sábado, 30 de janeiro de 2010

Restaurante Largo de Miguel Castro Silva

O chef Miguel Castro Silva é uma verdadeira caixa de surpresas, diria mesmo um verdadeiro exemplo a seguir.

Agora podemos dizer que as malas estão mesmo desfeitas, roupa arrumada e mobília comprada, e agora é um habitante da cidade de Lisboa.

Melhor para os alfacinhas e pior para os tripeiros, que perderam um dos grandes talentos da cozinha.

O seu novo projecto chama-se Largo, abriu esta semana e é um espaço muito bonito e moderno decorado pelo Miguel Câncio Martins, mesmo à frente do Teatro de São Carlos.

As mesas espaçadas, as cadeiras confortáveis, a mistura da traça pombalina com os vários pormenores contemporâneos, e uns aquários que… bem, o espaço estão muito interessantes e precisa de ser visto com os seus próprios olhos.

A ementa é composta por 8 entradas, 2 sopas/cremes, 5 peixes e mariscos, 5 carnes e 9 sobremesas e frutas. Entradas: terrina de foie-gras com porto, molho cumberland (17€); creme de amêndoa com gema e broa trufada (7,5€); pratos principais: bacalhau 80º de cura portuguesa com migas de poejo e hortelã da ribeira (18€), suprema de pintada com castanhas, sultanas e pinhões (22,5€); sobremesas: pão-de-ló de chocolate com mousse de mascarpone ou gelados Santini (5,5€).

Certamente que farão as delicias de todos os comensais. A mim fizeram, gostei verdadeiramente deste espaço, pena que a carta de vinhos (ainda em construção) tem um conjunto reduzido e muito similar de opções, e talvez seja um pouco cara.

Mas a minha mais rude crítica vai para o facto de só servirem água holandesa - apesar de tudo prefiro a da torneira e lusa, do que a holandesa e cara, em que a mais valia é simplesmente uma garrafa bonita.

Outro facto importante e interessante é o menu executivo de almoço de segunda à sexta, que inclui sopa ou salada e prato de peixe ou carne por apenas 18€.

Em suma, Lisboa ganha aqui um espaço de alta gastronomia com uma decoração muito interessante.

Detalhes
Restaurante Largo
Rua Serpa Pinto 10A 1200-445 Lisboa
(Chiado - Largo São Carlos)
www.largo.pt
info@largo.pt
+351 213 477 225
Horário: Ainda não tenho essa informação mas sei que ao almoço e jantar durante a semana estão abertos.
Preço Médio s/ Bebidas: 20 € (Almoço) / 30€ (Jantar)
Encerra: Sábados ao almoço e domingo todo o dia
Tipo de Cozinha: Contemporânea de Autor
Cartões: Todos
Notas: Estacionamento difícil.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O meu menu: Pelos caminhos de Portugal

OJE - Lifestyle - 2010.01.27

Mais uma semana e já está quase no fim do primeiro mês de 2010.

As estratégias já estão definidas e é altura de fechar contratos, e, como sempre, a minha solução passa pela conquista gastronómica.

Não há nada como um bom repasto para criar boa disposição e bom ânimo.

Não acredita, então veja este menu: Queijo chévre assado com abóbora e nozes (8,00€) ou crespelle de mariscos (7,50€), medalhões de porco preto com risotto de açafrão e molho de vinho tinto e alecrim (16,00€), bacalhau com coentrada e broa de milho (17,50€) e trio de mousse de chocolate com ananás flamejado (6,00€) ou crème brûlée com maracujá (6,00€).

Pode saborear estas iguarias mesmo no centro do Porto, no Artemisia, um espaço moderno e decorado de uma forma interessante e diferente, que para ser bem descrita tem de ir ver com os seus próprios olhos.

Todos os dias úteis há um menu executivo com couvert, entrada ou sobremesa, prato peixe, carne ou vegetariano e água ou um copo de vinho, e por mais alguns euros poderá optar por entrada e sobremesa.

São sensações fortes e arrojadas numa cozinha em que as ervas e as especiarias são o prato forte da casa.

Até ao dia 1 de Fevereiro quando for visitar este sofisticado restaurante, não se esqueça de levar a sua cópia do OJE ou um recorte deste artigo e usufruir da oferta de 10% de desconto sobre a factura final.

A minha próxima viagem à terra dos sabores e das iguarias: Vieira do Montado sobre broa de milho (12,75€) ou tibornas de tomate (6,75€), sopa de perdiz com pão frito e hortelã (4,50€) ou sopa de ovas de peixe do rio (3,75€), peitos de faisão com chocolate (18,75€) ou bacalhau com espargos gratinado (11,75€), gâteau de la Reine (2,75€) ou fartes (3,75€).

Estou de estômago cheio no Alentejo, em Pedra Basta mesmo ao lado de Portalegre, a almoçar no restaurante Tomba Lobos.

A cozinha tipicamente alentejana tem o requinte da sofisticação, influência do criativo chef José Júlio Vintém, sendo facilmente apelidada de cozinha regional de autor.

O nome do espaço provém de uma alcunha pelo qual foi apelidado pelos amigos mas, apesar da sua robustez física facilmente comparada a um pilar de râguebi, este chef tem uma cozinha serena e suave.

Para quem não conhece este talentoso cozinheiro, tem aqui uma excelente oportunidade de "ver" com a sua própria boca e paladar a razão de tantos elogios, pois se visitar este restaurante até ao fim do mês de Fevereiro não se esqueça de levar a sua cópia do OJE ou recorte deste artigo poderá usufruir de um desconto de 10% no total da refeição.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt

Voucher
10% na factura até 1 fevereiro de 2010
Restaurante Artimisia
Rua Adolfo Casais Monteiro nº 135 4050-014 Porto
Tel. (+351) 226 062 286
www.restauranteartemisia.com • Email: geral@restauranteartimisia.com

10% de desconto até 28 Fevereiro de 2010
Restaurante Tomba Lobos
Bairro Pedra Basta, Lt 16 r/c Reguengo - 7300-529 Portalegre
Tel. (+351) 245 331 214
Mov. (+351) 965 416 630
www.tombalobos.com Email:tombalobos@gmail.com

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 27 de Janeiro de 2010

Dos Fiordes às Montanhas - Noruega

OJE - Lifestyle - 2010.01.27

Fotos Innovation Norway

Tem uma área quatro vezes maior que Portugal e menos de metade da população; com apenas 16 pessoas por km2 e uma esperança de vida de quase 80 anos.

