sexta-feira, 23 de julho de 2010

Finalmente sexta-feira

A parte que eu mais gosto da minha profissão é a descoberta, todas as semanas viajo de um lado para outro na demanda das melhores refeições, dos mais fabulosos vinhos e, acima de tudo, procuro o que é diferente.

Assim, e porque tenho esta missão, junta-se uma outra tão mais importante, que é a da partilha.

Ora, para que serviria procurar tanto se não pudesse contar a todos o que vi, comi ou bebi?

Começando pelo Norte, junta-se o útil ao agradável: o restaurante BB Gourmet Bull&Bear e o produtor prepararam para si um menu especial, onde poderá degustar um risotto de sapateira com o complexo e aromático Maritávora Reserva Branco, ou uma dourada tépida em Porto e Soja com o fresquíssimo e jovial Maritávora Branco 2008.

O preço do menu é de 25€, e 12€ para o suplemento de vinhos. Marcações e reservas através do 226 107 669 - www.bbgourmet.net .

Já o Ribatejo, região que até há poucos anos tinha sido esquecida pelos cronistas de vinhos, agora está em grande!


Ora recorde-se que até a grande medalha de ouro do prestigiadíssimo Concours Mondial de 2010 para um rosé foi para um produtor ribatejano.

Falo do Casal da Coelheira Rosé 2009.

A partir das castas Syrah e Touriga Nacional nasceu um vinho intenso, concentrado e fresco, fantástico para acompanhar um bom marisco.

Poderá encontrar a 4€ nas principais garrafeiras - www.casaldacoelheira.pt.

Chegando a Cascais, as novidades nunca desiludem.

Desta vez quem surpreende é o Chefe Paulo Pinto, que finalmente abriu as portas do Belvedere.

O restaurante mais cuidado do Grande Real Villa Itália, onde o chefe alarga a sua criatividade, utiliza os melhores produtos a que tem acesso e deslumbra em todas as suas obras.

Curiosa a inclusão dos pratos premiados dos chefes da equipa olímpica que preside, (Carlos Gonçalves e Celso Padeiro, Luís Sousa, Rui Fernandes, Anderson Terra).

Os menus de degustação ficam entre 70€ - 5 pratos, 85€ - 7 pratos (sem bebidas), e às quartas-feiras há o menu de degustação do Chef Paulo Pinto com 4 pratos apenas a 30€.

Pode também, aos domingos, optar pela Barbecue Cool Party: grelhados, Dj's, e muita boa disposição junto à piscina, entre as 18h30 e as 23h, e o preço é de 39€ PAX.

Reservas através 210 966 000 - www.granderealvillaitaliahotel.com.

Termino no Algarve, e num dos meus restaurantes preferidos desta região: O Pequeno Mundo! Cozinha francesa despretensiosa, ao seu melhor estilo e qualidade.

O Chef chama-se Guy Doré, e desde que chegou ao Algarve nunca mais largou esta nossa fantástica região - melhor para nós.

Agora e no Verão, ambas as esplanadas estão abertas, e não há nada melhor que uma noite amena, com uma fantástica companhia, uma refeição inesquecível, vinhos aromáticos para acompanhar e uma decoração cheia de buganvílias e romance no ar.

A sala é presidida pelo sócio do Chef, Joaquim Vilela, que de forma eficiente traduz na prática as nossas exigências e vontades.

Reservas através do 289 399 866 - www.restaurantepequenomundo.com

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Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 23 de Julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Brancos para o Verão

Crítica do OJE: Brancos para o Verão
Por Vicente Themudo de Castro


Aumenta a temperatura e gradualmente cresce a procura dos vinhos brancos.

E dentro dessa tendência a exigência é cada vez maior, não só da parte dos consumidores, bem como da parte dos produtores. Os brancos deixaram de ser um nicho de mercado e são, seguramente agora, uma das fortes fontes de rendimento.

Castas há muito esquecidas, algumas das quais quase extintas, passaram a ser rainhas; outras que eram consideradas menores passaram a ser princesas e os brancos em Portugal são agora opção fiável e procurada.

Dentro das centenas de opções válidas e refrescantes, decidi seleccionar e destacar algumas que nos últimos tempos provei e gostei.

Quinta do Ameal Loureiro - Vinho Verde DOC, 100% Loureiro

Notas de prova: Límpido com cor citrina.
Aromas frutados e florais muito equilibrados, típico na casta Loureiro.
É um vinho macio cheio de frescura, revelando um final longo, frutado e persistente.
Servir a 10ºC.
Excelente para aperitivo ou acompanhar peixes grelhados.

PVP - €6

Herdade de São Miguel Colheita Seleccionada Branco 2009 - Regional Alentejano, Antão Vaz, Verdelho e Viognier

Notas de prova: Tem uma cor citrina muito clara e revela-se floral e tropical no nariz.
Na boca apresenta uma certa doçura inicial, revelando de imediato a frescura e mineralidade.
O final é longo e elegante.
Servir a 10-12ºC.
Bom para acompanhar peixes grelhados ou assados e sushi.

PVP - €5

Crasto Branco 2009 - Douro DOC, Gouveio, Roupeiro, Cercial e Rabigato

Notas de prova: Apresenta-se com uma cor citrina límpida.
O nariz é muito tropical, revelando também uma boa combinação com notas minerais.
Inicia-se fresco na boca, muito elegante e equilibrado, terminando com uma excelente frescura persistente.
Servir a 10-12ºC.
Bom para acompanhar um bom marisco ou peixe grelhado e saladas mediterrânicas.
PVP - €9,89

Quinta do Barranco Longo Branco Grande Escolha 2009 - Algarve, Arinto e Chardonnay

Notas de prova: Cor citrina com laivos esverdeados e muito cristalino.
O nariz é fortemente aromático, revelando uma grande abundância aromática muito frutada.
A boca é equilibrada e estruturada revelando de forma discreta a madeira e frutas, terminando muito fresco e muito sedutor. Servir a 10-12ºC.
Bom para acompanhar peixes grelhados ou assados.

PVP - €10

Churchill Estates Branco 2009 - Douro DOC, 70% Rabigato; 30% Viosinho

Notas de prova: Apresenta cor verde lima.
O nariz é mineral e cítrico muito elegante.
Na boca revela frescura
e complexidade, terminando muito vivo e longo.
Servir a 10-12ºC.
Bom para acompanhar um bom marisco ou peixe grelhado.

PVP - €8

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 21 de Julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O meu menu : Pelos Caminhos de Portugal

O Meu Menu: Restaurantes A ver Navios e O Rojas
Por Vicente Themudo de Castro


Todas as semanas procuro, não só a novidade gastronómica, como também aqueles cantos e recantos que, sejam na cidade ou fora desta, poderão criar um deslumbre visual e gastronómico.

Aqui ninguém pensava que a refeição estivesse ao nível da privacidade, mas veja bem a minha sugestão: Crocante de filo com pêra, queijo brie e nozes (€9), risotto de lima com vieiras (€19); gambas salteadas ao alho (€21); magret de pato sauté em maçã assada e seu molho com folhas de agriões frescos (€19); bife da vazia à Museu da Farmácia (€18); mousse de lima com morangos marinados e raspa de chocolate (€6).

Entre farmacêuticos, no edifício da Associação Nacional de Farmácias, subo ao primeiro andar e sento-me à mesa do A Ver Navios.

