OJE - Lifestyle - 2010.03.29
Montreal foi a cidade escolhida no Canadá para acolher os 32 chefes de cozinha e 18 produtores de vinho, na 11ª edição do Festival Montreal High Lights Wine and Dine experience.
Trinta e dois chefes de cozinha e dezoito produtores de vinhos estiveram presentes na 11ª edição do Festival Montreal High Lights - SAQ (Société des alcools du Québec) Wine and Dine experience. Portugal foi o país convidado e foi representado por 21 dos mais conceituados chefes a trabalhar em solo luso, sendo Fausto Airoldi o presidente honorário.
Este evento, promovido pela Air France, criou a oportunidade para, durante 11 dias, apresentar as melhores técnicas e receitas da mais alta gastronomia praticada em Portugal na maravilhosa cidade de Montreal no Canadá.
Além do presidente honorário, a representação lusa contou ainda com mais 20 chefes portugueses. De Lisboa foram a Isabelle Alexandre (Adlib), Sergi Arola (Arola), José Avillez (Tavares), Luis Baena (Manifesto), Nuno Diniz (A Confraria), Vítor Claro (ex- Malhadinha e actualmente na Estalagem Albatroz), Joachim Koerper (Eleven), Leonel Pereira (Panorama - Sheraton), Henrique Sá Pessoa (Alma), Paulo Pinto (Belvedere), Vítor Sobral (Tasca da Esquina), Ljubomir Stanisic (100 Maneiras), e de outras zonas do país, foram os chefes Luís Américo (Mesa no Porto), Rita Chagas (Ribamar em Sesimbra), Marco Gomes (Foz Velha no Porto), Albano Lourenço (Arcadas em Coimbra), António Nobre (Degust´AR em Évora), Pedro Nunes (São Gião em Guimarães), Rui Paula (restaurante D.O.C, em Armamar), e José Júlio Vintém (Tomba Lobos em Portalegre).
O festival dividiu-se em três grandes temas: gastronomia, artes de palco e luz, sendo o tema que se concentra na cozinha e na mesa o que merece maior relevância e incidência, pois não é à toa que Montreal é conhecida como uma das cidades mais exigentes e conhecedoras das artes culinárias.
Assim, durante os dias do festival, 50 restaurantes espalhados pela cidade receberam os vários chefes (alguns dos quais prepararam quatro refeições, tal não foi o sucesso) que, apesar de não terem tido o apoio de qualquer entidade lusa, foram recebidos de braços abertos pelas entidades locais, bem como pela extensa comunidade lusa no Canadá.
Não menos importantes foram os 18 produtores de vinhos portugueses que se deslocaram com a comitiva nacional, mais uma vez por iniciativa própria e orgulho em estar presentes num dos mais importantes eventos gastronómicos do mundo. Estes, em conjunto com os chefes, diariamente apresentaram os seus vinhos, criaram harmonizações e foram altamente reconhecidos pelos seus produtos de qualidade, divulgando o bom nome do vinho de Portugal no segundo maior país em termos de área total.
Para o chefe António Nobre do Degust'Ar "a experiência foi formidável, desde o acolhimento ao acompanhamento, eu e o meu subchefe sentimo-nos sempre em casa.
Ficámos no restaurante Portuscalle, da Helena Loureiro, uma portuguesa lutadora, uma empresária de sucesso... com uma equipa de profissionais excelentes, incansáveis connosco.
Vai ficar na memória.
Acho que deve ser repetida por outros chefes porque, em Portugal, há muitos e bons. Os produtores de vinho estrelaram e fizeram um trabalho fantástico. Foi um sucesso.
Eu estava tão orgulhoso que no último jantar fiz todos os clientes cantarem o Hino Nacional."
O empresário Carlos Ferreira, português de gema, tanto lutou que fez com que o evento fosse possível, e todos os chefs e produtores foram unânimes em mencionar que este foi o grande responsável por todos se sentirem em casa.
"Foi um sucesso! Um sucesso construído por várias mãos e cabeças. Senti uma estranha cooperação no ar e um sentido de equipa que nunca tinha visto tão amplo. O objectivo, acho, foi cumprido: Divulgar e divulgarmo-nos.
Em Portugal, só se fala de dois ou três chefes, porque é que havia de ser no Canadá que se iam falar dos outros todos? O objectivo como disse, foi cumprido, a logística funcionou perfeitamente. Uma palavra que nos emocionou a todos: hospitalidade.
Todos fomos irrepreensivelmente bem recebidos e tratados como grandes profissionais por grandes profissionais!", confessa Vitor Claro chefe do Albatroz.
Os produtores de vinhos são todos referenciados pelos chefes como uma das chaves do sucesso, pois lá estiveram representados a Quinta do Vallado, Dona Maria, Herdade das Albernoas, DFJ Vinhos, Quinta do Portal, Luís Louro da Quinta do Mouro, Caves Aliança, Luis Pato Wines, J. Portugal Ramos, CARM, Quinta do Crasto, Malhadinha Nova, José Maria da Fonseca, Duorum, Quinta do Chocapalha, Niepoort, Quinta Do Vale Dona Maria e Herdade do Esporão.
O chefe Leonel Pereira, do Panorama do Sheraton, revela "a principal razão para este evento funcionar tão bem é porque, ao contrário dos congressos de cozinha, em que todos são pagos e há uma rivalidade e uma fogueira de vaidades à procura do flash, neste evento não fomos apoiados por nenhuma entidade estatal, foi apenas pelo prazer de estar presente e de divulgar a gastronomia e produtos portugueses.
Uns com técnicas mais avant-gard, outros de forma mais rústica, realçaram e destacaram de forma orgulhosa a cozinha nacional. Mostrámos o nosso país e a nossa gastronomia, e não as nossas individualidades ou caprichos."
Para mais informações ir ao site www.festivalmontrealenlumiere.com
Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 29 de Março de 2010
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