O frio chateia um pouco, mas é um simples incómodo para se ter o cenário do país do Pai Natal!

Terra natal de artistas como o pintor Edvard Munch, o músico Edvard Grieg, o dramaturgo Henrik Ibsen e de dezenas de arquitectos de renome, muitos dos quais grandes referencias mundiais.

A cidade de Ålesund é uma das mais importantes referências da Art Nouveau (influencia Jugendstill) e Oslo é uma cidade onde todos os cantos e recantos são para ver, absorver e reter.

A gastronomia assenta invariavelmente em peixe, ou não fosse este o país dos fiordes; mas a carne também é bastante recomendada, nomeadamente a de rena, alce, cervo ou tetraz.

Salmão, bacalhau, peixe-anjo e alabote são os peixes mais populares, mas o marisco acabado de pescar e uma cervejinha, mesmo que estejam -25ºC, são imprescindíveis.

O peixe é muitas das vezes comido cru, e estas são algumas das minhas recomendações de restaurantes: Statholdergaarden (www.statholdergaarden.no) - menu de degustação tem 10 pratos inspirados em produtos frescos do mar; Oscarsgate (www.restaurantoscargate.no) - menu de degustação com 8 pratos de influência norueguesa, francesa e italiana; Bagatelle (www.bagatelle.no) - talvez o mais sofisticado restaurante da Noruega, mas um verdadeiro marco da cozinha de fusão internacional com os pratos regionais.

Para dormir a escolha é vastíssima e altamente variada, ora vejamos: Grand Hotel (www.grand.no), o preferido dos prémios Nobel, foi construído ao estilo de Luis XVI com vários apontamentos de art Noveau, sendo uma saudável mistura de requinte e luxo; Holmenkollen Park Hotel Rica (www.holmenkollenparkhotel.no), situado no topo da montanha ao lado de Oslo com uma vista de cortar a respiração, é certamente o ideal para quem quer praticar os vários desportos de inverno à sua disposição.

Os desportos mais populares são os de inverno nomeadamente ski (recomendo Grong Skisenter para os mais aventureiros), patinagem em gelo e claro, salto em comprimento. Mas há outros que merecem ser explorados, nomeadamente a caça e pesca (esta ultima pode ser muito radical), rafting, ciclismo de montanha e outros.

Têm um pouco de tudo, agora só depende do seu estado de espírito, coragem ou alma de aventureiro.

Outro local de visita obrigatória é o Cabo Norte, na província de Finnmark, provavelmente o melhor local para se viver e ver uma experiência inesquecível: observar a aurora boreal. Os melhores meses são Outubro, Fevereiro e Março entre as seis horas da tarde e uma hora da manhã, não se esqueça é de escolher um dia de lua nova, para não comprometer o espectáculo.

Para o CEO da ICA Noruega, António Soares, “A Noruega é um dos países que combina a paisagem mais bonita com a qualidade das infra-estruturas e a mais baixa criminalidade. Um paraíso para os casais jovens que têm condições únicas de criar e educar a futura geração.”

Dos fiordes à montanha, do mar à terra, e mesmo que esteja frio os olhos aquecem a mente.

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Notas de viagem:
Para chegar a Oslo pode apanhar um dos voos diários da TAP via Lisboa em que o preço inicia nos 210€ (www.tap.pt) e depois apanhar o comboio ultra rápido do aeroporto para o centro de Oslo que custa sensivelmente 17 € (www.flytoget.no) e bastam apenas quatro horas depois de levantar voo em Lisboa para estar a fazer o check-in no seu hotel.

Poderá ter mais informações sobre a Noruega no site oficial em Portugal: www.noruega.org.pt

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 27 de Janeiro de 2010

EuSouGourmet na People & Business

Publicado na revista People & Business - M118 2009/2010 - Para a BTL
Obrigado pelo reconhecimento,

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Val D'Isère: Pista Olímpica ao alcance de todos

OJE - Lifestyle - 2010.01.25

É frequente associarmos o nome de Val d'Isère a provas olímpicas de Inverno, a campeonatos do mundo de esqui e a todo um conjunto de actividades desportivas de alta competição na neve, mas há mais..

Na realidade, esta estância tem muito mais para oferecer do que as longas pistas para campeões. A subida começa nos 1.550 metros e acaba para lá dos 3.450 metros. Tem 300 km de pistas, dois glaciares, 94 elevadores e cadeiras para o deslocar até ao seu ponto preferido, 155 km de pistas para iniciados, um snow park cheio de obstáculos e saltos para todos os níveis de experiência e centenas de quilómetros de fora de pista para explorar.

No topo da montanha, no meio de um manto branco e pérola, podemos ver o magnífico Mont Blanc, os majestosos glaciares, as próximas fronteiras com a Itália e Suíça, podemos sentir os ventos de Norte e Sul, e estar sempre em harmonia com a natureza.

Já há vários anos que visito os Alpes com o propósito de esquiar na neve mais fofa, com o cenário das mais belas montanhas de França. Este ano deixei um pouco as descidas para um plano mais secundário e fui à procura de outras actividades: culturais, desportivas ou simplesmente de lazer.

A multiplicação dos spa's e osteopatas é a que ganhou mais impacto e realce entre os hoteleiros, pois todos sabemos que, depois de cinco a seis horas de esqui, os nossos músculos pedem um pouco mais do que um sofá confortável ou uma cama agradável.


No dia seguinte são outra meia dezena de horas de exercício e prazer e é proibido perder tempo a descansar nas pistas.

Nesta pequena vila podemos encontrar spa's modernos e eficazes, como o do moderno Hotel Barmes de l'Ours (+33 479 413700) ou do mais clássico Hotel Christiania (+33 479 060290). Ambos preparados para oferecer os melhores e mais diversos tratamentos de relaxamento e recuperação física. Quanto a mim, aconselho os tratamentos com hidromassagem seguidos de uma massagem relaxante, e ficamos logo prontos para mais dez horas de esqui.