No bairro de Santa Catarina em Lisboa, com uma vista privilegiada sobre o Tejo e a zona ribeirinha da capital, este espaço, que até há pouco tempo era exclusivo para os jantares da ANF, abriu a porta a todos, e agora é só aparecer.

É privado, bom para uma reunião. É bonito, bom para um jantar romântico. Tem salas privadas, bom para um jantar de amigos ou de empresa.

Vá e veja o que o chefe Pedro Duarte tem preparado para si.

Como já vem sendo tradição, todas as terças-feiras, para reduzir a sua despesa e aumentar a sua vontade, as nossas recomendações vêm acompanhadas de um voucher: para isso basta levar uma cópia da edição de hOJE ou o recorte deste artigo e numa refeição para 2 pessoas, receba como oferta a 2ª até ao dia 22 de Julho.

De novo em viagem agora sigo para o Ribatejo e ao chegar a casa decido fazer um desvio e ir visitar um dos meus restaurantes preferidos na zona.

Vejam bem o que eu comi: Pataniscas (€2); bolinhos de bacalhau (€2); cabrito à Serra (€18); repisa com tiburnada (migas com bacalhau) (€13); pudim de abóbora (€2); tarte de requeijão (€2).

Estou em Alcanena, no Rojas, e com a simpatia da Manuela Cristóvão.

Era um antigo celeiro que deu lugar a um restaurante simples, agradável e com um ambiente tipicamente familiar.

Esqueça o empratamento e pense nas travessas, com entradas e saídas, uma dose dá sempre para dois.

É uma casa sem pretensões e bastante informal, que está mais do que preparada para o receber. E se não souber onde vai dormir, dê uma vista de olhos no site e veja os "Casais Estácios".

Até ao dia 31 de Agosto não se esqueça de levar a sua cópia do OJE ou recorte deste artigo, e usufrua de uma oferta extraordinária de 10% de desconto sobre a factura final do restaurante.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.

Voucher

Até 22 de Julho de 2010, Numa refeição para 2 pessoas, oferta da 2ª
Restaurante A Ver Navios
www.restauranteavernavios.com
Rua Marechal Saldanha, 1 1249-069 Lisboa - W 9º 8' 50'' N 38º 42' 35'' - Tel. (+351) 213 400 699
(O restaurante encerra de 23 de Julho a 26 de Agosto)

10% sobre a factura até 31 de agosto de 2010
Restaurante O Rojas
www.horizontedesonho.pt
Rua Luís Vaz de Camões 620 - 2380-085 Alcanena - W 8º 43' 46,8'' N 39º 30' 51,3'' - Tel. (+351) 249 845 274
Email: casaisestacios@sapo.pt

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 20 de Julho de 2010

Finalmente sexta-feira

Com tantas novidades, não sei por onde começar, mas como vou ter que começar por um ponto, inicio-me numa região que, apesar de todos conhecermos o nome, são poucos os que a visitam e usufruem de um dos mais fantásticos locais do país.

Falo do Douro.
Aqui vai mais uma excelente razão: o chefe Paulo Matos é um dos novos inquilinos desta região, assumindo a responsabilidade de chefiar os restaurantes Almapura e Vale Abraão do hotel Aquapura Douro Valley.

Assim, vá até à Régua, junte o útil ao agradável, e depois de um belo repasto descanse, dê um mergulho na piscina, e durma nesta jóia do Douro: www.aquapurahotels.com, Tel.: +351 254 66 06 00.

Dos sólidos passo para os líquidos, mas sem nunca sair do Douro, e recomendo o fresco e aromático Terras do Grifo Porto rosé.

A pensar no tempo quente e querendo quebrar o estereótipo que um Porto é uma bebida invernosa, a Rozés aposta numa bebida de Verão. No nariz apresenta-se frutado, revelando na boca os doces aromas das cerejas e romãs frescas.

Pode encontrar este vinho na Garrafeira do Tio Pepe no Porto, na Garrafeira Dom Vinho em Coimbra e na Garrafeira Wine & Flavours em Lisboa, a rondar os 11€.

Descendo um pouco, descobrimos uma outra alternativa para o seu fim-de-semana (ou semana), e mais uma boa refeição.

Em Óbidos pode encontrar um projecto único em Portugal: desafiaram 23 arquitectos a construir 601 moradias, um campo de golfe, vários courts de ténis, e mais um punhado de actividades desportivas.

O resultado está a vista, e os 157ha revelam o melhor da arquitectura contemporânea lusa num único empreendimento. Para alugar casa para este Verão deve contactar o Tel.: +351 262 965 320 ou vá ao site www.bomsucesso.com.pt.

Ainda dentro deste empreendimento não pode deixar de visitar o restaurante Viva Maria que apresenta uma cozinha moderna e descontraída, revelando alguns pormenores locais.

A decoração é agradável e confortável, resultando no melhor dos dois mundos.

Vá lá e coma as vieiras de entrada, ou a sopa de laranja para sobremesa, que não se arrepende.

Tel.: +351 262 112 340.

Já em Cascais, uma das melhores novidades do Verão, o chefe Igor Martinho, que no ano passado foi o vencedor do galardão Chefe Cozinheiro do Ano, deixou a Quinta dos Frades em Lisboa e mudou-se para a Marina de Cascais.

O restaurante chama-se Hemingway, e abre hoje a sua ementa e portas ao público. Pode contar com boa gastronomia a preços bastante acessíveis.

Se estiver lá perto ligue para o número 916 224 452 e renda-se aos encantos gastronómicos de Igor Martinho.

Termino com a novidade mais fresca de todas: os famosos gelados Santini já estão em Lisboa, mais precisamente no Chiado, na rua do Carmo.

Lisboa agora ganha um novo sabor! www.santini.pt

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 16 de Julho de 2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Assinatura do Henrique

Crítica restaurante: A Assinatura do Henrique
Por Vicente Themudo de Castro


Foi um local que, ainda não tinha aberto, e já havia grande zunzum nas redes sociais sobre o seu potencial.

O seu proprietário e chefe Henrique Mouro, diariamente e no facebook, publicava fotos da evolução das obras, respondia simpaticamente a todos os comentários e alimentava o apetite dos curiosos futuros comensais.

Será este o futuro da promoção gastronómica? Não sei, mas que funcionou, ninguém pode negar

Saltemos das redes sociais e abra-se a porta do 19, da rua do Vale Pereiro. Ultrapassada a antecâmara de vidro, entro num espaço bonito onde o encarnado sobressai e Lisboa está estampada em papel, na parede do fundo do restaurante.

Mesas confortáveis e convenientemente espaçadas, atoalhados, serviço de pratos, copos e alfaias bonitas, mostrando cuidado no detalhe.

A sala revela um pormenor curioso: com uma mesa totalmente preparada e arranjada, pendurada de pernas para o ar no tecto. Desta, ninguém se esquece.

Quanto ao chefe, já tive a oportunidade de provar as suas regionais criações no Club em Vila Franca de Xira, e fiquei fascinado pela sua irreverência e curiosidade nos produtos locais.

Já em Lisboa, Henrique promete muito rigor, chamando os produtos pelo nome e deixando as suas qualidades serem a estrela.

Das várias visitas que fiz, diurnas e nocturnas, pude apurar um pouco da ementa e mentalidade proposta à gastronomia praticada no Assinatura.

