Doca do Bom Sucesso - Lisboa
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O nome não poderia estar mais adequado ao espaço envolvente: Feitoria!
Longe estão os tempos da Flandres, Arguim e Cabo Frio. Fica a saudade de quando éramos tão grandes que nem no mapa-mundi cabia tudo o que descobrimos e conquistámos.
Foi com este mote que o Grupo Altis e o Chef José Cordeiro arriscaram e conseguiram uma verdadeira proeza: criar um ambiente distinto, apetecível e simpático. Um espaço cheio de referências a tudo de grande que fazemos.
O cenário tem como fundo os Descobrimentos. Não preciso entrar no espaço para ser cativado pelas figuras que estilizam a época. Alguns passos mais e sou obrigado a parar e contemplar: avisto o Padrão dos Descobrimentos e o Tejo como pano de fundo. Não há palavras que possam descrever esta visão.
Agora, o meu espírito é de explorador, e tudo o que vejo absorvo. Mais uns passos e descubro uma mezzanine que acolhe outro conjunto de mesas. Mas o meu olhar desvia-se logo para a parede de fundo: um frigorífico que alberga as visíveis 1800 garrafas. Aqui posso afirmar: é mais do que armário de vinhos, é uma peça chave na mobília da casa.
O Sol brilha, e o vento sopra numa brisa que torna o calor suportável. Vou optar pela esplanada, e entrar em sintonia embalado pelo sons da natureza.
A carta, primorosamente concebida, pensa no bem-estar dos clientes apresentando em cada prato o seu detalhe, tempo de preparação, e o vinho aconselhado pelo sommelier.
O amuse bouche foi 6 variações sobre o tema das ostras: Ostra na sua casca com ar de lima; tempura de ostra com compota de tomate; ostra com molho ponzu e salada de courgette; chips de topinamburgo, ostra e esferas de pepino; tomate cherry com ostra e vinagrette de balsâmico; ostra cm gelatina de romã e espargos verdes, guarneci-me com o Champagne G.H. Mumm Cordon Rouge.
A Vitela grelhada fez-se acompanhar por batata-doce gratinada com queijo da serra e espargos verdes e o peixe-galo com puré de abóbora manteiga e lulas chapeadas. Casados respectivamente com o Pontual Shiraz Tinto 2006 e o Covela Escolha White 2007.
Para sobremesa, e já com pouco espaço no estômago, não fraquejei e enfrentei a fácil tarefa de degustar a Sericaia com gelado de ameixa d’Elvas, seu creme e espuma de hortelã da ribeira e a Sopa dourada em calda de maracujá e frutos do campo, gelado de pão alentejano - o Alentejo e Trás-os-Montes representados na cozinha do chef Cordeiro. Pois se pensa que fui a seco, nada disso, aqui a palato deleitou-se com o Burmester 10 Year Old Tawny Porto.
Chega o café e volto a ficar surpreendido com arrojada linha das chávenas NewWave Caffè da Villeroy e Bosch. Acrescente-se que o “pires“ trazia um pequeno mimo: castanha de Viseu.
O Restaurante Feitoria é um verdadeiro posto avançado do grande império gastronómico português!
2º foto - Foie gras corado
3ª foto - Peixe-galo
4ª foto - Vitela grelhada
5ª foto - Sericaia
6ª foto - Sopa dourada