteiga amolecida, a mostarda, os grãos de coentros, o sal e os dentes de alho picados.
Deite um pouco de azeite num tabuleiro de forno e um copo de vinho tinto.
Ponha a perna no tabuleiro e barre-a toda com a manteiga preparada.
Leve ao forno a assar por cerca de hora e meia ou até a perna ficar tenra.

Sugestão de Vinho:
Por António Coelho, Enólogo

Fonte d’Avis Tinto Colheita Selecionada 2006
Vinho Regional Alentejano
Cor média granada. Aroma de frutos pretos, café e notas apimentadas. Na boca revela-se com taninos muito redondos e com boa acidez. Final especiado envolvente e muito atractivo.
Temperatura de serviço: 16º-18ºC

Caso tenha dúvidas estarei pronto para o ajudar (gourmet@live.com.pt) - a fotografia é apenas uma sugestão de apresentação.

Boa sorte e bom gourmet

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Reúna em privado com sabores gourmet

OJE - Lifestyle - 2009.07.09
Nos dias que correm uma excelente forma de fechar um negócio é impressionando o nosso cliente gastronomicamente.

Quando aqui falo de clientes pode ser um político, um acordo comercial, uma empresa, uma venda milionária, uma reunião de quadros e a agenda da empresa ou até o nosso chefe, ao qual gostamos de agradar e impressionar. Assim, andei a pesquisar por Lisboa e Porto onde é que podemos encontrar espaços que se adequem a este conceito.
A primeira ronda foi difícil e com muitas opções idênticas – uma sala, quatro paredes, uma mesa, várias cadeiras, efeito surpresa: ZERO!
Intensifiquei os meus esforços e consegui descobrir um pouco de tudo. Assim, partilho convosco os que, por algum serviço ou característica, me fixaram a atenção pela excelência da sua confecção.

Em Lisboa comecei pelo luxuoso Four Seasons Hotel Ritz e a sala Boardroom.
Ali tudo é personalizado e nada é deixado ao acaso. No acto da reserva, seja de um ligeiro pequeno-almoço ao rico e luxuoso jantar, é-nos oferecido um serviço de consultadoria para o qual todos são consultados e avisados para o evento, desde o chef Pascal Meynard ao simpático porteiro que nos abre a porta. As salas privadas têm um fee de 200€ para grupos menores que 20. Pequeno-almoço a partir dos 27,50€, almoços dos 50€ e jantares dos 55€. Ainda oferecem um conjunto de serviços complementares: decoração, ligação ao PC, projecção de imagem, estacionamento e outros.

Num ambiente mais descontraído temos a Cervejaria Ramiro, casa sobejamente conhecida pelo seu marisco, presunto e, claro, o prego do lombo. Por aqui é frequente ver empresários e políticos a partilhar uma imperial e umas gambas do Algarve. Com uma garagem a escassos metros da porta, oferece gratuitamente guarida aos automóveis dos seus clientes. A sala privada recebe, no máximo,12 pessoas sendo um espaço descontraído onde a toalha é de papel, a imperial servida em copos gelados, o pata negra é obrigatório, e onde uma grande variedade de marisco são os “serviços” chave do Ramiro. Sem pretensões de ser um local de luxo, oferece um serviço de 5 estrelas que ronda a média dos 35€.

Se a sua onda é mais a comida japonesa ou sushi, então este é o local perfeito
para a sua reunião. Chama-se Estado Líquido e o espaço é o Home Sushi. Leva até 16 pessoas, e ninguém fica de costas para o vizinho, pois a mesa é redonda e ampla e com uma decoração onde o vermelho é o elemento forte. Perto do Barraca e sem estacionamento próprio, oferece a todos os clientes duas horas no parque Vitorino Nemésio. Os valores das refeições começam nos 30€ e daí é sempre a subir. Pode ainda projectar imagens da sua empresa/negócio/produto, basta apenas levar um disco DVD ou o seu PC. Junte ainda o facto Zen de disponibilizarem, na sala adjacente,um serviço e massagem para relaxamento por apenas 50€.