Foie-gras e risotto não constam; caracóis, moelas, sardinhas, choco, lavagante e outros da nossa costa e território, vai encontrar com fartura e qualidade. Não vou falar de uma refeição, mas um pouco dos pratos que tive a oportunidade de degustar.

Inicio-me no aveludado de galinha, favo de mel e amêndoa - muito suave, um regalo ao palato, em que o aveludado evolui para o doce do favo que é suavemente equilibrado pela amêndoa amarga. Este para mim é um vencedor, vamos ver até quando dura o favo!

Lula e tamboril com batatas e azeitonas - este foi um dos pratos que lhe conferiu o título de chefe do ano em 2001, percebendo-se porquê.

É uma combinação harmoniosa de elementos, o puré fantástico, o molho de caldeirada suave, nenhum dos elementos entra em conflito ou tenta sobressair de forma isolada. Na minha opinião, gostaria da lula ligeiramente mais cozinhada e o tamboril um pouco mais húmido, não sei se tecnicamente seria possível, mas fica a opinião.

O salmonete suado com berbigão, milho e gengibre é novamente a irreverência e a técnica sobre a faiança, talvez um dos melhores que provei nos últimos tempos.

Já nas carnes não posso deixar de falar da terrina fria de coelho, pão de azeitona e uma salada - o pão era um brioche delicioso e perfeito, que vem da padaria Quinoa, juntamente com o caldo do bicho e uma maionese fantástica, criando uma orquestra coordenada de sabores na boca.

Fico com a mais plena sensação de que este chefe veio trazer frescas e excelentes novidades à alta cozinha nacional. Penso que ainda está um pouco contido, apesar de correcto, criativo e muito apoiado na técnica, mas assim que sentir a confiança, cheira-me que vamos ter um novo puma da alta gastronomia lusa. E que falta fazem estes pumas na nossa cozinha!

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Detalhes:
Assinatura
Rua do Vale Pereiro, 19 1250-270 Lisboa
W 9º 9' 7'' N 38º 43' 14''
+351 213 867 696
Horário: Segunda a sexta das 12h30 às 15h, e terça a sábado das 19h30 às 22h30 (sexta e sábado até às 23h30).
Preço: Almoço 18€/24€, jantar €40
Tipo de Cozinha: Portuguesa de autor
Cartões: MB, Visa, Maestro, Mastercard, Dinners

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 14 de Julho de 2010

O meu menu: Pelos caminhos de Portugal

O Meu Menu: Restaurante Faz Figura
Por Vicente Themudo de Castro


Nas últimas semanas tenho me preocupado em encontrar esplanadas, seja à beira-mar ou beira-rio, qualquer uma serve desde que corresponda aos meus exigentes requisitos.

E nessa longa pesquisa encontrei um local que jamais poderia acreditar no potencial, até ter entrado. E não falo apenas nas suas qualidades de confecção, como também de localização.

Mas como não posso deixar que a paparoca deixe de ser a introdução inicial, aqui vai a minha sugestão:Camarão salteado com aromas de Verão - com gengibre fresco, limão e tomate (€9); trouxa de queijo de Serpa com azeitonas - com compota de pimentos (€9); risotto vegetariano - com legumes bebé ao pesto genovês (€15); polvo em crosta de milho - com vegetais salteados, vinagrete de cebola roxa, tomate e poejo frescos (€20); perdiz estufada ao Madeira - com arroz de frutos secos (€22); mousses de chocolate branco e negro - com pão de café e aguardente velha (€6).

Estou sentado na agradável esplanada do restaurante Faz Figura, junto à estação de Santa Apolónia.

A cozinha bem confeccionada, cheia de tradições e influências de diversas cozinhas regionais portuguesas, é uma agradável surpresa ao palato e nariz.

Desde que foi renovado em 2007, transformou o espaço num miradouro sobre Lisboa, onde o rio, os barcos e os edifícios escondem histórias e segredos que vão para além das nossas fantasias.

É um espaço que consegue acolher todo o tipo de pessoas, ambientes e vontades.



Uma sala privada para aqueles que precisam de um ambiente mais restrito, a sala principal para um jantar entre amigos, a sala miradouro, onde a mesa redonda usa o Tejo como cenário e a esplanada que nos dias mais amenos é a mais concorrida.

A boa comida, aliada à excelência do serviço, e à diversidade de ambientes, resulta num restaurante moderno de ambiente sofisticado.

E para quem pensa que ir para aquelas zonas é uma dor de cabeça para estacionar, use e abuse do serviço de vallet parking, e usufrua de uma refeição calma e deliciosa.


E porque eu, na voz do OJE, gostei muito deste espaço dedicado aos sabores e bom espírito, aqui vai a minha recomendação para uma visita deliciosa, aliada a um requintadíssimo desconto de 10%. A partir de hoje e até ao dia 31 de Julho leve a sua cópia do OJE ou recorte deste artigo e usufrua de um desconto numa refeição extraordinária.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.

Voucher
10% sobre a factura total até 31 de Julho
Restaurante Faz Figura
Rua do Paraíso, 15B, 1100-395 Lisboa
W 9º 7' 26,2'' N 38º 42' 51,1''
Tel. (+351) 218 868 991
Email: fazfigura@netcabo.pt

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 13 de Julho de 2010

Sushi na Praia do PegoGourmet

O grupo lágrimas e o seu CEO Miguel Júdice não conhecem a palavra estar parado, e além de andarem desfamilarizados com a palavra, reconhecem bem o conceito de agradar o cliente com as exigências do mercado.

Assim, e para manterem-se dentro dos princípios que defendem, desafiaram o Chef Braz Brandão para integrar ao já excelente serviço de confecção do restaurante Praia do Peixe um novo conceito: Sushi.

O chefe apaixonado da cozinha japonesa, começou a fazer sushi em Portugal há mais de dez anos, sendo já um dos grandes especialistas neste tipo de cozinha a trabalhar no nosso país.

Entre os dez melhores do mundo no conceito Panasiático e premiado como Chef Revelação de Cozinha pela Associação da Restauração de Portugal, o Chef Braz Brandão é um dos responsáveis do Clube do Sushi.

Assim a partir do dia 16 de Julho, o restaurante Praia do Peixe oferece novas iguarias japonesas pela mão do Chef Braz Brandão. Aquele que já é conhecido por um dos locais onde o peixe e o marisco nunca deixaram um cliente desanimado pode contar com as surpreendentes sugestões de Sushi de Fusão.

O "Sushi na Praia do Peixe", vai estar disponível de terça-feira a domingo, e a par da outra cozinha, irá usar apenas os peixes mais frescos, que tanta fama e prestígio dão a este espaço à beira-mar. Para além dos combinados tradicionais, sushi e sashimis o Chef Braz Brandão, trará novidades e surpresas, que farão as delícias de todos os visitantes da Praia do Pego.

O bar da Praia do Pego passará também a oferecer uma temakaria com uma variedade de temakis e packs de sushi e sashimi para levar para a praia ou para casa, em serviço de take-away. Mas para provar e degustar, e comprovar a minha teoria terá que ir ao restaurante Praia do Peixe e deixar deliciar-se pelas iguarias do chefe.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 9 de Julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Maritávora, Quinta de Fidalgos e Poetas

Crítica do OJE:
Maritávora, Quinta de Fidalgos e Poetas

Por Vicente Themudo de Castro e João Barbosa


Não se chega a Freixo de Espada-à-Cinta facilmente.
Isto para quem vai do Porto ou de Lisboa.

