domingo, 18 de dezembro de 2011
Finalmente é Sexta-feira
Dar um pulinho à outra margem, aprender a cozinhar de uma forma divertida, ouvir um concerto exclusivo do Tiago Bettencourt num hotel de charme, diversificar o cozinheiro amador que está dentro de si ou apreciar um fantástico tinto, são algumas das minhas sugestões para este fim-de-semana.
Niguém pára o Chefe Cordeiro.
Depois do sucesso do Masterchef, onde foi o presidente do júri, e de ter recebido uma estrela Michelin para o restaurante Feitoria em Lisboa (sendo a segunda vez que é distinguido com este galardão), é agora tempo de publicar o seu livro de receitas.
Querendo distinguir-se um pouco do que já se vê muito pelas livrarias, a proposta é simples, mas inovadora: receitas para os cozinheiros amadores. "O meu livro nasce da vontade de partilhar um pouco do que sei, mas, sobretudo, o que me delicia na cozinha. Sendo transmontano, sou naturalmente um bom garfo com especial apreço pelo que é português", esclarece Cordeiro que, depois de estar diariamente a gravar com vários cozinheiros amadores no Masterchef, inspirou-se, fazendo um livro para aqueles que adoram cozinhar e têm paixão pela cozinha, os quais apelida de cozinheiros amadores.
PVP: €19,90
Restaurante Atira-te ao Rio
Há restaurantes no nosso país que são verdadeiramente fascinantes, e o "Atira-te" é um desses fenómenos!
No Cais do Gingal, sentado na esplanada ao som do rio "mixado" com os ritmos alegres do Brasil, a vista sobre a cidade de Lisboa é verdadeiramente apaixonante.
Na mesa, os sabores têm uma forte veia canarinha e, para quem gosta de uma boa feijoada à brasileira, aos sábados há sempre muita e boa, e só param de servir quando estiver satisfeito.
Mas, para quem prefere outros sabores, a carta oferece muita variedade, desde os bolinhos de bacalhau ou aos mexilhões à la moqueca, passando pelos compostos pratos de peixe e carne com um gostinho ao Brasil.
Cais do Ginjal 69/70, Almada
T: 212 751 380
www.atirateaorio.pt
Preço médio €23
Convento do Espinheiro e a Tasca do Chefe
Não há nada como simplificar e voltar às origens de uma forma educativa, e foi isso mesmo que aconteceu em Évora, no Covento do Espinheiro.
A formula é simples e bastante atraente: convidar os cliente a petiscar os sabores do Alentejo, cozinhando com o chefe Mourão.
O forno é de lenha, a mesa corrida de madeira, o ambiente é informal, e todos podem cozinhar uns ovos mexidos com farinheira, uns cogumelos salteados com ervas, muita caça, sempre a conversar e aprender como fazer na companhia do chefe.
Para tal, quando chegar ao hotel ou na altura da reserva, mencione a tasca do chefe e divirta-se a comer e a aprender.
Convento do Espinheiro Hotel & SPA
7002-502 Évora
T: 266 788 200
www.conventodoespinheiro.com
Abandonado 2005
Produzido das castas Tinta Amarela, Touriga Franca, Tinta Nacional, outras de vinhas com mais de 80 anos, é um vinho único e verdadeiramente extraordinário.
Estagiou 18 meses em barricas novas de carvalho português e francês, seguido de um estágio em garrafa de 12 meses, tendo um potencial de envelhecimento de mais de 20 anos. Poderia estar aqui a falar de aromas, persistência ou outras notas técnicas, mas vou resumir tudo a um parágrafo.
É um vinho macio, elegante e apaixonante, sendo excelente hoje, amanhã ou daqui a vários anos, estando pronto para beber, seja para apreciar de forma isolada ou a acompanhar pratos robustos de carne ou de caça.
Sirva entre os 17ºC e os 18ºC e decantado pelo menos com uma hora de antecedência.
PVP: €45,00
Unique Stays e Tiago Bettencourt
Aqui está uma ideia diferente, onde se combina uma escapada, um jantar, um serão com concerto e ainda o contributo para uma campanha de beneficência Ajudar a Ajudar.
Os hotéis escolhidos são a Quinta da Palmeira, em Arganil; o Imani Country House, em Évora; e Memmo Balieira, em Sagres, todos com um programa de estadia, jantar e um concerto do Tiago Bettencourt exclusivo, onde o músico vai apresentar o seu novo trabalho.