Claro que a gastronomia tem um alto relevo nesta charmosa vila, ou não fosse estarmos em França, locais como o clássico Grande Ourse (+33 479 060019), o mais antigo restaurante de Val d'Isère, ou os gastronómicos Table De l'Ours (+33 479 413700) com o chef Anthony Maubert, Hotel Christiania (+33 479 060825) do chef Philippe Meyzin ou o Table des Neiges (+33 479 061213) com o talentoso chef Jérôme Labrousse.

Mas se está na montanha, não precisa de descer à vila para almoçar e, quase como paragem obrigatória, estão os restaurantes La Fruitière e Folie Douce (+33 479 060147) - o primeiro para descontrair e usufruir de uma refeição ligeira, mas altamente gastronómica; o segundo, portas meias com o primeiro, além de restaurante é o local ideal para ir beber o mais animado copo nas pistas antes de fazer a última descida do dia. Mas atenção, seja moderado, pois a descida para a vila é um pouco acentuada e obriga a 100% de concentração.

Os preços para Val d'Isère com viagem incluída (via Genève), transferes e alojamento para sete noites, seis dias de passe para os meios mecânicos, iniciam-se nos 400€ no Residence Alpina Lodge *** (Sporski), para 1.500€ Hotel Tsanteleina **** (Mundovip), e 1.860€ no Hotel Christiania **** (Mundovip).

Cursos de cozinha, exposições de arte, uma pista de karts no gelo, condução a alta velocidade num circuito de neve, vários festivais de música, grandes eventos gastronómicos, jogos de pólo, onde se inclui a grande prova do Polo Masters, e até um festival de cinema, são algumas das opções que o turismo local propõe a todos os visitantes.

"Somos mais do que um resort de esqui, somos uma vila com todas as actividades normais e diárias de uma cidade, e que inclui uma estância de esqui com mais de 300 km de pistas para explorar", confessa Jane Jacquemod, do Gabinete de Turismo de Val d'Isère.

Nos últimos anos, todos os bons destinos de neve e os seus responsáveis do turismo aperceberam-se de que precisam de muito mais do que apenas algumas centenas de quilómetros de circuitos de neve para cativar os visitantes, é preciso criar "vida" e animação para alegrar a todos.

Para se catalogar uma estância como um bom destino de esqui,m é obrigatório criar a opção de poder dar a escolher, e Val d'Isère cumpre com mestria os requisitos.

Por Vicente Themudo de Castro
Fotos Direitos Reservados

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Detalhes
Office de Tourisme de Val d'Isère Centre Station
F - 73 155 Val d'Isère- France
Tel: +33 4 79 06 06 60
Fax: + 33 4 79 06 04 56
E-mail: info@valdisere.com

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 25 de Janeiro de 2010

Revista WINE Apresenta os "Melhores do Ano"

Prémios serão formalmente entregues no início de Março

A revista WINE – A Essência do Vinho, já nas bancas, apresenta a selecção dos “Melhores do Ano”, realçando as personalidades que mais se distinguiram em Portugal, nos sectores do vinho e da gastronomia, durante o ano 2009.

David Guimaraens, enólogo do grupo Fladgate Partnership, e José Avillez, chefe de cozinha do restaurante lisboeta “Tavares”, foram eleitos “Personalidade do Ano”, no vinho e gastronomia, respectivamente.

Dirk Niepoort foi escolhido como “Produtor do Ano” e Pedro Baptista, da alentejana Fundação Eugénio de Almeida, seleccionado como “Enólogo do Ano”. Ainda no vinho, Sérgio Antunes, escanção da “Tasca da Esquina”, em Lisboa, é apresentando como “Sommelier do Ano”. Os “Melhores Vinhos do Ano” foram o “Fonseca Vintage 2007” e o “Dow’s Vintage 2007”, dois vinhos do Porto lançados em 2009 e que obtiveram, em prova, a classificação de 19,5 pontos em 20 possíveis.

Ricardo Costa foi eleito “Chefe de Cozinha do Ano” pelo trabalho desenvolvido no restaurante da Casa da Calçada, em Amarante, o algarvio “The Ocean” escolhido como “Restaurante Gastronómico do Ano” e o portuense “Buhle” tido como “Restaurante com Melhor Serviço de Vinhos”.

“Sendo a revista WINE – A Essência do Vinho uma publicação especializada em vinho e gastronomia, é com manifesto agrado que anualmente realçamos o trabalho desenvolvido por personalidades destes dois sectores. Entendemos esta selecção como uma justa homenagem a quem se destaca entre pares, bem como um incentivo para continuarem a desenvolver um trabalho de eleição em prol do vinho e da gastronomia”, justifica Nuno Pires, Director Executivo da publicação.

Os prémios aos “Melhores do Ano” serão formalmente entregues durante a sétima edição do evento Essência do Vinho – Porto, que decorrerá de 4 a 7 de Março, no Palácio da Bolsa.

Fonte: Essência do Vinho

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Megève com vista para o Mont Blanc

OJE - Lifestyle - 2010.01.21

Que os Alpes franceses são um dos melhores destinos de neve do mundo ninguém duvida e certamente confirma a minha opinião, mas o problema é que são tantas as estâncias que podemos escolher que se torna difícil a selecção do melhor destino.

Um dos pontos de honra na escolha é o número de pistas disponíveis e quantos quilómetros há para fazer ski.

O local que escolhi para dar a conhecer fica apenas a 70 km e pouco mais de uma hora de Geneve, tem o selo de "Best of the Alps", 81 restaurantes dos quais 37 são a alta altitude, um campo de golfe de 18 buracos e 445 km de área para esquiar.

Pois estou a falar de Megève, um dos destinos mais bonitos e acolhedores dos Alpes franceses.

É muito mais do que um simples resort de Inverno, é um destino que está preparado para as quatros estações do ano, mas por agora vou tentar focalizar na época e na razão pela qual as pessoas procuram esta simpática vila da montanha: O Inverno e as férias na neve.