Manuel Gomes Mota, proprietário da Quinta de Maritávora, diz mesmo que ninguém vai lá por engano, pois a vila não fica a caminho de nada, totalmente desviada das rotas principais. Aquela vila, que uns dizem ser transmontana e outros alto duriense (será um pouco das duas), é uma terra simpática.

Monumentos, há alguns e, pasme-se, manuelinos, tão típicos das cidades e vilas do litoral.

Outra das atracções é a torre da igreja maior, com sete lados.

Pouco mais haverá para ver. Já nos seus arredores há uma paisagem de montanha, de curvas e recantos, que vale a pena espreitar. Mas o que leva hoje a falar de Freixo é a Quinta de Maritávora, produtora de vinhos de calibre maior, que têm dado prestígio à localidade.
A quinta terá pertencido a uma senhora da família Távora, de nome Maria e apelido Lencastre.

Bolandas várias, desconhecidas por enquanto, a propriedade acabou por ser comprada, no século XIX pelo pai do poeta Abílio Guerra Junqueiro.

Desde então que está na mesma família. Manuel Gomes Mota é sobrinho bisneto do autor de "A velhice do padre eterno".

A família é importante na terra e possui diversas quintas. Divisões feitas, calhou a Manuel Gomes Mota a de Maritávora, onde começou a "brincadeira" de fazer vinho.

A produção acabou por ser demasiado para ser só brincadeira e da divisão com os amigos, cedo avançou para uma empresa. Hoje, a Maritávora produz dois reservas e duas colheitas (em ambos os casos branco e tinto).

Recente, muito recente, a produção de Vinho do Porto, em parceria com a Cristiano Van Zeller. O negócio passa-se assim: a quinta entrega vinho para os lotes e recebe vinho já pronto para comercializar a sua marca.

Para já, o Vinho do Porto da Maritávora é só para exportação.
Os nomes maiores são os reservas!

Porém, o Reserva Branco tem um mediatismo maior, colhendo maiores aplausos da crítica. Este vinho provém todo duma vinha centenária, onde muitas castas durienses se misturam, não se sabendo, ao certo, quantas lá estão nem todas as que por lá há.

É um talão pequeno, que gera entre as 2.000 e as 3.000 garrafas ano, e podem ser adquiridas nas principais garrafeiras a partir de 28€. Uvas doutros talhões ali não entram.

O que aquela terra dá é o que fica.

Provado o Maritávora Reserva Branco de 2009 nota-se o estilo da quinta e do seu enólogo, Jorge Serôdio Borges, nome sonante da enologia do Douro.

É um vinho mineral, que espelha bem as características do solo xisto abundante, cerrado e agreste.

No nariz e na boca vem muita frescura, boa acidez. No nariz é cítrico. Na boca é prazenteiro, com longo final.

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Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 7 de Julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O meu menu : Pelos Caminhos de Portugal

O Meu Menu:
Restaurantes Vela Latina e Castas e Pratos

Por Vicente Themudo de Castro

Esplanadas fluviais, numa cidade como Lisboa são espaços que proliferam e normalmente são muito agradáveis.

O mais interessante é que pode estar à beira rio, ou no topo de um prédio de 20 andares no Saldanha, pois as famosas colinas de Olisipo mantêm alguns locais privilegiados com uma vista de tal forma desafogada que o rio parece estar sempre ao nosso lado.

Mas eu desci vários andares, aproximei-me do Tejo e Mar e mesmo no meio destes aromas descobri este menu: Raviolis de lagostins (€10); terrina de foie-gras do chefe (€17); bacalhau com migas de pão de milho (€20); mousse de chocolate valrhona (€5).

Na entrada de Lisboa, em Belém, estou sentado na esplanada do restaurante Vela Latina.
Um espaço clássico que não desilude os seus clientes, já que quem lá chega sabe ao que vai e nunca cai no engano.

Um átrio desafogado, um bar confortável, uma sala de janta espaçosa e uma esplanada cheia de vegetação e aromas da natureza. Preciso dizer mais?

Seja um almoço de negócios, um copo para fechar um contrato, um jantar para pedido de casamento, ou talvez um encontro de amigos, para o dia e para a noite, Belém tem a Vela Latina.

E porque HOJE é o dia de eu ser mão largas, até ao fim de Julho, leve o recorte deste artigo ou a sua cópia da edição do Oje (se chegar cedo pode tirar uma das que está em cima do balcão do bar), e usufrua de um belo desconto de 10%.

Das águas da capital, passo para os comboios, e sem nunca passar por uma carruagem encontrei um menu num local em que o vagão-restaurante pernoitou por diversas vezes.

De hotel de comboios passou para restaurante e encontrei estes petiscos: Sopa de tomate fria com anchovas e alcaparras (€4,6); sardinha marinada em tosta de broa azeiteira com juliana de pimentos (€6,2); Lombo de bacalhau em cama de grão-de-bico e couve portuguesa (€18,8); Azedo de Mirandela ao molho de tomate, pinhões e pasta de uva (€17,2); Semi-frio de vinho do Porto e gelado artesanal de chocolate negro (€5,6).

Criativo, mas sem nunca esquecer os sabores durienses, chama-se Castas e Pratos e apetrecha-se pelos melhores vinhos do país.

Já recebeu o "Best of Wine Tourism" em 2009, diploma de ouro da "Gastronomia com vinho do Porto", e a melhor carta de vinhos regional ficando mesmo em 1º lugar.

Junte-lhe os vinhos ao bom gosto e qualidade da confecção gastronómica, mais uns pozinhos da decoração e charme do local e tem um restaurante fantástico à sua disposição.

E porque eu na voz do OJE gostei muito deste espaço dedicado aos sabores e bom espírito, aqui vai a nossa recomendação para uma visita obrigatória, aliada a um fresquíssimo desconto de 10%.
A partir de hoje e até ao dia 31 de Julho leve a sua cópia do OJE ou recorte deste artigo e usufrua de um desconto numa refeição extraordinária.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.


Voucher
10% sobre a factura
Restaurante Vela Latina
www.velalatina.pt
Vela Latina Doca do Bom Sucesso, 1400-038 Lisboa - W 9º 12' 47'' N 48º 41' 34''
Tel. (+351) 213 017 518 - Email: reservas@velalatina.pt

10% sobre a factura
Restaurante Castas e Pratos
www.castasepratos.com
Rua José Vasques Osório, 5050-280 Peso da Régua - W 7º 47' 0'' N 41º 9' 29''
Tel. (+351) 254 323 290 - Email: info@castasepratos.com

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 5 de Julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Cozinha Molecular, gastronomia ou ciência?

Cozinha Molecular, gastronomia ou ciência?
Por Vicente Themudo de Castro
Fotografias cedidas pela Cooking.Lab
(Fotografa Rita Silva)

Muito se fala na cozinha molecular, da sua espectacularidade, dos malefícios que faz à saúde, mas no fundo muito se especula e pouco se sabe.

O problema é que a falta de conhecimento começa nos chefes, reflecte-se nos jornalistas, e acaba por chegar com várias imagens e interpretações ao público final.

Quanto a mim, já ouvi tantas histórias diferentes que decidi averiguar de forma intensa e profunda. Primeiro ponto, e que deve ser a reflexão deste texto: a cozinha molecular é o uso de novas e mais modernas técnicas, possibilitando um diferente manuseamento dos alimentos.