Trata--se de um livro e CD lançado pela primeira vez numa forma original em três pequenos hotéis de charme.
Os preços variam entre os €102 e os €197, dependendo de se pretende só jantar e serão, ou alojamento e serão ou o mais completo alojamento, jantar e serão.
As reservas podem ser feitas através do site www.uniquestays.pt/concertos-unicos
Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 16 de Dezembro de 2011
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Vinhos
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Compre o que é nosso: Banana da Madeira
Há
muitos anos que, quando chegamos a uma mercearia, supermercado ou grande
superfície, não temos dúvidas em identificar a Banana da Madeira. O seu tamanho
um pouco mais reduzido quando comparado com outras variedades é bastante
identificativo, ainda no campo visual a banana enquanto verde é bastante verde,
e amarela quando madura, ganhando umas manchas pretas quando está no seu ponto
“rebuçado”.
Desde
o século XVI que tem sido um produto de excelência desta ilha, muito utilizada
não só para se comer num acto isolado, como também é um alimento característico
da gastronomia madeirense. Quem lá vai não prescinde de comer um outro
ex-libris da Madeira: O peixe-espada com a banana utilizada como guarnição, e
como duas não passa sem três, junta-se um copo de vinho da Madeira e temos um
casamento perfeito.
Mas
é quando amadurecida que a banana da madeira se revela como um fruto completo -
de digestão fácil e muito nutritiva, é igualmente muito aromática, transferindo
facilmente o seu aroma para outros alimentos.
É
no século passado, XX, que ganha o seu maior esplendor mediático, quando começa
a ser comercializada e exportada para o continente, e apesar de ainda não
chegar com frequência aos mercados internacionais, já representa uma produção
de 15.000 toneladas por ano, onde 20% são para consumo interno, e os restantes
80% são vendidos em Portugal Continental.
Neste
momento, o consumo de banana no mercado nacional é de 150.000 toneladas, ou
seja, se nós somos 10.000.000 de habitantes quer dizer que em média cada
português consome 15Kg de banana, sendo apenas 10% da Madeira. Mesmo com um
crescimento de 7,6% ao ano, há que pensar em nacional, pois só assim elevaremos
não só um excelente produto alimentar como a nossa economia interna.
E
para o convencer, aqui estão alguns factores que poderão ajudar na sua decisão:
A banana é um fruto bastante nutritivo e energético que contem minerais, ferro,
potássio e as vitaminas A, C, B1, B2 e B5.
Apesar
deste fruto atingir o ponto máximo de produção entre os meses de Maio a
Outubro, ela pode ser encontrada durante todo o ano, sendo um produto português
para se consumir todos os dias, e porque é nacional e porque é bom!
Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 06 de Dezembro de 2011
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OJE,
Produtos Nacionais
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Brancos no inverno?
Chegou o frio e a chuva, típicos da estação do
Inverno, e os brancos e os rosés tornam-se material estacionário das
prateleiras.
Há uma forte resistência em consumir este tipo de vinhos fora do Verão, certamente por se beberem frescos e, nas alturas de maior desconforto térmico, opta-se por aquele que se adequa melhor às condições: tintos para aquecer, brancos e rosés para refrescar. Este é um pensamento que acredito ser desadequado e inapropriado, pois durante o calor, refrescam-se as casas, e, quando está frio, há o aquecimento, havendo, dentro das casas, uma temperatura quase constante durante o ano inteiro. Perante estes factos, porquê a resistência? Há que largar os estereótipos, combater a resistência e, de uma vez por todas, alargar de forma regular o consumo dos brancos e rosés ao longo do ano. Se os espumantes não se confinam às estações, por que razão havemos de beber os brancos e rosés apenas nos dias solarengos? Eis aqui um conjunto de brancos que recentemente provei, gostei e sei que se podem beber nos diferentes 365 dias do ano.
Vila Santa Reserva Branco 2010
Vinificado das castas Antão Vaz, Arinto e Verdelho, fermenta parcialmente em barricas novas de carvalho francês e o restante em cubas de aço inox, resultando num vinho de cor esverdeada, com aromas citrinos, alguma fruta tropical e umas ténues notas de especiarias.
Boa estrutura, onde o equilíbrio da madeira é revelador de uma grande elegância.
Correndo o risco de me repetir, este é o tipo de vinho que casa bem com um bom peixe grelhado ou frito.