O estilo da vila é muito particular, pois o bom gosto e o luxo pairam no ar e apesar de ser conotada como um dos destinos mais caros de França, é de facto até bastante acessível, pois os preços podem começar nos 500€ por pessoa, uma semana, incluindo viagem até onde a nossa imaginação e exigência pensar.

Hotéis ou chalets para todos os gostos e carteiras não faltam, desde o discreto aparthotel Le Grand Panoram e sem grandes pretensões ou o charmoso La Mamège mesmo no centro da vila.

Mas, se procura algo mais sofisticado e luxuoso, afaste-se um pouco da vila e aproxime-se mais do topo da montanha e vá para o Alpaga.

Não será certamente barato, mas tem a garantia de um serviço de luxo, de uma gastronomia de alta qualidade e uma vista de sonho sobre o Mont Blanc.

Para a gastronomia, um dos locais a não perder é o hotel e chalet Flocons de Sel, que apresenta a alta cozinha do multi galardoado chef Emmanuel Renault.

As duas estrelas Michelin são mais do que uma garantia de que este local não vai certamente decepcionar ninguém.

Quarenta e três pistas verdes, 64 azuis, 80 vermelhas e 39 pretas que se estendem por zonas como o Le Mont d'Arbois, La Princesse, Le Jaillet, Rochebrunee e La cote 2000.


Várias descidas entre pinheiros, montanhas, glaciares onde podemos sempre ver Megève ao fundo. O cenário assemelha-se muito à imagem que tenho do presépio e do caminho percorrido pelos Reis Magos.

Voltando de novo às actividades, há algumas que deveriam ser obrigatórias. A primeira é o passeio de meia hora sobre o topo das montanhas onde podemos observar o Mont Blanc apenas a poucos metros de distância.

O passeio de balão também é uma experiência magnífica.

Em ambas ficamos com uma ideia bastante perceptível de toda a estância e vila, e uma imagem que ficará para sempre no nosso coração.

Jogar golfe na neve também é bastante interessante, mas para este aconselho que seja num dia de sol, caso contrário é realmente difícil e um pouco frio para se poder concentrar completamente.

O paintball na neve também é divertido e bastante diferente, pois o cenário de neve aliado aos fatos macaco brancos torna o jogo mais difícil, logo mais divertido.

O fim da tarde é tempo para visitar as lojas que são muitas e boas: a Façonnable é um destino obrigatório ou não fosse a loja da terra.

O centro da vila é uma verdadeira passerelle de vários estilistas franceses, e se a sua carteira estiver preparada, pode descobrir por aqui muitas peças que certamente ninguém irá ter igual.

É um destino completo onde o ski é uma das dezenas de actividades que poderá encontrar num local que depois de visitado, nunca mais poderá ser apagado das nossas memórias.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 21 de Janeiro de 2010

Do bar ao restaurante gastronómico

OJE - Lifestyle - 2010.01.20

É um dos espaços mais recentes do Porto e promete que desta é para ficar! Já foi bar, clube e até casa de petiscos, agora é um restaurante de cozinha muito tradicional, modernizando-se através da técnica e apresentação.

O chef que dá o nome à casa foi aprendiz dos reputados chefs Miguel Castro e Silva e Hélio Loureiro, no Porto, mais tarde integra a equipa do chef Aimée Barroyer em Lisboa.

Foi chefe de cozinha da Quinta da Romaneira onde recebe a distinção "Relais & Chateaux". E volta para a sua cidade natal onde abre o seu primeiro projecto a solo: Restaurante Pedro Lemos.
O espaço, dividido em três salas, tem a sua entrada por um hall. Este está decorado com vários elementos pretos e dourados, discretos e atraentes, e é nesta sala que vamos encontrar a exposição dos produtos da mercearia gourmet disponíveis para venda aos clientes.

Atravessando o hall, damos entrada na primeira sala de jantar. Este espaço está igualmente decorado em tons dourados e escuros, no entanto diferente do anterior, pois incluem-se as cadeiras confortáveis e mesas bem decoradas a ostentar uns bonitos copos da Schott.

A passagem para o segundo andar muda de tom, tonalidade e postura. Aqui os fumadores não são privados do seu prazer.

Saímos do dourado e focamos no azul. Um bar e mais uma dúzia de mesas, em que só a pintura muda, pois a ementa, pratos talheres e copos são os mesmos do andar de baixo.
A carta de vinhos está inteligentemente fornecida com vários néctares que fazem a harmonização de forma adequada com os vários pratos dos chefes.

A responsabilidade nesta área recai sobre o jovem escanção Eduardo Neto que elaborou uma selecção de oito espumantes, nove champagnes, 37 brancos, e 59 tintos. De realçar que praticamente todos os rótulos estão disponíveis também a copo.

A minha degustação começou com "...num fumeiro do serrim das barricas, Ravioli de borras de Porto com foie gras recheado, em consommé de Rabo de Boi mergulhado", prato extremamente bem cozinhado, mostrando grande equilíbrio entre as borras e o consommé e a massa do ravioli apresentou um al dente muito elegante.

Seguiu-se o "...deu o Bacalhau, no azeite lentamente cozinhado, o incontornável grão-de-bico, acelgas, broa de milho e sua dobradinha", novamente bem confeccionado onde o grão-de-bico se revelou num elemento bastante surpreendente.

"... o Leitão no sabor da tradição, a pele crocante, carne suculenta e laranjada nossa interpretação", estava simplesmente fantástico, revelando o cuidado do chef em elevar as matérias utilizadas a um patamar de excelência.

Dos Citrinos, em torta com mousse de mascarpone, pérolas de tapioca em infusão de toranja, não foi um dos meus favoritos da noite, no entanto revela uma boa capacidade criativa.

Já da sobremesa que finalizou a minha viagem aos sabores do Pedro Lemos, a opinião é totalmente diferente, pois a Fava Tonka, em créme burlée queimado, cremoso sorvete de cenouras tenras é simplesmente o fechar com chave de ouro.

A experiência deste chef, revela-se em todos os pratos onde a conjugação entre a maturidade, a criatividade e a irreverência tornam a cozinha do Pedro Lemos uma viagem aos sabores tradicionais portugueses com um twist de contemporaneidade.