Depois temos a gastronomia molecular: ciência que estuda os processos e as mutações que ocorrem quando se cozinha, bem como novas técnicas científicas para melhorar essas condições.

Outro facto interessante é que a cozinha molecular já existe há vários anos, mas é nos anos 90, pela mão de Heston Blumenthal e Ferran Adrià, que ganha o seu maior protagonismo, principalmente com as criações "Avant Garde", naquela altura.

O azoto líquido, muito popular neste tipo de cozinha pela sua espectacularidade, e fortemente criticado pelo seu efeito nocivo à saúde, não é nada mais do que 78% de um elemento gasoso que todos nós conhecemos bem: o ar.

Isso mesmo, o ar que todos nós respiramos!

Este é utilizado no seu estado líquido a -198ºC, e faz uns gelados sobre um efeito de fumo que faz lembrar os vídeo clips dos anos 80, cheios de fumo e mistério.

Técnica moderna? Não me parece. No séc. XIX, Agnes Marshall já a utilizava e explicava nos seus livros de culinária. Quem mais os usa?

Toda a indústria alimentar, para congelar os alimentos de forma mais célere, e assim preservar melhor as suas características, diminuir a perda de água e, principalmente, para garantir a qualidade da congelação.

Mais complexo de executar, mas também fácil de explicar, são os destilados: uma água a saber a chocolate não é algo que as pessoas compreendam, mas se já beberam aguardentes ou whisky, não estranham.

O processo não é nada mais que um líquido aromatizado em malte, frutos, e outros. Aí já ninguém estranha.

De facto não é fácil fazer em casa, pois o aparelho mais habitual para este processo é um evaporador rotativo, que custa uma pipa de massa.

Poderá tentar com uma bomba de vácuo e material de vidro de laboratório, novamente difícil, mas um pouco mais económico que o anterior.

Resumindo, a destilação é um processo no qual várias substâncias são separadas através do aquecimento.

Agora vamos falar num palavrão: os hidrocolóides. Estes sim, revolucionaram a "cozinha molecular". São a origem do espanto e deslumbre quando são apresentados nos pratos.

Gelatinas quentes, espumas, ares, café sólido, esferificações e muitos outros são os resultados.

No fundo, a palavra resume-se a água (hidro) e substâncias semelhantes a cola (coloides).

Os dois elementos combinados ligam-se criando diferentes texturas de gelatinas ou gel (conforme a aplicação e preparação).

Os mais populares são o amido, as pectinas, o agar, os alginatos e o carraginatos (extraídos de algas), e se pensa que são produtos raros de encontrar, também se engana, pois poderá encontrá-los em diversos supermercados, mas normalmente têm os seus nomes técnicos.

"Que coisa horrível!" poderá pensar agora, mas na realidade são usados num produto muito popular que certamente já entrou em sua casa - as azeitonas recheadas com pimentos. O pimento, depois de preparado e cozinhado, recebe a mistura de um coloide.

Depois é criado um longo tubo, cortado de forma uniforme e introduzido como recheio na azeitona e em muitíssimos outros alimentos basta ler os rótulos.

Frequentemente, aqueles que são considerados produtos tabu, estão dentro das nossas casas há anos e nem damos por eles. Fica a pergunta: serão assim tão perigosos como as histórias que pintam?

A ciência e os cientistas só vieram para ajudar aquelas imperfeições e parâmetros que os chefes não entendiam, sendo uma cozinha simplesmente mais tecnológica e mais curiosa.

Se quiser distinguir uma cozinha, não a rotule de molecular ou natural, regional ou moderna, dê-lhe o apelido que ela merece: BOA ou MÁ!

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 5 de Julho de 2010

Transformar a casa em restaurante

Transformar a casa em restaurante
Por Por Vicente Themudo de Castro

É cada vez mais uma tendência do mercado e das exigências dos portugueses, servir uma refeição em casa.

Deixou de ser apenas um conceito de ir às compras, chegar cedo, investir horas na cozinha, receber os convivas, mas sempre preocupado com o forno, e depois ficam pilhas de pratos e horas de limpeza pela frente.

É giro, todos nós gostamos de receber, mas é extremamente cansativo e extenuante.

Um dia procurei opções para tornar esse dia de festa mais ligeiro e falei com um chefe altamente recomendado, chamado José Serrano. O conceito era simples. Primeiro ele vem a casa fazer um reconhecimento do local, ver as cozinhas, o serviço de pratos, talheres, copos e outros. Depois, faz a sua avaliação e apresenta os menus. Com estes, além de deliciosos pratos, vêm as opções para uma apresentação mais cuidada e, se for o caso, ainda pode incluir talheres e copos.
De repente, e depois de ver os alimentos necessários para o menu, volta o stress.

Mas rapidamente somos acalmados, quando o chefe nos explica: "Faço as compras, cozinho, emprato, coordeno o serviço à mesa e depois trato da limpeza. E, em casos especiais poderei ajudar na decoração com a consultadoria de um decorador!"

Maravilha, depois desta frase nunca mais poderei pensar em dar um jantar sem pensar no trabalho que vou ter!

E, mais importante, vou poder estar à mesa a socializar com os meus convidados. Não é esse o ponto mais importante destes eventos?

A empresa de José Serrano chama-se The Personal Chef e, no seu site www.thepersonalchef.pt, explica tudo o que pode fazer.

Paulo Corte-Real cozinha na sua casa - é o lema deste chefe que diariamente é requisitado para servir caterings personalizados por todo o país.

Desde o mais romântico jantar para namorados, até uma festa personalizada para 20 pessoas, tudo é possível, dependendo apenas dos valores que se pretende gastar.

Há de 27€, 32€ e 37€ em tabela e por pessoa e ainda inclui a compra, preparação e limpeza!

Nunca utilizei o serviço deste chefe, mas várias pessoas já me privaram rasgados elogios. Poderá ser contactado através do site www.paulocortereal.com, ou pelo telefone 919 208 702.

Apenas há três anos em Portugal, o chefe Victor Felisberto chegou da Catalunha, em Espanha, onde regularmente visitava a casa dos melhores clientes dos restaurantes que chefiava no Grupo Travi, para preparar repastos de sonho.

Em Portugal, a procura não é a mesma, mas está sempre disponível para quem quiser alta gastronomia francesa em casa.

Já trabalhou com chefes como Marck Verat, Bernard Loiseau, e agora está disponível para fazer o seu jantar através do número 912 657 240.

Já no Porto, a empresa mais conhecida é a ConfortChef, um grupo de cozinheiros que se juntou para criar experiências únicas e desafiantes a todos os seus clientes: desde cozinhar em casa, a lições de cozinha (na preparação dessas mesmas refeições), consultadoria gastronómica - ajudando a preparar o melhor menu possível e adequado à ocasião.

Assim os chefes Gonçalo Costa e Rodrigo Garrett, entram pela sua casa e tornam os aromas mais interessantes e apelativos. Basta verificar no site www.confortchef.com, ou através do número 937 367 064.

Depois de ler isto tudo, cozinhar em casa é só para quem tempo e esse tempo só mesmo os chefes é que têm.

Torne o seu jantar com amigos numa experiência gastronómica de alto nível!

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 2 de Julho de 2010

O meu menu : Pelos Caminhos de Portugal

O Meu Menu: Restaurantes Yakuza by Olivier e Monte Mar
Por Vicente Themudo de Castro

A semana passada recomendei um menu de um restaurante do qual tinha feito a crítica recente, e claro que tinha gostado bastante.