Já com um pé fora de Lisboa temos um conceito mais cool, fashionable e cuja decoração do atlântico que deixa qualquer olho regalado. O Farol Design Hotel permite até 15 pessoas na sala Private Mix e a partir de 30€ (acrescem 450€ para criar exclusividade, mas a vista merece). Aqui não há limites para o pensamento: tudo o que se pretenda e esteja dentro dos limites da razoabilidade do hotel, é lhe cedido! Tudo tem um preço, e o facto de estar disponível impulsiona-nos a comprar.

Já na cidade do Porto podemos encontrar a Sala dos Espelhos no Hotel Infante Sagres com capacidade para 16 pessoas onde, sobre uma decoração luxuosa, podemos escolher uma ementa com a assinatura do conceituado chef Albano Lourenço (1 Estrela Michelin Quinta das Lágrimas). Os menus iniciam-se nos 31€ com um prato, e dois a 33€, adicione 7,5€ e tem as bebidas incluídas. O parque não é próprio mas disponibiliza o confortável serviço de valet parking. E para quem precisa de estar sempre “on”, a Internet sem fios está espalhada por todo o hotel e é gratuita.

Rodeado de vinho encontro a admirável e singular Wine Cellar do Hotel Sheraton
Porto, uma sala que acolhe até oito pessoas, rodeada dos melhores néctares lusos e internacionais. O chef Jerónimo Ferreira gosta sempre de enaltecer as escolhas vínicas nos menus, elaborando uma oferta que se inicia nos 50€. Valet parking disponível.

A velha máxima de que os homens se conquistam pelo estômago vem agora numa versão actualizada: vença no seu negócio revelando-se uma pessoa gourmet.

Para comentar este artigo ou sugerir temas
contacte o autor por mailto:gourmet@live.com.pt

Contactos :
Four Seasons Hotel Ritz Lisboa - Boardroom
www.fourseasons.com/lisbon
Rua Rodrigo da Fonseca, 88 - 1099-039 Lisboa
Tel. 21 381-1400 / Fax. 21 383-1783

Cervejaria Ramiro – Sala Privada
www.cervejariaramiro.pt
Avenida Almirante Reis 1- H - 1150-007 Lisboa
Tel. 21 885-1024 / Fax. 21 886-1647

Estado Liquido – Home Sushi
www.estadoliquido.com
Largo de Santos 5 A - 1200-808 Lisboa
Tel. 21 397-2022

Farol Design Hotel – Private Mix
www.farol.com.pt
Avenida Rei Humberto II de Itália 7 - 2750-641 Cascais
Tel. 21 482-3490 / Fax. 21 484-1447

Hotel Infante Sagres – Sala dos Espelhos
www.hotelinfantesagres.pt
Praça Filipa de Lencastre, 62 - 4050-259 Porto
Tel: 22 339-8500 / Fax. 22 339-8599

Hotel Sheraton Porto – Wine Cellar
sheraton.com/porto
Rua Tenente Valadim 146 - 4100-476 Porto
Tel. 22 040-4000 / Fax. 22 040-4199

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE em 09 Julho 2009

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Bifes da vazia com manteiga

Fotografia Nicolas Lemonnier
http://www.lemonnierfoto.com/

Ingredientes (4 pessoas):
4 Bifes da vazia altos
100gr Manteiga
2 Colheres de coentros picados
4 Dentes de alho picados
Sal e pimenta
Azeite

Preparação:
Aqueça o grelhador.
Pincele a carne com azeite e tempere com azeite e pimenta
Misture os coentros e os alhos picados na manteiga amolecida. Ponha numa folha de alumínio, fala um rolo e deixe ficar no frigorífico.
Quando o grelhador estiver bem quente, grelhe os bifes.
Corte a manteiga às fatias e coloque por cima dos bifes grelhados.

Sugestão de Vinho:
Por António Coelho, Enólogo


Joaquim Calisto, Tinto Reserva 2005
Alentejo D.O.C.
Cor granada com alguma evolução. Aroma de ameixa preta, amora e chocolate preto. Firme na boca, com taninos sólidos, acidez gastronómica. Final longo, persistente com toque vegetal fresco.
Temperatura de serviço: 16º-18ºC

Caso tenha dúvidas estarei pronto para o ajudar (gourmet@live.com.pt) - a fotografia é apenas uma sugestão de apresentação.