Teor Alcoólico 13,5%. PVP €9,99
Quinta do Vallado Moscatel Galego Douro Branco 2010
Produzido apenas da casta Moscatel Galego, cuja grande distinção está em ter 50% das uvas de vinhas velhas com mais de 30 anos e os restantes 50% provenientes de vinhas com cerca de 13 anos.
Não é o típico moscatel doce, antes pelo contrário, é seco e bastante floral. Na boca, dominam novamente os sabores florais, terminando com uma frescura intensa e prolongada.
Diria que poderá acompanhar algum tipo de gastronomia específica, mas o meu conselho é que o beba como aperitivo a acompanhar os petiscos que precedem a refeição.
Teor Alcoólico 12%. PVP €8
Quinta do Alqueve Fernão Pires Branco 2010
Produzido 100% da casta Fernão Pires, que tem demonstrado dar-se bem pelos terrenos arenosos e argilosos do Ribatejo, apresenta-se, à semelhança dos anos anteriores, com uma cor amarela citrina no interior e com um exterior muito diferente.
Os rótulos mudaram, sendo mais modernos e apelativos, mas o conteúdo mantém-se positivo e inalterado ao nível da qualidade.
Nariz delicado, revelando flor de tangerineira, alguma hortelã, terminando equilibrado e com boa acidez. Ideal para acompanhar pratos de peixe ou marisco grelhado.
Teor Alcoólico 12,5%. PVP €6,5
Quinta das Apegadas Branco 2010
Vinificado das castas Viosinho, Rabigato, Malvasia Fina e Gouveio, resulta num branco de cor citrina brilhante.
É um vinho que revela um nariz muito jovem e expressivo, no entanto bastante elegante. Fruta tropical, lima, limão, e alguma mineralidade, combinados com toques florais são os aromas mais expressivos.
Já na boca, é fresco, longo e refinado.
Além das sugestões evidentes, como peixes e marisco, algumas carnes brancas serão certamente bom casamento para o Quinta das Apegadas.
Teor Alcoólico 13%. PVP €6,5
Cabriz Encruzado Dão D.O.C. Branco 2010
Produzido 100% da casta Encruzado, sendo a sua fermentação iniciada após a decantação pelo frio, terminando em barricas de carvalho francês, onde é realizada battonage, permanecendo durante vários meses até ao seu engarrafamento.
O resultado é um nariz muito aromático, mineral, com algumas notas de toranja. A madeira casou bem com o néctar, dando-lhe um bom volume sem roubar a acidez.
Termina longo e equilibrado. Já o bebi a acompanhar os mais diversos pratos, desde um ravioli de vitela com molho trufado a um peixe assado no forno, sendo um vinho bastante gastronómico.
Teor Alcoólico 13,5%. PVP €7
Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 30 de Novembro de 2011
Há uma forte resistência em consumir este tipo de vinhos fora do Verão, certamente por se beberem frescos e, nas alturas de maior desconforto térmico, opta-se por aquele que se adequa melhor às condições: tintos para aquecer, brancos e rosés para refrescar. Este é um pensamento que acredito ser desadequado e inapropriado, pois durante o calor, refrescam-se as casas, e, quando está frio, há o aquecimento, havendo, dentro das casas, uma temperatura quase constante durante o ano inteiro. Perante estes factos, porquê a resistência? Há que largar os estereótipos, combater a resistência e, de uma vez por todas, alargar de forma regular o consumo dos brancos e rosés ao longo do ano. Se os espumantes não se confinam às estações, por que razão havemos de beber os brancos e rosés apenas nos dias solarengos? Eis aqui um conjunto de brancos que recentemente provei, gostei e sei que se podem beber nos diferentes 365 dias do ano.
Vila Santa Reserva Branco 2010
Vinificado das castas Antão Vaz, Arinto e Verdelho, fermenta parcialmente em barricas novas de carvalho francês e o restante em cubas de aço inox, resultando num vinho de cor esverdeada, com aromas citrinos, alguma fruta tropical e umas ténues notas de especiarias.
Boa estrutura, onde o equilíbrio da madeira é revelador de uma grande elegância.
Correndo o risco de me repetir, este é o tipo de vinho que casa bem com um bom peixe grelhado ou frito.
Teor Alcoólico 13,5%. PVP €9,99
Quinta do Vallado Moscatel Galego Douro Branco 2010
Produzido apenas da casta Moscatel Galego, cuja grande distinção está em ter 50% das uvas de vinhas velhas com mais de 30 anos e os restantes 50% provenientes de vinhas com cerca de 13 anos.