Esta semana vou repetir a dose, pois acho que nem todas as pessoas têm a carteira preparada para algumas das minhas selecções.

Mas veja este repasto japonês: Três entradas do dia (surpresa da cozinha), um combinado de sushi e sashimi (entre 12 e 14 peças), uma dose de Gunka Olivier (bife de Kobe, foie gras e cebola caramelizada) e ainda um combinado de bacalhau preto marinado em miso e teriyaki ou uma gamba gigante salteada e flamejada em sake - menu Omakasse (€35).

Mais uma receita de sucesso do Olivier, e desta vez chama-se Yakuza.

A decoração, como não poderia deixar de ser, é da Sofia Costa, que transformou no que é habitualmente uma tendência de pretos e encarnados, e cores vivas e alegres. Cadeiras cómodas, muita luz e muito glamour são os restantes ingredientes que compõem o decor.

Olivier junta-se a Alexandre Maia Carvalho para transformar uma casa de quentes
em frios, mas com um ambiente muito caloroso.

E porque a fama não engana, Olivier cria espaços bonitos e caros, mas o OJE, até ao dia 15 de Julho, criou uma pequena parceria, oferecendo 20% de desconto nos menus de degustação, e para isso basta levar a sua cópia da edição de hOJE ou o recorte deste artigo, e usufrua de um belo desconto.

O calor veio para ficar e finalmente parece que com ele veio o sol e a vontade de procurar as esplanadas, os vinhos mais frescos, e o aroma dos grelhados do mar.

A minha sugestão não é nada mais do que uma casa debruçada sobre o mar, onde o peixe e o marisco parece que saltaram do oceano para a bancada. Vejam lá isto: Gambas ao natural (€52/kg); lagosta ao natural (€105/kg); sapateira recheada (€52/kg); peixe do dia assado à padeiro / grelhado ou ao sal (por consulta); gelados santini.

Na estrada do Guincho, debruçado sobre o Atlântico, delicio-me no restaurante Monte Mar.

A família Pinto Coelho já mais do que nos habitou a transformar tudo o que gere em espaços de qualidade e luxo, e o Monte Mar não foge à regra.

Com um serviço exemplar, onde todas as nossas mais difíceis exigências são respeitadas, as nossas vontades gastronómicas saciadas, e a sede refrescada, nada falha e tudo é excelente.

É um local que frequento pela comida, o ambiente, a vista, o serviço, e para me sentir bem!

E porque o OJE gostou muito deste restaurante, aqui vai a nossa recomendação para uma visita obrigatória, aliada a um delicioso desconto de 10%. A partir de hoje e até ao dia 31 de Julho leve a sua cópia do OJE ou recorte deste artigo e usufrua de uma refeição extraordinária.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.

Voucher:
20% sobre os menus de degustação
Restaurante Yakuza by Olivier
Edifício Tivoli Fórum - Av.da Liberdade 180, Loja F 1250-146 Lisboa
W 9º 8' 42'' N 38º 43' 13''
Tel. (+351) 213 571 502
10% sobre a factura
Restaurante Monte Mar
www.montemar.pt
Av. Nossa Senhora do Cabo, nº 2845 2750-374 Cascais
W 9º 28' 29,11'' N 38º 42' 4,78''
Tel. (+351) 214 869 270
Email: montemar@grupoonyria.com

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 25 de Junho de 2010

Finalmente sexta-feira

Finalmente sexta-feira
Por Vicente Themudo de Castro

Hoje é um dia diferente, todos acordamos a pensar na mesma coisa: é o dia do jogo Portugal x Brasil!

Assim, e de uma forma diferente, vou sugerir programas de fim-de-semana que começam às 15 horas de sexta-feira. Porque será?

Quanto a mim, combinei com um grupo de amigos almoçar tardiamente e folgar à tarde. Em Lisboa, as sugestões de almoços com projecção do jogo são várias: La Trattoria - Amoreiras (213 853 043), o Zeno - Liberdade (213 153 665), Nosolo Itália - Belém (213 015 969). No Porto, pode almoçar no Porto Beer - Av. Boavista (226 086 793), na Casa da Música - Boavista (220 107 160) sem perder a bola de vista.

Mas, saindo dos after-hours e voltando aos horários normais, há um grande conjunto de novidades que devem reter a sua atenção.

Em primeiro, tenho de falar da recente abertura do restaurante Assinatura (919 198 600) do chefe Henrique Mouro, que troca o código postal de trabalho e muda-se de Vila Franca para Lisboa. Agora na rua do Vale Pereiro, 19, na esquina com a Alexandre Herculano, podemos descobrir um espaço moderno, cheio de apontamentos alusivos à capital, e o que mais me fascinou, uma mesa do chefe, literalmente ligada à cozinha. Além de uma carta com várias entradas, peixes e carnes, são os menus de degustação de 5 ou 7 pratos que vão dar uma ideia mais concreta das criações de Henrique Mouro.

Ainda na onda dos Henriques, o Sá Pessoa tem uma nova ementa e cheia de novidades e criatividade. A reserva é difícil, mas aqui fica o número para não deixar de tentar (213 963 527).

O 100 Maneiras do chefe Ljubomir Stanisic também mudou a ementa e promete emoções gastronómicas ao mais alto nível. A surpresa é o ponto forte deste chefe bósnio, que transforma os seus menus (apenas de degustação) em verdadeiras viagens gustativas. Aqui a reserva é também difícil e altamente aconselhável (210 990 475).

Olivier abre novas portas, alargando os seus horizontes ao Oriente. O restaurante Yakuza é um japonês de fusão, aposta deste mediático empresário associado ao Alexandre Maia de Carvalho. E pelo número de pessoas que lá passaram a aposta parece ser certeira, mas se lá for não se esqueça que o preço não é para todos (213 571 502).

No Porto, o Shis continua a ser uma opção para todos os gostos e algumas carteiras. Da cozinha de autor aos pratos mais tradicionais, terminando no maravilhoso sushi, tudo é bom e bonito (226 189 593).

Ainda no Porto e com o tempo que o fim-de-semana promete, o restaurante Terra, do Vasco Mourão, é com certeza outra opção.

A sua varanda, a carta de vinhos extensa e a comida exótica, casam na perfeição com os dias mais quentes (226 177 339).

As novidades não param e para a semana há mais! A restauração e animação turística em Portugal estão ao rubro!

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 25 de Junho de 2010

Dos bifes ao sushi

Dos bifes ao sushi
Por Vicente Themudo de Castro

Reza a história que os portugueses não gostam de fazer as suas refeições em centros comerciais ou hotéis, mas parece que o tempo faz esquecer os preconceitos.

Agora há mais centros comerciais que habitantes, e os hotéis passaram a ser locais cool.

Entrei no Tivoli Fórum em Lisboa e desci as escadas rolantes que levam à parte inferior do centro, e onde outrora era o Babá Ratón, está o mais recente espaço do Olivier: Yakuza.

A decoração foi realizada por Sofia Costa e o espaço está completamente diferente.

Os roxos, os verdes e o preto das ardósias foram trocados, por cores limpas: branco, dourado, prateado e muito cintilante.

Passa assim de trendy para chic, e das carnes cozinhadas para o peixe cru.