Pedro Lemos - um nome e um restaurante que dificilmente vou esquecer.

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Detalhes:
Restaurante Pedro Lemos
Rua do Padre Luís Cabral, 974 4150-459 Porto
www.pedrolemos.net
geral@pedrolemos.net
+351 220 115 986
+351 914 094 523
Horário: Aberto de segunda das 20h às 00h e de terça a sábado das 12h30 às 19h e das 20h às 00h
Preço Médio: 35,00 €
Encerra: Segunda ao almoço e domingo todo o dia
Tipo de Cozinha: Portuguesa Contemporânea
Cartões: MB, VISA, AMEX

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 20 de Janeiro de 2010

O meu menu: Pelos caminhos de Portugal

OJE - Lifestyle - 2010.01.19

O tempo é cada vez mais um bem precioso e por vezes, porque a reunião seguinte está próxima, sujeitamo-nos à rapidez em detrimento da qualidade gastronómica.

Na verdade, há um conjunto muito vasto de restaurantes no nosso país onde podemos combinar, de uma forma gustativa, estes dois critérios.

A minha sugestão para esta semana vem inspirada num país em que o tempo é levado ao extremo, mas quando comem obrigam-se à qualidade. Pare um segundo e delicie-se com este sugestão: Raviolis Japoneses (4,5€), osomakis negitekka - quatro rolos de atum com alho francês (4,5€), uromaki california tobiko - quatro rolos california com crosta de sésamo e ovas de peixe voador (4,5€), wafu steak - Bife de bovino grelhado com molho do chefe (11€), Tiramisù à japonesa (4€).

São dezenas de variações que podem ser saboreadas no restaurante japonês Mayumi, em Lisboa.
A decoração é simples, assente em tons brancos, com o contrabalanço dos candeeiros redondos e encarnados. O ambiente, bastante agradável e com um serviço assaz afável, só é superado com a criatividade e qualidade gastronómica do experiente sushiman José Alves.

Para os apreciadores da cozinha japonesa este nome não é estranho, pois ganhou a mais alta reputação e experiência trabalhando ao lado de Takashi Yoshitake, o saudoso chefe do AYA.

Até ao fim deste mês, quando for visitar este reputado sushiman no Mayumi, não se esqueça de levar a sua cópia do OJE ou um recorte deste artigo, e usufruir da oferta de 10% de desconto sobre a factura final.

Na demanda da melhor cozinha portuguesa continuei as minhas viagens por terras do Alentejo. Desta vez afastei-me um pouco do interior e andei mais perto da costa, onde descobri uma cozinha verdadeiramente regional.

Ora contemplem--se com a sugestão: Carpaccio de papada de porco Alentejano cozida com ervas aromáticas (5€), sopa de ovas do mar (6€), açorda de bacalhau de cura Portuguesa, com poejos e ovo escalfado no forno (9,5€) ou burras de porco Alentejano assadas no forno com batatinha nova e laranja (9€), sericaia com marmelada caseira e sua geleia (4€).

Esta sugestão só pode ser degustada no restaurante O Peregrino, cuja carta assenta numa cozinha regional contemporânea e é criada pelo reputado chef José Júlio Vintém.

A sala deste restaurante, incluído no Hotel Caminhos de Santiago, não podia ser mais apropriada à ementa, pois está decorada com várias alusões aos artesões alentejanos, numa agradável combinação com alguns detalhes contemporâneos, tornando a sala confortável e com um ambiente descontraído.

Quando visitar este restaurante não se esqueça de levar a sua cópia do OJE ou recorte deste artigo e usufrua de um desconto 10% no total das refeições.

E já que vai ao restaurante, aproveite para reservar antecipadamente um quarto no moderno e agradável Hotel Caminhos de Santiago, e usufrua de 35% de desconto sobre os preços de balcão. Válido até dia 31 de Março de 2010. Desta oferta excluem-se os dias 12 a 16 de Fevereiro e grupos.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.

Voucher
10% na factura final
Restaurante Mayumi
Av. António José de Almeida, 5 C - 1000-042 Lisboa
Tel. (+351) 217 993 145
Email: mayumi-portugal@netcabo.pt

10% de desconto até 31 Março de 2010
Restaurante O Peregrino, do Hotel Caminhos de Santiago

35% de desconto sobre os preços de balcão
Hotel Caminhos de Santiago
www.hotelcaminhosdesantiago.pt
Rua Cidade de Beja 7540-163 Santiago do Cacém
Tel. (+351) 269 825 350
Email: geral@hotelcaminhosdesantiago.pt

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 19 de Janeiro de 2010

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O meu menu: Pelos caminhos de Portugal

OJE - Lifestyle - 2010.01.12

Uma das partes que eu gosto mais das viagens que faço é a aproximação a Lisboa, primeiro porque já falta pouco para estar com a família e depois porque é sempre inebriante ver a cidade de cima. A Ponte 25 de Abril, o Tejo, o Castelo... O menu que eu recomendo hoje não obriga o voo, mas proporciona, além duma altíssima gastronomia, uma vista arrebatadora.

Surpresa do chefe, Salada tépida de salmão, Mil folhas de perca com douxell de cogumelos com molho de salsa ou magret de pato com pimenta verde e legumes de Inverno, Bolo flan com esparguete de maçã e gelado de canela ou selecção de queijos nacionais e internacionais, ou selecção de sorvetes. A estes adicione o vinho da semana e água, tudo isto por apenas 43€ ou então 39€, se prescindir da sobremesa ou da entrada, o que eu não aconselho.

Estou a falar do menu executivo do restaurante Eleven. A sua estrela Michelin, fruto do bom trabalho do chef Joaquim Koerper, e a recente entrada nas recomendações do Relais & Chatêaux são a garantia de uma boa refeição.
A vista deste restaurante, que se debruça sobre o Parque Eduardo VII, desce pelas avenidas, sobe ao Castelo de São Jorge e dá passagem pela Ponte. É simplesmente fantástica.

O Eleven, em conjunto com o jornal OJE, preparou uma surpresa para os nossos leitores: 10% de desconto até dia 19 de Janeiro. Para usufruir, basta aparecer com uma cópia do jornal ou com o recorte deste artigo!