Boa sorte e bom gourmet

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Mestres dos Sabores - Alcácer do Sal

Entre o dia 4 e 25 de Julho irá decorrer em Alcácer do Sal os Mestres dos Sabores.

A receita é simples: 4 chefs, 4 restaurantes e muitos produtos gastronómicos, alguns deles só possível de serem encontrados em Alcácer do Sal.

O pão, pinhão, o arroz, o sal, as ostras ou o camarão do rio Sado, são alguns dos exemplos.

Ao dispor dos chefes estão ainda outros produtos regionais como, azeite, pescado e marisco do Sado ou ainda alimentos de produção espontânea nas florestas locais: beldroegas, carrasquinhas ou túberas.

Os pratos irão ser acompanhados por vinhos de produtores do concelho: Herdade da Comporta, Companhia Agrícola da Barrosinha, Herdade de Portocarro e Soberanas.

Todos os interessados em degustar os jantares confecionados por estes quatro grandes chefes, podem e devem, fazer desde hoje a respectiva reserva junto dos restaurantes aderentes.

Dia 4 - Fausto Airoldi
Restaurante "O Brazão"
Tel: 265 622 576 e 968 875 6 45

Dia 11 - Luís Baena
Restaurante "Retiro Sadino"
Tel: 265 613 086 e 962 740 048

Dia 18 – Chakall
Restaurante "Porto Santana"
Tel: 265 622 517

Dia 25 - Leonel Pereira
Restaurante "O Leonardo"
Tel: 265 622 461

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Tasca da Esquina, de Vítor Sobral

http://www.tascadaesquina.com/
Rua Domingos Sequeira 41C
Campo de Ourique - Lisboa
T. 210 993 939

É bom saber que alta cozinha não é apenas em estrelas Michelin!
Já há uma tasca em Campo de Ourique que prima pela excelência gastronómica.

O nome engana, pois foi por piada que surgiu e por graça acabou por ficar.
De tasca não vi nada, até as toalhas de papel são charmosas! O serviço da Vista Alegre brilha e faz brilhar uma decoração atenta ao pormenor em que nada é deixado ao acaso.

A entrada aloja um longo balcão: do lado de lá, o Chef e a sua equipa, do lado de cá duas mesas e algumas cadeiras. Local ideal para quem quiser “mandar” bocas ao Vitor.

Na sala o verde (discreto), faz simbiose com a luz e provoca um ambiente informal, simples mas simpático.

A cozinha, de volta às origens, prova que os grandes chefs são os que pegam no básico e simples, dão o seu toque e sofisticação, mas não destroem a tradição.

Os menus de degustação variam entre:
. sopa + 3 petiscos a 14,50€;
. 5 petiscos a 19,50€;
. 6 petiscos + sobremesa a 26,50€;
. 7 petiscos + queijo + sobremesa a 32,50€.
Pode ainda optar pela carta onde os prat-inhos variam entre os 3€ e os 20€, e entre os "inhos" e os "os".

Os vinhos apresentados por grupos de preço variam entre: copo de 2,50€ a 7,50€ e garrafas de 8,50€ a 28,50€. A variedade para escolha não é extensa, porém adequada e com preços muito aprazíveis.

Há um novo encanto no bairro, e o Chef Vitor Sobral é o grande responsável.

Preço médio – 20€

Serviço: 4, Decoração: 4, Menu: 4+, Carta de Vinhos: 3, Preço: 4

Nota Final (0-5) : 4 / Muito Bom

Cozinha de Escritores – Semana Gastronómica de Coimbra

No próximo dia 3 de Julho, sexta-feira, inicia-se a primeira edição da “Cozinha de Escritores – Semana Gastronómica de Coimbra”, em 25 restaurantes da cidade.

A iniciativa, organizada pela Turismo de Coimbra, alia o melhor de dois mundos: literatura e gastronomia.

Partindo da descoberta de referências gastronómicas em obras dos escritores Eça de Queirós, Miguel Torga e Cristóvão de Aguiar (com percursos de vida relacionados com Coimbra), foi realizada uma criteriosa selecção de pratos tradicionais portugueses que serão reinventados com a mestria dos chefes de cozinha dos restaurantes aderentes.