A degustação é o prato forte da casa, pois há para todos os gostos e preços, ora vejamos: Menu Tomodashi (€25) 3 entradas do dia, combinado de 12 peças de sushi e sashimi e um gunka olivier; Omakasse (€35), este combina o Tomodashi com um bacalhau preto marinado em miso e teriyaki ou um camarão gigante flambeado em saké; Yakuza (€50) combina novamente o Tomodashi com um gunka yakuza (niguiri com um mini hambúrguer de Kobe, mini trufa e mini ovo de codorniz), o camarão flambeado e Ususuki de Kobe com molhos ponzu e teriyaki.

A estes valores tem de acrescentar as bebidas e sobremesas.

Nas minhas visitas apercebi-me que as matérias-primas são de boa qualidade, como o toro de atum, a carne kobe (apesar de não ser da tajima-ushi japonesa é bastante saborosa e macia), o bacalhau preto bastante agradável e bem preparado com o miso.

Infelizmente não houve tempo para os abalones, mas certamente que não próxima visita não escapam.

Não fiquei fã do camarão, pois pareceu-me ligeiramente seco, quanto às entradas, nem sempre são as mesmas mas as que provei superaram a prova.

A carta conta ainda com uma grande variedade de sushi e sashimi, peixes e carnes marinados, ceviches, tempuras, tatakis e gyosas.

Sempre que visitei o espaço estava cheio por isso aconselho a reserva, ou acontece como eu ter que voltar noutro dia.

O nome Yakusa é normalmente dado à máfia japonesa, mas não me parece ter visto lá nenhum membro, apenas um sinal quando apareceu a conta.

Não é barato mas é apetecível.

Detalhes
Restaurante Yakuza by Olivier
Edifício Tivoli Fórum - Av.da Liberdade 180, Loja F 1250-146 Lisboa
W 9º 8' 42'' N 38º 43' 13''
+351 213 571 502
Horário: Encerram ao domingo e sábado ao almoço. Aberto 12h30 às 15h e das 20h às 23h.
Preço: €30 (sem bebidas)
Tipo de Cozinha: Japonês de fusão
Cartões: MB, VISA, MASTERCARD, AMEX,

O meu menu : Pelos Caminhos de Portugal

O meu menu - Pelos caminhos de Portugal
Por Vicente Themudo de Castro


Por mais que passeie por Lisboa, estou sempre a descobrir sabores, e aromas diferentes, mesmo quando volto aos locais que já conheço.

E foi com grande surpresa que me deliciei com este menu: O “stuzzichinho” do chefe; Queijo amanteigado “Monte da Vinha” crocante com alcachofras salteadas, rúcula e perfume de laranja (€9); taglioni de açafrão, com polvo guisado ao tomate e grelos (€15); medalhão de porco confitado com salsa e limão e risotto de pimentos e cominhos (€8); il doce final (€8) - Mas se comer no formato de degustação os 4 pratos ficam apenas por €29!

A almoçar com o proprietário que dá o nome ao espaço, encontro-me no restaurante Gemelli.
Já fez 10 anos de história em Portugal e a sua comida fala por si, e com a qualidade da “conversa” esperamos que os próximos dez anos nos tragam mais surpresas.

As criativas ideias do chefe não ficam apenas pela gastronomia, mas também na variedade de opções nos menus.

São para todos os gostos e preços: o menu degustação gourmet Express às sextas-feiras por €19; prato único melhor de Itália €14; e as suas mais complexas e divertidas criações nocturnas.

Já lá foi?

Então deixo aqui um incentivo: até ao fim do mês de Julho, se levar uma cópia da edição de hOJE ou o recorte deste artigo, vai usufruir de um desconto de 10% na factura.

Ainda há pouco tempo andei a apanhar sol por terras algarvias, e juntei-lhe um pouco de golfe para tornar a tarde perfeita, mas o que me espantou foi a ementa que encontrei depois dos dezoito buracos.

Ora salivem lá: Creme de batata trufada, ravioli de gema de ovo e rebentos de cebola; bacalhau laminado, biscoito de azeitona preta, rúcula e molho de salmorejo; dourada selvagem sobre leito de espinafres frescos, sultanas, pinhão e beterraba; molejas de borrego fritas, salteado de feijão branco e tagliateli de choco; refrescante de fruta preparada com granizado; chocolate em diferentes texturas – Menu de degustação (€60).

Estava a jantar na confortável mesa com vista para o buraco 18 no restaurante Vistas em Monte Rei.
Quem acha que depois de um longo e excitante jogo de golfe deve apenas beber uma cerveja, e comer algo grelhado a tresandar a mau sabor, tem aqui uma opção diferente e válida.

O chefe Jaime Pérez não está lá apenas para os jogadores, pois o Vista e as suas criações são para todos.

Apesar de estar apenas aberto para jantar, a porta mantém-se aberta para todos os comensais que queiram desfrutar uma refeição neste espaço magno da alta confecção.

A porta só fecha depois do último cliente sair.

E porque o OJE gostou muito deste restaurante, aqui vai a nossa recomendação para jantar, aliada a um delicioso desconto de 10%. A partir de hoje e até ao dia 31 de Julho leve a sua cópia do OJE ou recorte deste artigo e usufrua desta oferta extraordinária.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.

VOUCHER
10% sobre a factura
Restaurante Gemelli
www.augustogemelli.com
Rua Nova da Piedade, 99 1200-822 Lisboa
W 9º 9’ 11’’ N 38º 42’ 52’’
Tel. (+351) 213 952 552 / 934 952 552
Email: geral@augustogemelli.com

10% sobre a factura
Restaurante Vistas
www.monte-rei.com
Monte Rei & Country Club – Sesmarias 8901-907 Vila Nova de Cacela
W 7º 33' 4,31'' N 37º 12' 16,75''
Tel. (+351) 281 950 960
Email: golf@monterei.com

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 22 de Junho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

Ir para fora cá dentro

Ir para fora cá dentro
Por Vicente Themudo de Castro


Subir a rua Pau da Bandeira é uma viagem aos sonhos, pois são as casas onde todos ambicionávamos viver ou ter vivido, agora transformadas em Embaixadas, Fundações, Provedorias, algumas particulares e uma que todos podemos e devemos visitar: o Olissipo Lapa Palace.

A entrada é em calçada portuguesa, com uma trança azul a entrelaçar um sol “LAPA”, e protegida por um portão metálico, que em grades finas revela a fachada de um palácio do Séc. XIX.

Depois de uma história de tristezas entre pai e filhos, o Visconde de Porto Covo decidiu vender a sua casa ao Conde de Valenças em 1877, que transformou uma bela casa num esplendoroso palácio.

Com uma vista privilegiada sobre a cidade velha e o rio Tejo, tudo foi pensando nestes dois elementos como fundo, a decoração aristocrata e linda contou ainda com as pinturas de Rafael Bordalo Pinheiro e o seu irmão Columbano.

As salas repletas de azulejos, madeiras, pinturas e pormenores de encher o olho foram preservadas, e algumas das obras foram substituídas por cópias que nada ofendem a história ou a técnica.

Assim, e depois de entregar as chaves ao porteiro que prontamente tratou das minhas malas e arrumação do veiculo, iniciei a minha viagem pelas histórias que o palácio vai revelando.

O lobby de cor dourada, chão em mármore e tectos trabalhados, é o primeiro a revelar um segredo, pois foi por aqui que muitos aristocratas e nobres pessoas passaram para dar vida ao palácio.

Fico impressionado com a simplicidade luxuosa desta primeira sala.