Uma das minhas paixões é o golfe e já viajei muito para encontrar bons campos onde saciar o vício. O que raramente encontro é um restaurante de campo que ande de braço dado com a boa gastronomia.

Um desses locais fica muito perto de Lisboa e a minha recomendação é um luxo. Vejam só: Vieira corada em azeite de crustáceos sobre puré de aipo e ovas tobiko (6,5€), Risotto de camarão com courgette e açafrão (9€), Magret de pato grelhado, puré de batata e rúcola e molho de gengibre e especiarias (12€), Crepe estaladiço de morangos e pinhões com gelado de requeijão Quinta do Anjo (6€).

Estou em Palmela, no Hibiscus, que é um fantástico restaurante integrado no Clubhouse do Palmela Village Golf Resort.

Boa gastronomia e bem confeccionada, uma decoração agradável e minimalista, e uma vista para o campo dão a este espaço um bilhete de entrada no clube dos bons restaurantes. E se chegar um pouco mais cedo pode dar uma volta aos 18 buracos do campo, que apesar de pequeno, é divertido.

Leve a sua cópia do OJE ou o recorte do artigo e beneficie de um desconto sobre a factura final de 10%. Válido até ao fim do mês de Janeiro.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.

VOUCHER
10% de desconto no menu executivo até dia 19 de Janeiro
Restaurante Eleven
Rua Marquês de Fronteira (Jardim Amália Rodrigues) 1070 - Lisboa
Tel. (+351) 213 862 211
www.restauranteleven.com • Email: 11@restauranteleven.com

10% de desconto no restaurante
Hibiscus Restaurante e Bar
Urb. Palmela Village, Av. Jávia, Lt-60 Clubhouse,
Quinta do Anjo, 2950-580 Palmela
Tel. (+351) 211 819 990

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 06 de Janeiro de 2010

sábado, 9 de janeiro de 2010

Churchill’s Port apresenta nova imagem

A Churchill’s deu a conhecer a sua nova imagem dos vinhos do Porto. Mais elegante, sóbria e sofisticada, o design transmite o carácter premium dos vinhos da Churchill’s.

A Churchill’s dá a conhecer a nova imagem dos vinhos Churchill’s Port. Apostando num design mais elegante, distinto e sofisticado, a nova imagem transmite o carácter premium dos vinhos do Porto Churchill’s exaltando também os valores da marca, conforme explica Daniela Mihranian, directora criativa da Interbrand: “Novas orientações foram desenvolvidas aquando da renovação da marca pondo em destaque os seus três valores – pureza, paixão e paciência.”

Essas mesmas orientações exercidas sobre a gama de vinhos foram rapidamente dilatadas passando a incorporar o vinho do Porto, como salienta a directora criativa: “Tivemos que trabalhar os dois portfólios.”

Os rótulos seguem assim uma linha comum em termos de design, sendo a hierarquização dos produtos feita através do tamanho dos mesmos.

Em termos de garrafas, foram apresentadas também as novas de 50cl dos vinhos do Porto branco e dos Tawnies de 10 e 20 anos. Foi mantida, no entanto, a garrafa transparente do Dry White que tanto sucesso fez a quando da sua concepção no longínquo ano de 1991 e, que segundo Maria Emília Campos, directora de vendas e marketing da Churchill’s, “ajudou definitivamente o consumidor a compreender o Porto branco de 10 anos que a Churchill’s comercializa”.

A nova imagem dos Churchill’s Port foi assim desenvolvida tendo em conta vários vinhos da Churchill’s. Ao Dry White de 10 anos juntaram-se o Quinta da Gricha e quatro novos vinhos que foram lançados ainda este ano. “E foi com estes novos vinhos que preparamos a nova imagem. Foi fácil passarmos do vinho do porto para o Douro. Pegamos em algo muito especial para a empresa, a Quinta da Gricha que é um exemplo único do que se pode chamar “terroir” e fizemos fotografias aéreas dos terraços para incorporarmos nos rótulos dos nossos vinhos. É isso que queremos transmitir: expressão de terroir. Terroir Douro, terroir Gricha”, sublinha Maria Emília.

Temos muito orgulho de vermos a Quinta da Gricha retratada nos nossos rótulos, adianta a directora de vendas e marketing da Churchill’s, explicando o conceito de criação dos novos rótulos: “A hierarquização dos vinhos faz-se pelo tamanho dos rótulos – os super Premium “Quinta da Gricha” e “Churchill Estates” grande Reserva com o rótulo maior. O rótulo Grande reserva é sem dúvida um “must” junto de designers.”


buy online wine

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Best Foreign Language Blog 2009

Caros amigos é oficial!

O EuSouGourmet foi o grande vencedor de 2009 da Blogger's Choice Awards modalidade Foreign Language Blog.

A todos os que me têm seguido e apoiado o meu sincero obrigado,

Este ano sou automáticamente nomeado e conto novamente com o vosso voto e apoio-

E não se esqueçam Boa Sorte e Bom Gourmet

Eu Sou Gourmet e tu?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Manifesto de Luís Baena

OJE - Lifestyle - 2010.01.06
Imagens Rui Santos

Abriu há um mês e já é referenciado por alguns bloguistas como um dos lugares mais interessantes de Lisboa. Na passada segunda-feira fui verificar com os meus próprios olhos e palato o que o Chef Luis Baena anda a fazer, agora a solo.

O espaço está originalmente decorado, relembrando um estilo pop art dos anos 60: o lettering usado e algum papel de parede têm semelhanças com os quadros de Andy Warhol, nomeadamente o Flowers de 1970 e o Marlyn Monroe de 1967, o primeiro substituído pelas criações gastronómicas de Baena e o segundo pelo retrato do Chef.

As mesas em vez de toalhas têm vinil e as paredes são decoradas por várias frases que fazem parte da vida deste cozinheiro. Outro detalhe delicioso são os candeeiros sobre o balcão do bar, também eles num estilo pop art.

O manifesto não é novidade, pois é assim que todos o conhecemos: cozinha irrequieta, vanguardista e criativa. A vontade de recriar-se e reinventar-se para exceder- -se a si próprio e demonstrar a sua paixão na criação.