Assim, de 3 a 12 de Julho, a população residente e visitante de Coimbra poderá degustar iguarias gastronómicas em contacto directo com as respectivas passagens literárias onde surgem mencionadas.

Os 25 restaurantes aderentes:

Panorama, Hotel D. Luis
Quinta da Várzea - 3040-091 Coimbra
T. 239 802 120 - geral@hoteldluis.pt
Magistrado, Hotel Tryp Coimbra
Av. Armando Gonsalves, LT. 20 3000-049 Coimbra
T. 239 484 658 - elisabete.magistradohotel@sapo.pt
Colo da Garça, Hotel D. Inês
Rua Abel Dias Urbano, Nº 12 3000-001 Coimbra
T. 239 855 800 - direccao@hotel-dona-ines.pt
Porta Férrea, Hotel Tivoli Coimbra
Rua João Machado, Nº 4-5 3000-226 Coimbra
T. 239 826 934 - reservas.htc@tivolihotels.com
Arcadas da Capela, Hotel Quinta das Lágrimas
Rua António Augusto Gonçalves 3041-901 Coimbra
T. 239 802 380 - comercial@quintadaslagrimas.pt
A Petisqueira do Terreiro
Terreiro da Erva, 20. r/c 3000-153 Coimbra
T. 918 928 796
Adega Típica A Pharmácia – 7 Sabores de Aldeia
Rua do Brasil, 81/85 3030 – 175 Coimbra
T. 239 703 193
A Taberna
Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 86 3000 – 181 Coimbra
T. 239 716 265 - ataberna25anos@gmail.com
Cantinho do Reis
Terreiro da Erva, 16 3000 – 153 Coimbra
T. 239 824 116
Carmina de Matos
Praça 8 de Maio, 2-10 3000 – 300 Coimbra
T. 239 823 510 - carminadematos@iol.pt
Churrasqueira da Cidreira
Estrada Nacional 111 – Cidreira 3025 – 654 Coimbra
T. 239 961 215
Colher de Pau
Rua do Brasil, 56 3000 – 775 Coimbra
T. 239 403 544 - j-merces@hotmail.com
Cova Funda “O Espanhol”
Rua da Sofia, 117 3000 – 390 Coimbra
T. 239 825 195
D. Pedro
Av. Emídio Navarro, 58 3000 – 150 Coimbra
T. 239 829 108
La Fiesta
Rua do Carmo, 54 - Loja 4 3000 – 064 Coimbra
T. 239 821 246 - rest.lafiesta@gmail.com
Nacional
Rua Mário Pais, 12 - 1º 3000 – 300 Coimbra
T. 239 829 420 - restaurantenacional@sapo.pt
Novo Rest Coimbra
Vale das Flores, Edifício Makro 3030 – 191 Coimbra
T. 239 702 056 - M. novorest.coimbra@eurest.pt
O Porquinho
Quinta da Ribeira, 1 Coselhas 3000 – 125 Coimbra
T. 239 494 036 - geral@oporquinho.com
Praça do Marisco
Rua João de Deus Ramos, 145 3030 - 328 Coimbra
T. 239 403 384 - pracadomarisco@hotmail.com
Quinta da Romeira
Rua António Pinho Brojo, lote 56 - Urb. da Romeira 3030 – 116 Coimbra
T. 239 781 301 - quintadaromeira@sapo.pt
A Portuguesa
Parque Verde 3000 – 476 Coimbra
T. 239 842 140
Restaurante da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra
Quinta da Boavista 3000 – 076 Coimbra
T. 239 007 000 - ehtcoimbra@turismodeportugal.pt
Restaurante Dona Elvira
Estrada da Beira, 389 R/C 3030-426 COIMBRA
T. 239 701 460
Democrática
Rua da Sofia / Travessa Rua Nova, 5 3000-298 COIMBRA
T. 239 823 784
Cervejaria Praxis
Urb. Quinta da Varzea, Lt 29 - Santa Clara 3040-380 COIMBRA
T. 239 440 207

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