A frente revela uma porta de vidro, onde um biombo protege e dá privacidade ao restaurante Lapa, a esquerda tem um longo corredor que vai até ao fim da ala nova construída em 2002.

A direita divide-se entre a sala do piano, transformada em bar, e a sala dos fumadores, com uma televisão para quem não gosta de perder os jogos do mundial.

Iniciei a minha viagem para o quarto, foi-me atribuído o 550, um piso acima do lobby. Uma sala e um quarto, e uma varanda que se estendia pelos dois. A vista não poderia ser melhor, abrangendo desde um bom bocado da esquerda do castelo, ao prolongamento dos estaleiros do grande Alfredo da Silva (antigo proprietário Lisnave).

Os quarto decorado de forma sóbria, com apontamentos de época e os luxos da era actual, era mais espaçoso que os standard, mas a decoração e luxos era igual para todos.

Assim, que pude dei um passeio pelos jardins, desci ao 4ª andar, e passando pelos corredores com algumas lojas, encontrei uma porta que me dava passagem para a varanda, mesmo abaixo do meu quarto.

É fantástico o facto de, no centro de Lisboa, haver um jardim tão bonito. Ultrapassada a varanda e descidas as escadas, encontro uma sorridente pata e a sua cria, que fizeram deste paraíso a sua casa temporária. O tempo não criou vontade de dar um mergulho na longa piscina, de qualquer forma não impediu os marrecos de lá se refrescarem.

O relvado e o perímetro do palácio ainda albergam um pequeno lago em forma de riacho, cheio de tartarugas e peixes laranjas.

Ainda é cedo, vou dar um mergulho na piscina interior e fazer uma massagem no SPA.
Agora no 3º andar dou dois passos de saída do elevador e entro no local onde o físico e o espírito são tratados e acarinhados de forma agradável.

Um ginásio, 3 salas de massagens, uma dupla e outra para shiatsu. Além destas ainda tem uma para tratamentos estéticos faciais e outra que alberga o Jet Wash, equipamento que permite fazer vários tratamentos com água, incluindo o tão Cobiçado duche vichy.

Está quase a chegar a hora de jantar, e a minha mulher ficou feliz de poder usar o cabeleireiro do hotel, nem sempre está lá, mas com um telefonema e uma reserva, a cabeleireira aparece, abre a porta e faz a sua magia.

A nossa mesa estava reservada, e era mesmo ao lado do biombo, metade em sofá, metade em cadeiras - optámos por sentar na metade com mais almofadas.

O restaurante Lapa tem uma carta que se divide em quatro especialidades mediterrânicas, 6 entradas, 6 sopas e pastas, 4 peixes, 4 carnes e uma grande variedade de sobremesas. A carta de vinhos é adequada, havendo respostas e harmonizações para todos os pratos.

Do que provei e degustei, rendi-me ao gaspacho do Lapa Palace com gambas (€16), muito suave e com uma acidez bem controlada; Sopa de ervilhas da época com lavagante (€16), esta quente mas igualmente suave e o lavagante fantástico, o lombo de borrego com abóbora e aroma de café (€27), verdadeiramente fantástico, e por fim o meu preferido, o atum fresco marinado com abacate picante, crocante, salada de ervas e clementina fresca (€14).
O jovem chefe Hélder Santos com a colaboração do chefe Pimenta estão de parabéns, e penso que uma vista a este restaurante só vai beneficiar e alargar os conhecimentos gastronómicos dos comensais nacionais e internacionais.

No dia seguinte e depois de uma fantástico dia na piscina, optei não almoçar no bar de apoio à piscina, e subir as escadas, para um novo e magnifico repasto na varanda do restaurante Lapa.

Repeti o gaspacho, e comi as gambas “al allijo” (€14), que novamente eram uma ode à boa gastronomia, terminei doce com um belo tiramisú, herança certamente do anterior chefe italiano.

Deu tempo para visitar mais uns quartos, e dos 109 que compõem o hotel, além do que fiquei, mais dois ficaram para a memória: o Royal Room e a famosa Tower Room. Ambos decorados com peças de época e diferentes estilos, desde o Sec XVIII, passando pela arte Deco, e algumas raras peças dos dias de hoje.

O primeiro praticamente todo em madeira e verdadeiramente espaçoso, retrata os encantos dos tempos palacianos, com os seus altos e trabalhados tectos. O segundo, mais romântico, com acesso directo ao torreão do palácio, onde a vista se confunde com os sonhos.

Fazer férias é uma opção, mas este hotel oferece muito mais, experimente dar um presente ao seu estado de espírito e reforce as suas energias, procurando algo mesmo ao lado de casa.

Porque mesmo dentro da cidade, está muito longe do stress que rotulamos numa capital.
Eu fui, descansei e sai reforçado, e a semana até foi mais fácil.

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Contactos:
Olissippo Lapa Palace
www.olissippohotels.com
Rua Pau de Bandeira, 4, 1249 - 021 Lisboa
W 9º 9' 52'' N 38º 42' 28''
Telf. Geral: (+351) 213 949 494
E-mail Geral: www.olissippohotels.com
E-mail Reservas: reservations@lapa-palace.com

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 21 de Junho de 2010

O Moscatel de Favaios

O Moscatel de Favaios

Por Vicente Themudo de Castro


Moscatel que viu a sua primeira produção na década de 50 na vila de Favaios, onde outrora foi a antiga povoação romana de Flávius, é hoje reconhecido como um dos mais bebidos no nosso país. A vila de Favaios, conta com uma história muito longa e rica, mas definitivamente o seu maior marco foi em 1952 foi o nascimento da Adega Cooperativa de Favaios.


A sua produção desde dos anos 50 evolui não só na quantidade, como no formato, pois a sua imagem de marca são as mini-garrafas de favaito, popularmente bebidas frescas, e muitas vezes com uma rodela de limão.


Eu no meu caso, gosto de beber muito gelado, mais precisamente a 8º, com um pouco de sumo de limão e água tónica. No verão é verdadeiramente refrescante. Nas grandes superfícies podemos encontrar 12 garrafas de 0,06Lt por €6.50, e no caso da garrafa de 0,75Lt os preços rondam os €5.


Mas a evolução fez com que além dos mais bebidos moscatéis de Portugal, alargasem a sua produção a Portos, vinhos de mesa e quem sabe o que vem num futuro próximo.

Voltando aos moscatéis, o seu melhor e mais nobre produto, tenho que destacar dois: A colheita de 1980, engarrafada em 2007 e o Favaios de 10 anos.


O primeiro de cor dourada e límpida, é rico em laranja, mel e passas, e bastante harmonioso na boca. Um final fresco com as nozes e o mel a prevalecerem.


Este é certamente um vinho para se beber fresco e de forma individual, ou a acompanhar uma sobremesa bastante doce. Poderá encontrar esta garrafa nas principais garrafeiras a 17€.


Quanto ao moscatel de 10 anos, a conversa é diferente. Com uma cor verdadeiramente real, ouro e muito brilhante, na boca sobressaem os frutos secos, o doce e a tangerina. Termina de forma longa, elegante e com acidez pronunciada.


No caso de harmonizações, poderá acompanhar bem doces alentejanos, mas a minha recomendação é de beber fresco e de forma degustativa, sem pratos ou doces.

O preço desta garrafa situa-se normalmente nos 14€.


Favaios é mais do que uma vila, é um local onde se produz um excelente Moscatel.


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