As ementas são sempre diferentes, por isso a minha experiência poderá ser só minha e de alguns que por lá passaram a semana passada. Agora alguns ficaram e outros saíram e, claro, novos apareceram.

Há menus de degustação de cinco pratos que se iniciam nos 35€ (blowup), 48€ (vertigo) e 68€ (stairway to heaven). Este último é um desafio do chef, em tom de provocação, clamando: se não me conhece coloque-se nas minhas mãos e tenha coragem!

Caso queira ir pela carta, os preços variam entre os 10 a 15€ nas entradas, 18 a 25€ nos pratos principais, onde se incluem alguns vegetarianos e meia dúzia de sobremesas que variam entre os 9 e os 18€.

Ao almoço a carta é diferente, apresentando alguns petiscos como o pastel de massa tenra de galinha (3€), sushi de presunto de Barrancos (5€) com arroz de coentros ou de tomate (2,50€), migas de bacalhau de coentrada 12€ e a empada de cabrito (14€). Estes últimos têm meias doses de 6,5€ e 7,5€.

A minha experiência começou num Fricassé de cogumelos silvestres das Penhas Douradas e croûtons de curcuma. Não foi o meu favorito, visto que o sabor dos citrinos abafava um pouco os restantes ingredientes e a concha que substituía a tradicional colher não facilitava o trabalho. Mas mostra aqui um pouco da originalidade e o quebrar de barreiras a que este chefe se obriga.

A Gamba frita com caril manjericão e nage de wasabi estava boa, notava-se bem a qualidade dos ingredientes e a originalidade da sua confecção. A combinação da nage de wasabi com o manjericão foi uma agradável surpresa, pois dava um toque asiático e mediterrânico bastante original.

O Pregado com crosta de mostarda foi o ponto mais alto, muito bem preparado, com uma crosta divinal e uma quadratura de crostas coloridas (açafrão, beterraba, salsa e tomilho limão, tinto de choco) a criar uma cama, que além do aspecto visual fantástico, enriquecia a harmonia dos sabores.

O Culombo de novilho com molhos diferentes estava novamente num ponto muito alto de gastronomia. O rabo de boi desfazia-se, não obrigando quase a passagem da faca, e o lombo mal passado fizeram música dentro da minha boca.

A emulsão de alho francês com feijão verde era realmente diferente, inovadora e saborosa. Um pouco de caldo e uma batata gratinada acabavam a guarnição deste prato.

Terminei com o Triffle de bolacha Maria, molho de caramelo e praliné de amêndoa, que me pareceu um pouco mediano para o nível que até aqui se tinha instituído.
Este era o menu Vertigo € 48,00 + 2 copos de vinho 5€ + couvert 4€ + água 3€ e café 1,5 e paguei 61,50€.

Vou ter de voltar e provar outras criações, na certa interessantes e saborosas, mas essencialmente irreverentes.

Termino com uma frase que vi estampada na parede: "A culinária, como a língua, deve ser dinâmica", Mia Couto.

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Detalhes
Restaurante Manifesto
Largo de Santos, 9C 1200-808 Lisboa
www.restaurantemanifesto.com
Tel.: +351 213 963 419
Telm.: +351 911 715 880
Horário: Aberto das 12h00 às 15h00 e das 19h30
às 00h00
Preço Médio: 45,00 €
Encerra: Encerra aos domingos e feriados o dia todo e sábados ao almoço
Tipo de Cozinha: Criativa de Autor
Cartões: MB, VISA, AMEX
Notas: Estacionamento no parque Vitorino Nemésio.

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 06 de Janeiro de 2010

Galo capão com espumante

Fotografia Nicolas Lemonnier
http://www.lemonnierfoto.com/


Ingredientes:
1 Galo capão
1 Garrafa de bom espumante bruto
0,5l natas
250gr cogumelos
1 Cebola
1 Cenoura
1 Haste de aipo
1 Alho francês
1 Dente de alho esmagado
1 Fio de azeite
150gr manteiga
Raminhos de alecrim
Sal e pimenta

Preparação:
Dê uma entaladela ao galo num caldo com água, um fio de azeite aromatizado com grãos de pimenta, 1 cebola, 1 cenoura, 1 haste de aipo e 1 alho francês. Cozinhe até os legumes estarem cozidos e macios.
Retire-o e resrve o caldo, prepare uma pasta com o alho esmagado e picado, o sal, metade das natas, a pimente e barre muito bem o galo.
m seguida coloque-o num tabuleiro para ir ao forno, regue-o com metade do espumante, o resto das natas e a manteiga cortada em cubos pequenos.
Disponha em volta raminhos de alecrim e leve ao forno a assar a uma temperatura de 160ºC.
Verifique a assadura de vez em quando e vá regando com o resto do espumante até a pele do capão estar tostada.
A meio da assadura introduza os cogumelos cortados em quartos e deixe-os cozinhar até ao final.
Sirva com batata palha e agrião.

Sugestão de vinho: Por António Coelho, Enólogo.
Redoma 2006
Douro D.O.C.

Cor granada intensa. Aroma de frutos negros, notas florais rodeadas de cedro. Na boca revela-se com estrutura acompanhada de elegância. Taninos presentes mas domados. Final longo recheado de especiarias.
Temperatura de serviço: 16-18ºC

Caso tenha dúvidas estarei pronto para o ajudar (gourmet@live.com.pt) - a fotografia é apenas uma sugestão de apresentação.

Boa sorte e bom gourmet

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O meu menu: Pelos caminhos de Portugal

OJE - Lifestyle - 2010.01.05

Mais um ano passado e muitas festas depois, muita família e sobretudo muita comida.

Nos últimos dias foram as calorias do champagne, mas ainda não faz duas semanas que as calorias vinham do peru, do bacalhau e dos milhentos doces que o Natal obriga.

Agora todos lamentamos o peso que se acumulou, mas como ainda estamos muito longe do Verão ainda há tempo para recuperar a forma.

A minha sugestão de menu desta semana pensa em boa comida e com muito sabor: Bife de atum fresco salteado em azeite (14€), o arroz negro de choco (13€), corvina à pescador (17€), spaghetti de carabineiros (47€, para dois), e a estes junte os peixes grelhados e os petiscos - salada de ovas, salada de polvo, amêijoas, berbigão... picanha.