Não é o típico moscatel doce, antes pelo contrário, é seco e bastante floral. Na boca, dominam novamente os sabores florais, terminando com uma frescura intensa e prolongada.
Diria que poderá acompanhar algum tipo de gastronomia específica, mas o meu conselho é que o beba como aperitivo a acompanhar os petiscos que precedem a refeição.
Teor Alcoólico 12%. PVP €8
Quinta do Alqueve Fernão Pires Branco 2010
Produzido 100% da casta Fernão Pires, que tem demonstrado dar-se bem pelos terrenos arenosos e argilosos do Ribatejo, apresenta-se, à semelhança dos anos anteriores, com uma cor amarela citrina no interior e com um exterior muito diferente.
Os rótulos mudaram, sendo mais modernos e apelativos, mas o conteúdo mantém-se positivo e inalterado ao nível da qualidade.
Nariz delicado, revelando flor de tangerineira, alguma hortelã, terminando equilibrado e com boa acidez. Ideal para acompanhar pratos de peixe ou marisco grelhado.
Teor Alcoólico 12,5%. PVP €6,5
Quinta das Apegadas Branco 2010
Vinificado das castas Viosinho, Rabigato, Malvasia Fina e Gouveio, resulta num branco de cor citrina brilhante.
É um vinho que revela um nariz muito jovem e expressivo, no entanto bastante elegante. Fruta tropical, lima, limão, e alguma mineralidade, combinados com toques florais são os aromas mais expressivos.
Já na boca, é fresco, longo e refinado.
Além das sugestões evidentes, como peixes e marisco, algumas carnes brancas serão certamente bom casamento para o Quinta das Apegadas.
Teor Alcoólico 13%. PVP €6,5
Cabriz Encruzado Dão D.O.C. Branco 2010
Produzido 100% da casta Encruzado, sendo a sua fermentação iniciada após a decantação pelo frio, terminando em barricas de carvalho francês, onde é realizada battonage, permanecendo durante vários meses até ao seu engarrafamento.
O resultado é um nariz muito aromático, mineral, com algumas notas de toranja. A madeira casou bem com o néctar, dando-lhe um bom volume sem roubar a acidez.
Termina longo e equilibrado. Já o bebi a acompanhar os mais diversos pratos, desde um ravioli de vitela com molho trufado a um peixe assado no forno, sendo um vinho bastante gastronómico.
Teor Alcoólico 13,5%. PVP €7
Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 30 de Novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Ainda sobre as estrelas Michelin…
Estive uns dias fora e tive tempo de pensar melhor em
todo este espectáculo triste que é a atribuição de estrelas Michelin! Já passou
o tempo em que olhávamos para o guia vermelho e tínhamos a certeza de que os que
por lá vinham distinguidos eram os melhores entre os melhores, se faltava algum
era porque ainda não tinha sido visitado – um azar!
Outro ponto que era sempre certo era que, como os
inspectores são todos espanhóis, havia sempre uma maior tendência a distinguir
os restaurantes dos nuestros hermanos preterindo os nossos.
Nos últimos anos tenho assistido ainda a um decréscimo
maior em relação à nossa alta gastronomia vista pelos olhos dos tais inspectores
– sendo os pontos de cocção um dos temas mais controversos!
Lá porque do outro lado
da fronteira gostam de comer o peixe cru, num estilo muito estranho de sashimi,
não quer dizer que aqui também se coma da mesma forma. Aliás, só mesmo em
Espanha é que se aceita alguns pontos de cocção, seja em que alimentos for, e
acha-se o máximo.
Nós e o mundo gostamos dos nossos pontos de outra forma e lá
porque esteja na moda comer quase cru muitas das proteínas, não quer dizer que
seja sempre agradável.
Este ano o guia conseguiu a proeza de acertar em cheio
em algumas das estrelas, falhar redondamente naqueles que mereciam e
catastroficamente em alguns que mantiveram.
Começo pelas injustiças: se a terceira estrela para o
Vila Joya e a segunda para o Fortaleza do Guincho já são merecidas, a estrela
que ainda não foi dada ao Panorama do Sheraton Lisboa e ao chefe Leonel Pereira
é perfeitamente absurda!
Será que estes senhores têm alguma coisa contra este
talentoso chefe? Não há justificação para não distinguir um dos mais talentosos chefes lusos da actualidade.