Perdi-me um bocado no meio de toda esta comida, pois a intenção de hoje é recomendar um menu mais ligeiro que o habitual.

Pois aqui vai mais uma tentativa. Diariamente o chefe cria um prato um pouco mais ligeiro para o almoço, que custa apenas 10€, e hoje é... surpresa! Para saber o que é vai ter de, como eu, visitar o chef Miguel Reino, pois só de manhã, e depois de vir da praça, é que o chef sabe o que vai criar.
É um dos mais recentes espaços de Lisboa, situa-se entre o Carmo e a Trindade e chama-se: Aqui há Peixe.

É verdade, não está a ler mal, o Miguel Reino e a sua equipa fizeram as malas e saíram da Comporta para assentar arraiais em Lisboa.

Foram 11 anos de reinado na Comporta. Quem lá foi nunca se esquecerá certamente da visita pois, além de se comer bem, tinha uma vista fantástica sobre o mar. Assim, perde a praia para ganhar a cidade.

Passa, então, da casa de madeira construída sobre a areia para a antiga casa de pedra, perdendo o cenário de praia, mas mantendo os quadros e um pouco da decoração para relembrar as origens.

O peixe continua fresco, o marisco a brilhar e o grelhador continua a ser a alma e magia deste maravilhoso restaurante.

E caso apareça durante este mês com uma cópia deste jornal ou um recorte des te artigo, tem direito a um desconto de 10% sobre o valor da conta.

Para comentar este artigo ou sugerir temas contacte o autor por gourmet@live.com.pt.

Voucher
10% de desconto até ao fim de Janeiro
Restaurante Aqui Há Peixe
www. aquihapeixe.pt
Rua da Trindade nº 18 A, 1200-468 Lisboa
Tel.: 213 432 154
Telm.: 963 695 601
Email:aquihamiguel@gmail.com


Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 5 de Janeiro de 2010

Taylor’s e Fonseca no Top 100 da Fine Wine Power List

Mais uma boa noticia sobre os vinhos portugueses.

A Fine Wine Power List ou Liv-ex, publicada pela revista Britânica The Drinks Business, sempre na edição de Dezembro, identifica e ordena as melhores marcas de vinho do mundo. Nesta lista cada vinho é classificado com base em cinco critérios: o volume de negócios gerado; a pontuação média atribuída por Robert Parker; o preço médio; a performance do preço registada durante um ano e a produção ponderada.

O Liv-ex é uma verdadeira bíblia para investidores, comerciantes e mesmo consumidores. Sobre ele Jancis Robinson, reputada jornalista de vinhos, afirma ser “...an electronic marketplace for merchants trading fine wine”.

O top 10 é dominado por casas de Bordéus, sendo que apenas duas empresas de vinho do Porto integram o top 100, a Taylor’s e a Fonseca na posição 48 e 66, respectivamente.
A Taylor’s mantém a primeira posição no ranking de ‘Robert Parker’ e a Fonseca ocupa a décima.

Um dos mais importantes critérios da Fine Wine Power List é a posição ocupada no ranking de ‘Robert Parker’ onde a Taylor’s mantém – orgulhosamente - a liderança com a extraordinária média de 97.2 pontos, à frente de qualquer outra produtora de vinhos do mundo e a Fonseca ocupa a décima posição com 95.6 pontos.

Adrian Bridge, director-geral da Fladgate Partnership, manifesta especial alegria perante estes resultados referindo: “Esta classificação não somente evidencia a consistência da qualidade dos vinhos que produzimos, como confirma ser um investimento seguro a aposta nos vinhos das nossas casas.”

domingo, 3 de janeiro de 2010

Hospitality: será a peça que faz falta?

Conceito de Hospitality, será que vale a pena pensar?

Os meus amigos dizem que eu tenho a melhor profissão do mundo, pois ando a comer, beber e dormir praticamente todos os dias em locais diferentes, a conhecer conceitos diferentes, e sei lá, mais um conjunto de “diferentes...”. (garanto que estão enganados, tenho que me habituar a muitas fronhas diferentes todos os dias.)

A realidade é que esta vida leva-nos a ser todos os dias mais exigentes, pois é impossível não comparar estrelas, garfos, rodas ou outra classificação que os meios tendem a utilizar.
Quanto a mim, desde há uns tempos que gosto de classificar os locais que visito primeiramente pelo contacto inicial que partilhamos com os nossos anfitriões, e cheguei à conclusão que os primeiros minutos desta relação são os mais importantes.

Pois se eu chego a um restaurante, hotel, bar ou tasco, e a pessoa que me recebe não me provoca empatia, ou a porta por onde devo entrar não inspira desejo de a atravessar, fico logo desconfiado e a relação tende a piorar, pois se a ferida não é sarada rapidamente, não há pó de sulfamida que a sare.

Penso que as pessoas que estão a receber, sejam os donos, o chefe de sala, recepcionista ou os famosos “RPs” (gostava de deixar aqui um aparte, pois até a minha cunhada que tem 17 anos é RP - o conceito é conhecer muitos amigos e ter os números no telemóvel, e basta criar uma ‘guest list’ e enviar uns 300 sms para garantir o titulo), têm de fazer com que os primeiros segundos sejam o prognóstico do tempo passado sobre a sua tutela: simplesmente magnífico.
Mas será que em Portugal vamos começar a perceber que temos de melhorar a Hospitality?
Querem as empresas assim tão desesperadamente fazer dinheiro, que se esquecem que, se não criam laços, afinidades, os clientes não voltam? Ou sou eu que estou errado?

Quando sou maltratado, ou indiferentemente recebido não tenho vontade de voltar, e penso que quase todas as pessoas pensam assim.

Caros empresários, pensem bem nos vossos negócios do turismo e invistam na boa disposição e relação com os clientes, porque de carrancudos e mal dispostos já estamos nós fartos.

Queremos um Portugal mais hospitaleiro e mais bem-disposto!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Feliz 2010

O EUSOUGOURMET
DESEJA A TODOS UM
FELIZ ANO DE 2010
E
CHEIO DE COISAS BOAS