Tenho de dar os parabéns ao Guia porque deu uma estrela ao Feitoria e uma nova ao Ocean, passando assim para duas!
Outra situação que não se percebe é a manutenção das
estrelas do Tavares em Lisboa e do Willies em Vilamoura. O Tavares baixou o
standard, criando menus económicos, o que não abona em seu favor, e depois mudou
de chefe e de rumo – quem ganhou a estrela foi a criatividade do chefe José
Avillez e não o conservadorismo do francês Aimé Barroyer, que apesar de todo o
seu mérito como grande mentor de muitos chefes da nossa praça, não há razão para
manter a estrela.
Depois o Willies, esse leva-nos a pensar se os inspectores vão
mesmo lá! Além de uma cozinha que me agrada e não me desaponta, não me deslumbra
certamente, e para rematar a negatividade, o serviço de sala é tão medíocre que
não me leva a perceber a escolha neste espaço.
Posso apontar vários no Algarve que fariam o guia ter muito mais credibilidade, como o Pequeno Mundo em Almancil, o Vistas em Cacela Velha, Ou o Emo em Vilamoura – francamente não consigo perceber.
Posso apontar vários no Algarve que fariam o guia ter muito mais credibilidade, como o Pequeno Mundo em Almancil, o Vistas em Cacela Velha, Ou o Emo em Vilamoura – francamente não consigo perceber.
O São Gabriel apesar de mudar de chefe como quem muda de carta, tem mantido o alto padrão de gastronomia, e apesar de por vezes manter a porta fechada por muito tempo, quando a abre, fá-lo em estilo!
Depois a novidade, uma estrela para o Yeatman, pouco
mais de um ano de trabalho e já dá direito a estrela, se é merecida? Isso
nem contesto, porque o trabalho do chefe Ricardo Costa já é conhecido e
reconhecido pelos inspectores, mas se 14 meses de vida são suficientes para não
terem dúvidas, porque será que alguns com mais de 36 meses de excelência não o
merecem? Qual será o critério?
Vou dar o benefício de mais um ano ao guia Portugal & Espanha da Michelin, se para o ano não assistir a justeza e honestidade,
banirei a menção ao guia vermelho em todos os meus escritos a partir dessa data.
Haja honestidade e, acima de tudo, integridade.
As pessoas não são
estúpidas.
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
As estrelas michelin 2012
Hoje em Barcelona foram reveladas as novidades do Guia
Michelin Portugal e Espanha para 2012, e como eu já tinha previsto
anteriormente, este seria um ano de mudança em Portugal, principalmente para
melhor! Não só ganhamos duas novas “uma” estrela Michelin, como o guia vermelho
estendeu para dois, os restaurantes com “duas” estrelas Michelin.
Assim para
novidades e com uma estrela Michelin, temos o restaurante Feitoria – Hotel Altis
Belém sob o comando do meu amigo e talentoso Chefe Cordeiro, e o restaurante do
Hotel Yeatman com o jovem e talentoso Ricardo Costa. Facto curioso é que em
ambos os casos é a segunda vez que são galardoados e distinguidos pela Michelin.
Já com duas estrelas, houve mais uma entrada e desta feita foi para Porsches no
Algarve e para o restaurante Ocean – Hotel Vila Vita Park, onde o comando das
tropas recai sobre o talentoso Hans Neuner.
Se para estes não havia dúvidas, ficaram para mim duas
lacunas na reduzida lista: restaurante Panorama do Hotel Sheraton Lisboa onde o
trabalho do Chefe Leonel Pereira mereciam e merecem a distinção, e para o
restaurante do Hotel Fortaleza do Guincho onde a segunda estrela teima em
aparecer, e para mim a equipa comandada pelo Chefe Vincent Farges já mais do
que merece – tem direito "a"!
Como seria de esperar o restaurante Amadeus em Almancil
perde a estrela, mas com as portas fechadas não há milagres!
A lista complecta para 2012 e Portugal: Duas estrelas – “Ocean”
(Porshes), “Vila Joya” (Albufeira); Uma estrela - ”Feitoria” e "Tavares"(Lisboa),
"Willie's" (Quarteira), "São Gabriel" e
"Henrique Leis" (Almancil), "Il Gallo
d'Oro"(Funchal), "Arcadas da Capela" (Coimbra), "Casa
da Calçada" (Amarante), "Fortaleza do Guincho" (Cascais) e
“The Yeatman” (Vila Nova de Gaia).
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